Moisés foca no amadorismo das lives e menospreza a imprensa

Definitivamente, ou o governador eleito, Carlos Moisés da Silva (PSL), entende que precisa se comunicar com a imprensa, ou terá grandes dificuldades de fazer com que as suas informações cheguem além do âmbito de uns poucos interessados e de sua claque. Vivemos em um Estado com mais de 7 milhões de habitantes, porém, a “live” do pesselista em uma rede social na sexta-feira (23), teve apenas 28 mil visualizações até ontem, 691 compartilhamentos, 2.500 curtidas e 886 comentários. Sinceramente, é muito pouco.

Moisés precisa entender que não será através de seus vídeos amadores, que conseguirá atingir a grande massa. Ele tem a obrigação de falar para todos os catarinenses e, isso somente será possível através dos veículos e profissionais de imprensa. Mas quando de uma forma tacanha, ele afirma categoricamente que os canais oficiais do governo é que são as fontes verdadeiras de informação, é possível perceber uma clara tentativa de deslegitimar a imprensa. A pergunta que fica é a seguinte: Seremos nós uma fonte mentirosa?

Carlos Moisés da Silva, ou Comandante Moisés, foi eleito numa surpreendente eleição, basicamente pelo fator “Bolsonaro”, em uma análise clara e real do que foi o pleito. O presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) elegeu governadores e deputados, ponto. Sem ele, muita gente teria feito uma eleição normal, até mesmo pífia, incluindo o próprio Moisés. E não pensem que isso é algum demérito, pois, como qualquer cidadão ele poderia entrar para a vida pública e, tentar construir o seu espaço no decorrer dos anos, mas, teve a vida facilitada pelo momento e, é a realidade.

Agora, ele precisa entender que será um governador e, como tal, tem que aprender a se comunicar, não pode ter medo dos questionamentos e terá sim, que prestar contas de seu mandato. Ao se fechar em uma live, ou Moisés atesta não saber o que dizer, ou que não terá uma relação democrática com a imprensa, pois, nas redes sociais ele falará para o seu público, portanto, não sofrerá contestações.

Além disso, o que foi aquela “live”? Falou e falou, mas de conteúdo mesmo, pouco a se extrair. Não querendo menosprezar, pois, todos os cargos são importantes, mas, o primeiro nome a ser indicado foi o de Paulo Koerich, delegado que assumirá o comando da Polícia Civil. E o secretário da Segurança a quem o primeiro indicado será subordinado? E o secretário da Fazenda que terá um grande desafio? Sem contar, que virou um mantra, ou melhor, uma bengala todas as vezes que fala, o governador eleito diz que deseja enxugar a máquina pública e etc, ou seja, sempre o mais do mesmo.

Por isso tudo, que Moisés tem causado uma certa apreensão no setor produtivo, pois, uma coisa é ele dizer que é o candidato a governador do Bolsonaro. Agora, não adianta dizer que é o “governador do Bolsonaro”, porque o presidente não largará os seus afazeres para vir ajudar na gestão do Estado. Em tempo, que Moisés passe a ouvir a sua equipe de comunicação, que, por obrigatoriamente entender, irá orientá-lo a mudar de postura.

Detalhe

Corre nos bastidores que a escolha de Paulo Koerich para o comando da Polícia Civil no Estado, teria o dedo do cunhando do governador eleito Carlos Moisés da Silva (PSL), que é delegado aposentado e um dos líderes da equipe de transição. A pergunta é: Como ainda não escolheu o nome do secretário de Estado da Segurança, será que o titular da pasta terá que seguir as orientações de Koerich, invertendo o papel?

Sobre Koerich

Koerich, anunciado antes do secretário de Segurança.

