Paulinha explicará ao PDT a sua decisão de ser líder do governo Moisés; Cancelamento de reunião aumenta a tensão entre Praças e o governo; Kleinubing decide disputar em Blumenau; Exonerações de Gean provocam polêmica; MDB de Chapecó ganha mais um vereador entre outros destaques
Hoje o PDT se reúne em Florianópolis para discutir a relação com a deputada estadual, Ana Paula da Silva, a Paulinha, após ela ter assumido a liderança do governo de Carlos Moisés da Silva (PSL) na Assembleia Legislativa.
Ontem o ex-ministro Manoel Dias relatou ao SCemPauta que se sentiu incomodado pelo fato de não ter havido uma conversa prévia, situação que gerou protesto de alguns movimentos internos do partido, que não concordam com a aproximação.
Conversei com Paulinha que ontem mesmo entregou uma carta para o partido, explicando o motivo de ter aceitado e pedindo desculpas a Dias, por não ter conseguido conversar antes do anúncio que foi feito em primeira mão pelo SCemPauta.
Mesmo assim, a deputada reconhece que é uma situação delicada, tanto, que entende e respeita o sentimento de seus colegas de partido. Para ela, é importante neste momento ter essa resiliência, pois, uma aproximação entre PDT e PSL é algo atípico, mas, que o governo de Moisés é diferente do governo de Jair Bolsonaro (sem partido), a quem o partido se opõe. “Se a gente quer o melhor e nos é oferecido um espaço de construção, como se ausentar?”, questiona, destacando que as diferenças ideológicas são menores que os sonhos em comum para Santa Catarina.
Quando questionada sobre o que fará, caso o seu partido peça que decline da liderança, Paulinha disse que não se deixará cegar por questões ideológicas, pois antes de tudo está o bem do Estado. Além disso, ela afirma que entre os trabalhistas há também os que apoiam a sua decisão, a exemplo de seu colega de bancada, Rodrigo Minotto. “Na reunião terão pessoas favoráveis e contrárias. Mas também tem quem ache ridículo negar apoio à primeira mulher a liderar um governo na Alesc”, afirmou.
Por fim, Paulinha disse estar tranquila, já que no estatuto não tem nada que tenha sido ferido por ela, além disso, nega qualquer possibilidade de se licenciar. “Eu vou participar ativamente das eleições deste ano, por isso, não tem como pensar em licença”, afirmou.
Reforma da Previdência
A nova líder do governo na Assembleia Legislativa, Ana Paula da Silva, a Paulinha (PDT), disse que não está preocupada com possíveis desgastes que a Reforma da Previdência possam lhe causar. “Político que pensa no desgaste não está pensando na população”, afirmou. Segundo ela, o seu gabinete está aberto para ouvir as reivindicações dos servidores, mas que também não vai ignorar a situação do Estado que precisa reduzir o seu gasto previdenciário.
JPK vai disputar
Parece que o mistério acabou em Blumenau. Nos bastidores do Democratas é dada como certa uma candidatura de João Paulo Kleinubing à Prefeitura. O ex-deputado e ex-prefeito já tem se reunido como pré-candidato com lideranças e partidos e, já poderá contar com o apoio do PSD, uma vez que o presidente local, o deputado estadual, Ismael dos Santos, declarou apoio a Kleinubing. Não está descartada a possibilidade dos pessedistas apontarem o vice.
Exonerações em massa
Quem viu o Diário Oficial de ontem da Prefeitura de Florianópolis, notou o grande número de exonerações feitas pelo prefeito, Gean Loureiro (DEM). Lideranças relataram que é a hora da fidelidade, ou seja, quem declarar apoio ou for indicado por partidos que estarão com Loureiro, será novamente nomeado, enquanto que aos demais será mantida a exoneração. Uma fonte já havia dito que ontem era o dia para que os partidos declarassem apoio ao prefeito, porém, essas declarações ainda não vieram a público. Veremos através das nomeações quem estará no projeto de reeleição de Loureiro.
Oposição critica
O vereador Maikon Costa (PSDB) criticou as exonerações feitas ontem pelo prefeito de Florianópolis, Gean Loureiro (DEM). No dia 12 passado, Costa apresentou denúncia ao Ministério Público acusando Loureiro de assédio moral e uso ostensivo de ingerência em parlamentares, ameaçando exonerar os cargos comissionados a quem não apoiá-lo.
Ficará no DEM
O prefeito de Bombinhas, Paulo Muller, que chegou a ser anunciado como filiado ao PSL, garantiu a lideranças do Democratas que ficará no partido. Ele tem uma boa relação com o secretário de Estado da Casa Civil, Douglas Borba, mas também é amigo de longa data do presidente estadual do DEM, João Paulo Kleinubing, a quem já garantiu que ficará.
