Acesse o nosso Canal no WhatsApp!

Criamos um canal oficial no WhatsApp — e você já pode fazer parte!

Mais agilidade, mais bastidores, mais DENÚNCIAS direto no seu celular.

Sem grupos, sem conversas, só informação exclusiva, com a credibilidade do SCemPauta.

Acesse e siga agora:

https://whatsapp.com/channel/0029Vb6oYQTEgGfKVzALc53t

E NÃO ESQUEÇA DE ATIVAR O SININHO PARA RECEBER TUDO EM TEMPO REAL!

Jorginho Mello e João Rodrigues: os dois principais nomes do pleito — Imagem: SCemPauta

As pesquisas da Neokemp ao Governo do Estado durante o ano, ou seja, de junho a dezembro, seguindo o mesmo método, permitem que seja feita uma leitura técnica e mais real do cenário. O ideal para acompanhar o comportamento de candidatos e eleitor é seguir, de preferência, o mesmo instituto, ou, no máximo, dois, que sigam uma sequência lógica. Vale lembrar de Criciúma na eleição municipal do ano passado. O IPC fez um verdadeiro desenho do cenário desde o início, apontando Ricardo Guidi (PL) na liderança, seguido de um crescimento exponencial de Vágner Espíndola (PSD), seguido de estabilidade e virada, o que acabou se confirmando no resultado final.

A leitura que faço hoje aponta para uma realidade: a disputa não está definida, mesmo com uma liderança consolidada até o momento. Ou seja, hoje, o cenário leva para um segundo turno. Isso se deve a um crescimento limitado do governador Jorginho Mello (PL), quase estagnado, com possível teto, e a um segundo colocado, o prefeito de Chapecó, João Rodrigues (PSD), com espaço para avançar, sobretudo quando o cenário se afunila.

Junho: liderança, porém com muitos eleitores fora do voto

No levantamento do dia 16 de junho, Jorginho Mello aparece na liderança em todos os cenários. No principal, ele lidera com 39,3% das intenções de voto, seguido por João Rodrigues, com 20,8%, o presidente do Sebrae, Décio Lima (PT), com 12,2%, e o deputado estadual Antídio Lunelli (MDB), com 3,2%. O que chama a atenção é o percentual fora do voto afirmativo: ao todo, são 17,9% do eleitorado que não sabem em quem votar, enquanto 6,6% disseram que votarão branco ou nulo. Isso, somado, chega a 24,5% do eleitorado.

No segundo cenário, sem Lunelli, Jorginho sobe para 42,4%, Rodrigues também sobe, para 21,5%, e Décio pula para 14,2%. Ou seja, os votos são redistribuídos, mas sem mudar o cenário.

Na simulação de segundo turno, Jorginho Mello venceria João Rodrigues por 46,5% contra 26,1%. Porém, um detalhe: o percentual fora do voto válido é elevado, pois 13,5% não sabem em quem votar, e 13,9% disseram votar branco ou nulo. Somados, chegam a 27,4%, percentual que supera a diferença entre os postulantes.

Em relação à rejeição, os percentuais também chamam a atenção. Décio Lima lidera com 43%, Jorginho aparece como o segundo mais rejeitado, com 18,9%, e Rodrigues apresenta apenas 6,6% de rejeição, indicando um menor grau de resistência do eleitorado.

Outubro: liderança com variação dentro da margem

Na pesquisa do dia 22 de outubro, o governador Jorginho Mello (PL) se mantém na liderança, mas oscila dentro da margem de erro em relação ao levantamento de junho. No primeiro cenário, o governador tem 41,8%, contra 19,9% do prefeito de Chapecó, João Rodrigues (PSD) e 16,1% de Décio Lima (PT). Indecisos somam 15,8%, e 6,4% disseram que votariam branco ou nulo.

No segundo cenário, Jorginho fica estagnado no mesmo patamar, com uma pequena queda para 41,3%, enquanto Rodrigues cresce para 23,6%. O vereador de Florianópolis Afrânio Boppré (PSOL) tem 6,2%, o deputado estadual Fabiano da Luz (PT), 4,9%, e o deputado estadual Marcos Vieira (PSDB), 2,1%. Outros 15,2% não sabem em quem votar, enquanto 6,7% votariam branco ou nulo.

Na rejeição, mais uma vez, João Rodrigues aparece com um percentual baixo: 6,5%. No cenário, Jorginho Mello é o segundo mais rejeitado, com 21,3%, enquanto Afrânio Boppré lidera com 25,3%. Esse cenário mostra a dificuldade da esquerda quando apresenta nomes de forma isolada.