Aos 53 anos, Paulo Norberto Koerich, chega ao posto máximo da Polícia Civil catarinense após ter atuado como delegado nas comarcas de Gaspar, Joinville, Itajaí, e Blumenau, de onde é natural e também integrou o Grupo de Atuação Especial de Combate a Organizações Criminosas (GAECO). Koerich foi delegado regional de polícia de Blumenau e, ainda, o titular das Diretorias de Polícia do Litoral e do Interior. Atualmente, desde o mês de junho do corrente ano, reassumiu a titularidade da Delegacia de Polícia e de Trânsito da Comarca de Gaspar.

Boa vontade

Tem quem diga que falta boa vontade com o governador eleito, Carlos Moisés da Silva (PSL) e, tem até quem defina a imprensa catarinense como “histérica”. Quero ver essas pessoas divulgarem os seus mandatos sem a imprensa, somente via rede social. Não o farão porque é uma ilusão. É preciso saber entender e respeitar o trabalho da imprensa, sobretudo o seu papel para a democracia. Querem um exemplo? Será que a Lava Jato teria sobrevivido até agora sem a divulgação da imprensa? Será que tantos políticos dos mais diversos partidos teriam sido presos sem a imprensa? É claro que não. Portanto, há o respeito e a torcida pelo governo de Moisés. Se ele for bem, o Estado irá se recuperar e todos nós ficaremos bem, não precisa ser muito inteligente para entender isso. Mas as críticas são importantes também. Por fim, me chamou a atenção que Moisés durante a sua “live”, disse que o governador, Eduardo Pinho Moreira (MDB), faz os seus comunicados pelas redes sociais e pela Secretaria de Comunicação. Só esqueceu de dizer que Pinho Moreira atende a imprensa.

Sem reeleição

O governador eleito, Carlos Moisés (PSL), disse que é contra a reeleição e, que um segundo mandato gera vícios e etc. Ele está certo, porém, será que Moisés conhece o tamanho do desafio? Seria ele capaz de resolver tudo em apenas quatro anos?

Educação Especial

O governador eleito, Carlos Moisés da Silva (PSL), tranquilizou os pais e professores de alunos das Apaes, que estão preocupados com uma possível retirada do segundo professor de sala de aula. Moisés afirma que independentemente do modelo que for adotado, os alunos seguirão tendo uma atenção especial. Ele também defende um ajuste entre a educação secular e a especial.

Turismo

O deputado estadual, Leonel Pavan (PSDB), e os demais integrantes do Conselho Estadual do Turismo, órgão a que compete discutir, deliberar e propor as diretrizes da política de desenvolvimento turístico do Estado, estiveram reunidos na semana que passou e tiveram como convidado especial o líder do futuro Governo do Estado, o deputado eleito, coronel Onir Mocellin(PSL). Expressaram a preocupação com a necessidade de manter a prioridade e fortalecimento do setor de turismo, responsável por cerca de 13% do PIB estadual, bem como a recomposição do orçamento.

Dados

Segundo os dados apresentados pelo Conselho Estadual do Turismo, do ano passado até agora, para todo o sistema, incluindo as vinculadas Fundação Catarinense de Cultura, Fesporte e Santur, e os fundos de Turismo que são o Funturismo, Funcultural e Fundesporte, recebeu de recursos somente 0,5% do orçamento estadual, correspondente a cerca de R$ 133 milhões, o que já era pouco diante da importância estratégica do setor, segundo os conselheiros. O Conselho também informou que para o orçamento de 2019, está prevista uma redução ainda maior, sobrando apenas R$ 0,3% do orçamento estadual, ou seja, cerca de R$ 99 milhões. Em resumo, R$ 34 milhões a menos num orçamento que já era reduzido. Mocellin sinalizou de que o futuro governo do comandante Moises já teria a percepção de que o setor do Turismo é fundamental, mas, não teria dado nenhuma informação oficial sobre a manutenção ou não da atual estrutura.

