Visita de Bolsonaro expõe distanciamento de Moisés, Deputados pesselistas voltam a criticar o governador, Galeno será o nome do PL na eleição em São José, Sander no DEM entre outros destaques
A visita de ontem do presidente da República, Jair Bolsonaro (PSL), a Florianópolis, expôs a ferida aberta entre ele e o governador, Carlos Moisés da Silva (PSL). Algumas lideranças chegaram a cochichar perguntando o que fazia Moisés num ambiente onde estavam Bolsonaro e seus apoiadores, alvos de suas críticas em entrevistas.
Moisés até que tentou conversar com o presidente como se nada tivesse acontecido, mas aconteceu e, Bolsonaro não esqueceu, tanto, que os relatos das lideranças que o acompanharam é de que ele se mostrou desconfortável na presença do governador.
Durante o seu discurso, antes de fazer apoio junto com os policiais rodoviários federais que estão em processo de formação, Bolsonaro citou os deputados federais, Caroline de Toni e Coronel Armando, que apoiaram o nome de Eduardo Bolsonaro para a liderança do PSL na Câmara, destacando a fidelidade de ambos, além disso, não citou Fábio Schiochet e Daniel Freitas, além de não os ter convidado.
Porém, o momento mais constrangedor foi no pós- ato, quando Bolsonaro convidou para acompanhá-lo em uma sala restrita, Caroline, Armando, os ministros Damares Alves e Sérgio Moro, além do suplente de deputado, Edgar Lopes, ex-policial federal que pretende disputar a Prefeitura de Florianópolis. Enquanto isso, Moisés ficou de fora com os seus secretários e assessores, lhe restando ir embora.
A relação não existe mais. Quando Bolsonaro mudar de partido, conforme já escrevi, Moisés terá que buscar o apoio do presidente nacional do PSL, Luciano Bivar e do vice, Antônio Rueda, que aliás, tem andado com uma certa frequência na Casa D’Agronômica.
A questão é que o governador não pode esquecer, que tanto ele, como o PSL, só tiveram êxito na eleição do ano passado por causa do próprio Bolsonaro, que foi a personificação do sentimento anti-PT. Agora, sem ele no partido, será que Moisés conseguirá motivar candidaturas e construir alianças sem nada a oferecer?
Oportunismo
Ontem o governador, Carlos Moisés da Silva (PSL), postou uma foto no Instagram ao lado do presidente da República, Jair Bolsonaro (PSL), durante o evento na Polícia Rodoviária Federal. Entre elogios e críticas, chamou a atenção o quanto a ala Bolsonarista está indignada com o governador. A deputada estadual, Ana Caroline Campagnolo (PSL) aproveitou para manifestar a sua desaprovação a Moisés. “Oportunismo é apelido”, escreveu a parlamentar.
DEM, a salvação de Moisés?
Existe uma possibilidade do governador, Carlos Moisés da Silva (PSL), manter uma certa musculatura em Santa Catarina. Caso o PSL faça o processo de fusão com o Democratas, Moisés entraria para um partido onde têm lideranças como Rodrigo Maia, Davi Alcolumbre, ACM Neto entre outros. Em Santa Catarina, Luciano Buligon, João Paulo Kleinubing, Paulo Gouvêa e demais lideranças também reforçam o partido. Essa é a única salvação de Moisés que não terá mais o nome de Bolsonaro para se apoiar. O comando nacional pesselista, liderado por Luciano Bivar e Antônio Rueda, já está em negociação com os demistas em reuniões que varam a madrugada com a participação de Maia, Alcolumbre e Ronaldo Caiado.
Revolta de Lima
O rompimento anunciado ontem pelo deputado estadual, Sargento Lima (PSL), com o governador, Carlos Moisés da Silva (PSL), teve como a gota d’água o fato da reunião agendada pelo próprio Moisés para ontem com Lima e representantes da Associação de Praças do Estado de Santa Catarina (APRASC), não ter acontecido. Moisés os ignorou olimpicamente, foi para o evento onde estava o presidente da República, Jair Bolsonaro (PSL), sem mesmo avisar que o encontro estava cancelado. No caso, ontem foi só a soma de uma série de situações, desde a exigência de um oficial para que o deputado entregasse o celular antes de entrar em uma audiência com o governador, passando pelos inúmeros pedidos de atenção para pautas da segurança apresentadas por Lima.
