Exclusivo: Esposa de Nelson Nappi assina delação premiada na Alcatraz; Família Amin com Gean Loureiro na capital; O cenário de Joinville; Moisés busca apoio de Maldaner para ter o líder da Alesc; Buligon no PSL entre outros destaques
Alcatraz: Cristiane Rios dos Santos Castello Branco Nappi, assinou um acordo de delação premiada com o Ministério Público Federal. Ela é esposa do ex-secretário adjunto de Estado, Nelson Castello Branco Nappi Júnior, que segue preso desde o início da Operação.
De acordo com o MPF, os autos encontram-se em fase de análise dos pedidos de diligências. Novas testemunhas devem ser arroladas ao processo a partir da delação.
O Judiciário também intimou o MPF a juntar no prazo de 5 dias, os elementos que comprovem o que foi dito na delação, bem como eventuais novas provas materiais colhidas a partir da colaboração e que tenham relação com o processo. As afirmações na delação que não tiverem prova material também devem ser incluídas.
A partir da delação de Cristiane, tanto ela quanto Nelson Nappi Júnior, também serão intimados a apresentar caso tenham, novas provas orais ou documentais, além de poderem mudar os seus interrogatórios.
Há alguns meses, o SCemPauta adiantou com exclusividade que uma delação premiada estava sendo negociada com Nappi Júnior.
Moisés em Brasília
O governador Carlos Moisés da Silva (PSL) embarcou ontem para Brasília onde cumpre a partir de hoje, uma extensa agenda. Nas duas horas de voo da Latam, ele analisou a pauta da reunião que o Fórum dos Governadores realiza hoje, inclusive com encontros previstos com ministros. Porém, Moisés também deve ter pensado na conversa que terá com o presidente estadual do MDB, o deputado federal Celso Maldaner. A pauta não vazou, mas o certo é que Moisés vai tentar uma aproximação com os emedebistas, sobretudo para conseguir a liberação do partido para que o novo líder do governo seja do MDB. O nome pretendido pelo governador é o do deputado estadual, Valdir Cobalchini (MDB), o primeiro da lista, mas também está no páreo Ana Paula da Silva, a Paulinha (PDT). O fato é que Moisés não faz visita de cortesia, portanto, Cobalchini será a pauta principal.
MDB não indicará
Ontem conversei rapidamente com o deputado federal Celso Maldaner, presidente estadual do MDB. Ele não quis adiantar a pauta da conversa com o governador, Carlos Moisés da Silva (PSL), mas quando o questionei se o partido permitirá que o deputado estadual, Valdir Cobalchini, seja o novo líder do Governo na Assembleia Legislativa, a resposta de Maldaner foi direta: “O MDB não vai assumir a liderança. Ninguém do MDB assumirá”, afirmou categoricamente.
Amin com Gean
Corre nos bastidores da política de Florianópolis, que uma costura feita pelos ex-deputados Gelson Merisio (PSDB) e João Paulo Kleinubing (DEM), pode resultar em um casamento até então improvável. Se confirmar a informação, veremos adversários unidos por um mesmo projeto, ou seja, a família Amin apoiando a reeleição do prefeito Gean Loureiro (DEM). Ao Progressistas caberia indicar candidatos à Câmara de Vereadores, entre os quais, Thiago Chaves. Havendo a confirmação, a informação cairá como uma bomba no cenário político da capital. A contrapartida seria o apoio do Democratas à família Amin, na eleição estadual de 2022.
A costura
A relação do ex-deputado federal João Paulo Kleinubing (DEM) com a família Amin, é de longa data. Por isso não é absurda a informação sobre a aproximação, já que o prefeito de Florianópolis, Gean Loureiro, é filiado ao Democratas. Segundo uma fonte, na condição de presidente estadual do partido, Kleinubing costurou uma aproximação com efeitos de longo prazo, em conversas em Brasília com o senador Esperidião Amin e com a deputada federal, Ângela Amin, ambos do Progressistas. Na conversa também teria entrado Gelson Merisio (PSDB), amigo do prefeito de Florianópolis, Gean Loureiro (DEM), e com boa relação com a família Amin. Pelo visto, o projeto eleitoral de demistas e progressistas passa pela eleição na capital.
Cenário de Joinville
Hoje em Joinville os nomes de Fernando Krelling (MDB), Darci de Mattos (PSD) e de Rodrigo Coelho (PSB), despontam devido a alguns fatores. Eles já têm cargo eletivo, o recall de eleições passadas e gozam da musculatura de seus partidos e de seus próprios mandatos. Isso não quer dizer que nomes como do empresário Ivandro de Souza (Podemos) e de Adriano Silva (Novo) não possam despontar, pelo contrário, apresentam um bom potencial de crescimento, situação motivada pelo histórico de ambos na vida privada. A dificuldade fica para o secretário de Estado da Articulação Internacional, Derian Campos, já que houve um esvaziamento do PSL, além de que o próprio governador Carlos Moisés da Silva (PSL) não anunciou apoio a ele, pelo contrário, o sonho do Governo é de indicar a delegada Tânia Harada para ser a vice de Krelling, situação já descartada por ela. Por sua vez, Francisco de Assis (PT) disputará muito mais para dar uma visibilidade ao seu partido visando a eleição do ex-prefeito, Carlito Merss, que tentará uma vaga à Câmara de Vereadores. A estratégia é essa, mas vejo que Carlito deve levar a eleição mais em cima de sua história, já que o PT está muito enfraquecido em Joinville.
Kennedy, a incógnita
O deputado estadual Kennedy Nunes (PSD) por hora é uma incógnita. Se disputará, por qual partido vai? Nunes está de saída do PSD, já anunciou que o seu caminho é a Aliança pelo Brasil, mas como é possível que o novo partido do presidente da República, Jair Bolsonaro, não se viabilize até o pleito, nada é descartado, nem mesmo a possibilidade de que Kennedy busque abrigo no PL, caso realmente queira disputar a Prefeitura de Joinville. Fora isso, os liberais não se mostraram com musculatura suficiente para apontar outro nome.
PDT terá candidato
De acordo com a deputada estadual Ana Paula da Silva, a Paulinha, o PDT estará na disputa à Prefeitura de Florianópolis. A questionei se os trabalhistas não participarão da aliança que está sendo construída pela esquerda na capital. Para a parlamentar, construir uma frente somente pensando na questão ideológica é muito pouco, pois, segundo ela, a população espera mais do que projetos ideológicos. “Podemos estar com partidos de esquerda, ou de direita, as portas estão abertas”, disse Paulinha. Além disso, ela destacou que o seu nome para o pleito é do vereador Vanderlei Farias, o Lela, porém, não se surpreendam se Paulinha aparecer como o nome do PDT.
Buligon assina
No próximo dia 15 o prefeito de Chapecó, Luciano Buligon, assina ficha no PSL de Carlos Moisés da Silva. Buligon será o nome do partido no Grande Oeste.
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