Estado melhor

Em rápida entrevista ao colega Paulinho Gomes da Super Condá, na sexta-feira (23), durante a inauguração de uma ala do presídio de Chapecó, o governador Eduardo Pinho Moreira (MDB) foi questionado sobre qual Estado deixará para o governador eleito, Carlos Moisés da Silva (PSL). Em resposta, ele disse que deixará um Estado muito melhor do que recebeu de Raimundo Colombo (PSD), há cerca de 9 meses. Ele lembrou que recebeu um grande déficit, com uma folha salarial dos servidores além do limite legal. “Não tinha a Certidão Negativa para receber recursos do Governo Federal. Tinha uma dívida de R$ 1,83 bi somente na Saúde, além de outras. Até a greve dos caminhoneiros pagamos R$ 500 milhões em dívidas, quando a receita caiu, resolvemos pagar as contas do nosso mandato”, afirmou Pinho Moreira. Segundo o governador, será entregue para Moisés um Estado com uma dívida de R$ 700 milhões, além de precisar de R$ 3 bilhões para pagar os salários, o décimo terceiro e outros compromissos.

João Rodrigues

Na sexta-feira (23) o deputado federal, João Rodrigues (PSD), se apresentou no complexo da Papuda em Brasília, para recomeçar o cumprimento de sua pena no regime semiaberto, devido a condenação no caso da retroescavadeira de Pinhalzinho. Rodrigues pode sair durante a semana para trabalhar em seu mandato na Câmara, mas, assim que encerrar a última sessão do dia, ele tem que se reapresentar. A expectativa de sua defesa é de que o relator da revisão criminal no STF, ministro Gilmar Mendes, paute ainda esta semana.

Disputa ao Senado

Martins afirma que tem provas robustas.

Está pautado para amanhã no STF, o julgamento da contestação que está sendo feita por advogados de Lucas Esmeraldino (PSL), a respeito da legalidade ou não da candidatura do ex-prefeito de Imbituba, Beto Martins (PSDB), segundo suplente de Jorginho Mello (PR) que se elegeu ao Senado. Martins me ligou e acusou o advogado de Esmeraldino, Fabrício Faustina, de ser mal-intencionado, por ter dito que Martins não tem nenhum documento com fé pública que comprove a sua filiação no PSDB dentro do prazo limite. “Eu me filiei para mostrar a sinergia entre PP e o PSDB aqui. Eu me filiei no dia 6 de janeiro no restaurante “Marcão, cujo o proprietário o Sr. Clésio, é o presidente do PP aqui e, recebeu a minha carta de desfiliação. Então, a documentação que eu apresento é robusta ao extremo. Esse advogado é mal-intencionado, ou é mal informado”, disse Martins, que afirma ter uma declaração assinada em cartório.

Vitória

Beto Martins diz ainda que ganhou no TRE por 7 a zero, o que, segundo ele, comprova a robustez de suas provas.

Sem falar…

Ontem o deputado estadual, João Amin (Progressista), me disse a respeito da nota que escrevi sobre uma possível disputa entre ele e o vereador Pedrão (Progressista), pela vaga de candidato a prefeito de Florianópolis em 2020, que a única coisa que teria a dizer é que não me atendeu, porque estava na comunidade de Belvedere em Urussanga, agradecendo os votos que recebeu na eleição e, que no local não funciona o celular.

Negou a saída

Outra informação que surgiu em Florianópolis, é sobre uma possível saída do vereador, Pedro Silvestre, o Pedrão, do Progressistas, caso não tenha espaço para disputar a Prefeitura em 2020. Em resposta, ele me disse que alguns partidos tem oferecido até a presidência para que ele possa disputar o cargo de prefeito da capital, porém, afirmou estar com os pés no chão. “Estou vivendo um momento muito bom no PP, como presidente. Agora, se um dia eu pudesse disputar sem um partido eu faria isso. Hoje os partidos estão muito similares, é muito poder pelo poder, então, chegam ao poder para fazer as coisas mais traiçoeiras. “Mas aqui eu não reclamo, sempre tive total autonomia. Inclusive, eu criticava e fazia denúncias contra o então governo de Cesar Souza Júnior (PSD), que tinha o João Amin que é do meu partido de vice”, afirmou.

