ELEIÇÕES 2026: Nova pesquisa Neokemp ao Governo do Estado
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A nova pesquisa Neokemp realizada nos dias 22 e 23 de dezembro revela um cenário claro para a disputa ao Governo do Estado: o governador Jorginho Mello (PL) mantém a liderança em todos os cenários testados, segue como favorito, mas sem apresentar crescimento, mesmo diante de diferentes composições eleitorais. O dado acende um sinal de alerta para o projeto de reeleição.
Liderança estável, mas sem avanço
No principal cenário estimulado, Jorginho aparece com 41,3% das intenções de voto. Em um segundo cenário, mais enxuto, oscila para 44,7%. Apesar da variação dentro da margem de erro, o movimento indica estabilidade, e não crescimento.
Na prática, a pesquisa mostra que o governador já atingiu um patamar consolidado de apoio, mas enfrenta dificuldades para ampliar sua base eleitoral. Em um cenário de pré-campanha, isso significa que o desafio de Jorginho não é se manter na frente — é romper o teto que hoje limita seu desempenho.
Rejeição é ponto sensível
Outro dado que pesa contra o governador é a rejeição. Jorginho Mello registra 21,9% de eleitores que afirmam não votar nele de jeito nenhum. Embora não seja a maior rejeição da pesquisa, o índice é elevado para quem ocupa o cargo e busca a reeleição.
Esse percentual representa um ponto fraco estrutural, pois tende a se consolidar ao longo da campanha e pode se transformar em um fator decisivo em um eventual segundo turno. Em disputas polarizadas, a rejeição costuma migrar para o adversário mais competitivo — mesmo sem entusiasmo, apenas por oposição.
É nesse contexto que surge o nome de João Rodrigues (PSD). O prefeito de Chapecó aparece com 20,1% das intenções de voto no primeiro cenário e 24% no segundo, mas o dado mais relevante está na rejeição: apenas 5,6%, a menor entre todos os nomes testados.
A baixa rejeição coloca João Rodrigues em uma posição estratégica. Ele não apenas tem espaço para crescer, como também aparece como um nome capaz de absorver votos de eleitores que hoje não votam em Jorginho, especialmente em um eventual segundo turno. Esse fator o transforma, desde já, no principal ponto de atenção do governador. Vale destacar, que também é preciso observar o desempenho do prefeito de Joinville, Adriano Silva (Novo).
Avaliação do governo
A avaliação da gestão Jorginho Mello confirma o cenário de estabilidade, mas sem vantagem folgada. A soma de ótimo e bom chega a 59,2%, enquanto 18,8% consideram o governo ruim ou péssimo. Já a aprovação direta é de 64,5%, com 25,2% de reprovação.
Os números indicam um governo bem avaliado, mas longe de um cenário de hegemonia. Jorginho não ultrapassa com folga a marca de 60% de aprovação quando observados os diferentes recortes da pesquisa, o que reforça a leitura de que sua liderança eleitoral não se traduz automaticamente em crescimento.
Eleição aberta, apesar da liderança
A pesquisa Neokemp mostra que o governador Jorginho Mello começa o ciclo eleitoral de 2026 na frente, mas sem margem de conforto. A combinação de estagnação nas intenções de voto, rejeição relevante e avaliação positiva sem euforia desenha um cenário competitivo.
Do outro lado, João Rodrigues aparece como o nome mais viável fora do PL neste momento: cresce quando o cenário se afunila, tem a menor rejeição e reúne condições para atrair votos de eleitores que não pretendem apoiar o atual governador. Em suma, o recado da pesquisa é direto: a eleição está longe de estar definida.
Esquerda
A pesquisa Neokemp escancara a principal fragilidade da esquerda catarinense na disputa pelo Governo do Estado: a ausência de um nome competitivo e unificado. Nos cenários testados, os candidatos do campo progressista aparecem pulverizados, com dificuldades claras de ultrapassar a casa dos dois dígitos.
No primeiro cenário, Décio Lima (PT) soma 14,6%, enquanto no segundo, mais restrito, Carlito Merss (PT) cai para 8,9%. Já Afrânio Boppré (PSOL) oscila entre 2,9% e 6,1%, patamar insuficiente para ameaçar a liderança ou disputar espaço real no segundo turno.
Além do desempenho limitado, a rejeição pesa de forma decisiva. Carlito Merss lidera a rejeição ao Governo, com 31,4%, enquanto Afrânio Boppré aparece com 26,1%. Os números indicam que, mesmo somados, os nomes da esquerda enfrentam uma barreira difícil de romper, especialmente em um eleitorado majoritariamente avesso à polarização ideológica.
O levantamento reforça que, neste momento, a esquerda não apenas perde competitividade eleitoral, como também carece de um projeto capaz de dialogar com o centro político catarinense.
Metodologia
Pesquisa quantitativa por amostragem, com 1.200 entrevistas, realizadas em 95 municípios de Santa Catarina, entre os dias 22 e 23 de dezembro de 2025. A margem de erro é de 2,8 pontos percentuais, com nível de confiança de 95%.
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