Novembro: cenário sem muita novidade

O levantamento realizado entre 10 e 11 de novembro mostra um desenho geral que não foge muito dos números de outubro, apesar de algumas quedas. No primeiro cenário, Jorginho lidera com 39,5% das intenções, enquanto Rodrigues tem 19,2%. Depois aparece Décio, com 13,2%, e, pela primeira vez, surge o prefeito de Joinville, Adriano Silva (Novo), com 8,7%. Outros 13,6% se disseram indecisos, enquanto 5,8% votariam branco ou nulo.

No segundo cenário, Jorginho sobe para 42,6%, enquanto Rodrigues salta para 22,6%, superando a margem de erro. Fabiano da Luz (PT) tem 4,8%, Afrânio Boppré (PSOL), 4,5%, e Marcos Vieira (PSDB), 1,7%. Outros 14,7% não sabem em quem votar, enquanto 9% disseram votar branco ou nulo.

Aqui aparece a consolidação de um problema para o governador. Ele surge com uma rejeição superior a 21%, enquanto Rodrigues segue rejeitado por apenas 5,5%. A aprovação do Governo do Estado aparece com 61,1%, longe dos cerca de 80% anunciados pela gestão Jorginho Mello.

Dezembro apresentou duas pesquisas

No levantamento de 11 de dezembro, no cenário principal, Jorginho Mello (PL) tem 41,5%, contra 19% de João Rodrigues (PSD), 14% de Décio Lima (PT) e 8,2% de Adriano Silva (Novo). Não sabem em quem votar cai para 10%, e branco e nulo recuam para 3,7%.

O segundo cenário repete um comportamento. Rodrigues cresce 5,4 pontos percentuais, passando para 24,4%, enquanto Jorginho sobe para 46,3%. Fabiano da Luz (PT) chega a 9,7%, enquanto Afrânio Boppré (PSOL) tem 5,4%. Outros 8,9% se disseram indecisos, e 5,3% votariam branco ou nulo.

Na rejeição, Fabiano assume o primeiro lugar, com 41,3%, mostrando que um bom percentual do eleitorado rejeita o PT, ou a esquerda, e não diretamente os nomes colocados. Jorginho é o segundo mais rejeitado, com 23,2%, Afrânio tem 21,1%, enquanto Rodrigues segue com apenas 4,6% de rejeição, o menor índice.

No dia 26 de dezembro, mais uma pesquisa

Nos cenários apresentados, uma constatação: apesar da liderança, Jorginho Mello (PL) não apresenta crescimento. Há um cenário de estagnação. O levantamento, feito entre os dias 22 e 23, mostra que o governador lidera com 41,3% no cenário principal e passa para 44,7% no enxuto. Ou seja, até cresce, mas dentro da margem de erro.

João Rodrigues (PSD) aparece em segundo. No primeiro cenário, com 20,1%, e sobe para 24% no segundo, mantendo um padrão de crescimento quando o número de candidatos diminui. Na rejeição, o governador segue sendo rejeitado por uma grande parcela do eleitorado, 21,9%, enquanto o prefeito de Chapecó aparece com apenas 5,6%.

Na avaliação do governo Jorginho, 59,2% foi a soma de ótimo ou bom, ou seja, positiva, mas sem euforia, mostrando que a aprovação não tem uma ligação direta a ponto de influenciar no aumento da intenção de votos.

Eleição aberta, apesar da liderança

É preciso prestar atenção em três recados claros que a sequência de pesquisas da Neokemp deixa para o eleitor:

Jorginho Mello lidera com consistência, mantendo-se entre 39% e 42% nos cenários principais e em torno de 44% nos quadros mais enxutos. Isso mostra a falta de um crescimento sustentado, ou seja, preserva um patamar, mas com um teto perigoso, associado a uma rejeição que se mantém superior a 20%. Embora seja normal que um governador apresente rejeição, é preciso notar que, no caso do líder do PL, o percentual é alarmante. Em nenhum cenário saiu da segunda posição.

João Rodrigues tem um conjunto melhor de indicadores qualitativos: intenção de voto competitiva, cresce quando o cenário se concentra entre ele e Jorginho e, sobretudo, tem uma rejeição muito baixa, o que lhe dá um bom teto para crescer.

Por sua vez, a esquerda, quando fragmentada, expõe as suas fragilidades, que são o alto índice de rejeição do eleitorado catarinense mais alinhado com a centro-direita e a extrema-direita. Apesar disso, mostra, quando unida, que pode atingir bons percentuais, mantendo-se em seu patamar histórico.