Recuo de Steiglich
O presidente do Bolshoi, Valdir Steiglich, chegou a ser anunciado pelo PSDB como um dos nomes que se filiariam ao partido, mas recuou e poucos dias antes acabou entregando uma carta explicando as suas razões. A decisão chamou a atenção, pois foi logo após a denúncia feita pelo Ministério Público contra o pré-candidato do partido à Prefeitura, o ex-senador Paulo Bauer. Steiglich nega que tenha sido esse o motivo e explica que o Bolshoi renovará o contrato com a Rússia no próximo dia 15 de março e, há uma cláusula no contrato que o impede de ser filiado a qualquer partido. “A escola depende de recursos públicos, portanto, temos que ter uma boa relação com todos os partidos”, afirmou.
Insegurança
O governador Carlos Moisés da Silva (PSL) continua despachando no escritório da Casa d’Agronômica em virtude da falta de habite-se do prédio do Centro Administrativo, localizado na Rodovia SC-401. Chama a atenção as declarações da assessoria do Governo de que o prédio não possui autorização da Prefeitura e do Corpo de Bombeiros, assim, por questões de segurança, Moisés não trabalha no local. A pergunta que fica é: como ficam os servidores que laboram no local e também os próprios catarinenses que diariamente ali transitam, bem como nos Hospitais que também não possuem quaisquer autorizações dos órgãos competentes? Será que nosso governador, caso precisasse, ficaria em um hospital sem habite-se? E por qual motivo, os servidores do Centro Administrativo devem trabalhar em local que o próprio governador considera inseguro?
Silvano no PSL
Chamou a atenção dos emedebistas a foto do prefeito de Quilombo, Silvano de Paris (MDB), com a ficha do PSL ao lado do governador Carlos Moisés da Silva (PSL) e do deputado federal Fábio Schiochet (PSL). Conforme divulguei ontem, a assessoria de comunicação do MDB informou à coluna de que Silvano segue no partido. Falei com o prefeito que disse estar analisando o convite, porém, segundo uma fonte, ele estaria acertado com o prefeito de Chapecó, Luciano Buligon (PSL), que aguardará até o dia 4 de abril para anunciar a filiação. De acordo com a fonte, a ideia de Paris é segurar o MDB e o PSD, partido onde teria conseguido uma intervenção, para que não tenham tempo de organizar uma candidatura contra a sua intenção de reeleição.
MDB ganha vereador
Lideranças emedebistas afirmam que o vereador de Chapecó, Neuri Mantelli, já está acertado com o partido para se filiar. Desde sua atribulada saída do Republicanos, Mantelli vem mantendo conversas com lideranças do MDB. Ainda não há data marcada para a filiação.
Filiação em São José
Ontem o ex-padre, Círio Vandresen, assinou ficha no PSB e deve ser o candidato do partido a prefeito de São José. Porém, o partido ainda aguarda a resposta do Supremo Tribunal Federal à situação do prefeito de Governador Celso Ramos, Juliano Duarte, que após dois mandatos, deseja mudar para São José para disputar a Prefeitura. Círio já foi candidato a prefeito em 2008, quando obteve 23 mil votos. O pré-candidato a prefeito do PSB em Palhoça, o vereador Jean Negão, além do vereador de São Pedro de Alcântara, Ubiratan Raulino, o Bira, que também é pré-candidato a prefeito, também estiveram no evento.
Aumenta a tensão
A Associação dos Praças de Santa Catarina (Aprasc) se revoltou com o cancelamento da reunião prevista para hoje com a Secretaria de Estado da Administração, que remarcou para a próxima sexta-feira, véspera de feriado de carnaval. Para o presidente da Aprasc, João Carlos Pawlick, a troca de data é um desrespeito com a categoria. “Diretores de todas as regiões, como Extremo-Oeste, viajaram só para acompanhar as negociações. Isso foi um desrespeito com a categoria, que agora reforça ainda mais sua mobilização. Não aceitamos o pacote indecente do governo e vamos lutar por nossos direitos”, destacou Pawlick. O diretor financeiro, subtenente Pedro Paulo Rezena, reforça as palavras do presidente. “É assim que o governo valoriza o militar?”, questiona. As negociações com a categoria até agora não avançaram. O governo apresentou 12,5% de reajuste, muito abaixo do que os militares reivindicam.
Professores
Acontece agora à tarde a assembleia dos professores da rede estadual de ensino. Eles se reunirão para decidir se entram em greve, ou se apresentam uma nova proposta ao Governo do Estado e seguem negociando. Segundo uma liderança do Sinte, a tendência neste momento é de greve, mas nada está definido.
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