Partiu para o ataque
Chamando o secretário de Estado da Casa Civil, Douglas Borba, de vereador de Biguaçu, o deputado estadual, Sargento Lima (PSL), gravou um vídeo indignado logo após ter chegado ao Centro Administrativo e ter sido informado de que não havia uma reunião agendada. “Cagaram para a reunião, foi essa a resposta que nos deram, foi justamente essa a resposta. Não vou me desculpar, pois não foi culpa minha. Estou aqui em Florianópolis hoje aguardando a reunião, enquanto isso, todos os surfistas que surfaram na onda Bolsonaro estão lá recepcionando ele”, criticou. Pelo visto, o Governo do Estado que é conduzido por um militar, não se interessa em dar a atenção que os policiais e bombeiros merecem.
Recuperou a força
A vitória do deputado estadual, Bruno Souza (sem partido), ontem no Tribunal Regional Eleitoral, no processo de cassação onde o PSB pedia o seu mandato o acusando de infidelidade partidária, dá mais força ao parlamentar que adotou a independência. O desembargador Jaime Ramos, reconheceu a alegação da defesa de Souza de que houve justa causa para saída do deputado estadual do partido. A partir de agora, Souza não só recupera a tranquilidade, mas também entra firme no páreo como um nome para a possível disputa à Prefeitura de Florianópolis.
Galeno em São José
O senador Jorginho Mello bateu o martelo e o delegado da Polícia Civil, Manoel Galeno é o nome do Partido Liberal para disputar a Prefeitura de São José. Por hora devido a lei eleitoral, Galeno é apenas pré-candidato, porém, é o único para a disputa.
Bênção de Bolsonaro
Ontem durante a visita do presidente da República, Jair Bolsonaro (PSL), o senador Jorginho Mello (PL) chamou a advogada Júlia Zanatta para uma foto com eles, destacando que ela será o nome do Partido Liberal para a disputa da Prefeitura de Criciúma. Bolsonaro que conhece Júlia por ser amiga de seus filhos, gostou da ideia.
Loureiro acelerado
O prefeito de Florianópolis, Gean Loureiro (sem partido), segue acelerando as obras na capital. Segundo ele, 85 novas licitações para obras serão abertas neste mês. Serão R$ 12 milhões na nova Avenida Ivo Silveira, que vai da entrada do município para quem sai de São José até a ponte. A Avenida Madre Benvenutta e a Mauro Ramos terão ciclovia com eixo central. “Estou trabalhando tanto que até esqueço que preciso me filiar a um partido”, disse Loureiro que é pré-candidato à reeleição.
Sander no DEM?
O secretário de Desenvolvimento Econômico de Chapecó, Márcio Sander, tem grandes chances de se filiar ao Democratas. Vereador licenciado e pré-candidato a prefeito, Sander deve mudar de partido, já que o PL ao qual é filiado, fechou com o tenente-coronel da Polícia Militar, Ricardo Alves da Silva, que deve disputar a eleição pelos liberais. Sander deve se filiar ao DEM pelo fato de que tem anunciado que somente não será candidato, caso o prefeito Luciano Buligon (DEM) seja autorizado a disputar mais uma eleição. Portanto, se Buligon não for, Sander se tornaria a opção dos demistas.
Com Moro
O ministro da Justiça, Sérgio Moro, segue com a fama de superstar. Onde chega, até os políticos se aproximam e pedem foto com ele. Entre os que conversaram com Moro, estava o deputado estadual, João Amin (Progressistas), que fez elogios à atuação do ministro quando estava no judiciário.
PSL em Joinville
O presidente do Imetro de Santa Catarina, subtenente da PM, Rudinei Floriano, deseja disputar a Prefeitura de Joinville. Mesmo com o desgastes no Instituto devido as acusações de uma ex-servidora da prática da chamada “rachadinha”, Floriano que é filiado ao PSL mantém o desejo de ir para a disputa, muito embora, também torça para que um dos deputados estaduais pesselistas se eleja para alguma prefeitura. Neste caso, Floriano assume uma vaga na Assembleia Legislativa.
Baleia Rossi nega indicação
Em mensagem enviada para lideranças catarinenses, o presidente nacional do MDB, deputado federal Baleia Rossi, disse que o partido não indicou o senador, Eduardo Gomes, como líder do governo no Congresso, em substituição a Joice Hasselmann (PSL). A pesselista se revoltou e se tornou adversária de Bolsonaro, pelo fato de não ter conseguido o apoio do presidente para a eleição a Prefeitura de São Paulo. Segundo Rossi, o MDB segue independente em relação ao governo, não fazendo parte da bancada. “Mantém seu compromisso com a pauta de recuperação da nossa economia para a geração de empregos e combate à desigualdade social”, disse Rossi, que reconhece as qualidades de grande articulador e experiência do senador, mas que não o indicou.
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