Desconhece

Empresário da orla gastronômica de Coqueiros em Florianópolis, disse desconhecer qualquer trabalho do vereador Pedrão (Progressistas) e do nome citado por ele para ocupar seu espaço na Câmara de Vereadores, Rafael Silochi, a favor do incentivo ao turismo na região. Segundo ele, mesmo sendo oriundo do bairro, Pedrão jamais se articulou junto aos empresários, que de fato também reclamam da ausência da prefeitura em um dos recantos mais especiais de Florianópolis.

Espião

Costa é criticado por colegas.

O vereador de Florianópolis, Maikon Costa (PSDB), não esconde seu descontentamento com o prefeito Gean Loureiro (MDB). Além de fazer duras críticas nas redes sociais à gestão, se dá ao luxo de ter cargos comissionados para, segundo lideranças governistas, espionar o Executivo. Interlocutores da Câmara dizem que se o parlamentar precisa de espiões, é porque não conduz bem o seu trabalho que é exatamente fiscalizar o governo de Loureiro.

Américo de volta

O prefeito de Chapecó, Luciano Buligon (sem partido), tem dito que deseja formar uma equipe para fazer o que precisa ser feito em seu governo. Ele vai aguardar a eleição da Câmara de Vereadores, que deve acontecer no início de dezembro para depois anunciar as mudanças em seu governo. Mas, conforme adiantei, Américo do Nascimento Júnior já está de volta ao Oeste e, deve assumir a Secretaria da Saúde, enquanto que James Giacomazzi deve ficar com o Desenvolvimento Urbano. Neste caso, Valmor Scolari deve voltar à Câmara.

Candidato

O vereador Aderbal Pedroso (PSD), afirma que será o próximo presidente da Câmara de Vereadores de Chapecó. Segundo ele, já estaria combinado o apoio de seus colegas da situação e até mesmo da oposição. Em resposta, o vereador Cleiton Fossá (MDB) disse que a bancada oposicionista terá o seu candidato. Outro nome que deseja a presidência é Diego Alves (Progressistas), que desde já se coloca como pré-candidato a prefeito em 2020.

Fake News

Advogados e advogadas catarinenses foram surpreendidos no fim de semana com uma verdadeira enxurrada de mensagens e vídeos apócrifos, enviados pelo WhatsApp por robôs, segundo eles, contratados por uma das chapas que concorrem à presidência da OAB/SC. A estratégia, por se assemelhar a usada por políticos tradicionais, não foi bem recebida entre os operadores do Direito.

Homenagem

Herneus se emocionou durante a homenagem.

Considerada uma das personalidades mais atuantes em prol das pessoas, dos municípios e das entidades do grande Oeste Catarinense, Laine Maria Pietro Biasi de Nadal, a “Dona Laine”, como era conhecida, passou a dar o nome a um dos trechos da SC-386, no Extremo-Oeste, ligando os municípios de Mondai e Iporã do Oeste. O governador Eduardo Pinho Moreira (MDB) participou na sexta-feira (23), em Mondai, do ato de inauguração da rodovia. Laine era esposa do Conselheiro do Tribunal de Contas de Santa Catarina, Herneus de Nadal, e teve uma trajetória dedicada ao voluntariado e ao apoio, especialmente a portadores de câncer. Ela faleceu em 2015 depois de lutar seis anos contra um câncer. A homenagem foi proposta pelo deputado estadual, Marcos Vieira (PSDB).

Voto direto

O voto direto para formar a lista sêxtupla para o preenchimento das vagas do Quinto Constitucional, pode significar mais democracia dentro da advocacia catarinense. A adoção desta prática é defendida por Hélio Brasil, candidato a presidente da OAB/SC, e evitaria constrangimentos como o que ocorreu em 2017 com a indicação de Alex Santore, que mesmo sendo o menos votado, foi incluído na lista tríplice e escolhido para o cargo de desembargador pelo então governador Raimundo Colombo (PSD). Contestada posteriormente em ações populares, a nomeação foi anulada e o cargo segue vago até agora, quase 18 meses depois.

 

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