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Em poucos dias de operação, a Ambiental, empresa contratada às pressas para substituir a CTA, já apresenta claros sinais de precariedade. O contrato emergencial, firmado a preço de ouro, elevou o custo da tonelada compactada de lixo de R$ 218,00 para R$ 349,00, um aumento de 37% que pesa diretamente no caixa da SEMASA.

Foto: reprodução

A contratação ocorreu em regime de urgência, depois que a diretora-presidente da autarquia rompeu o vínculo com a CTA sob a justificativa de inoperacionalidade da frota e ineficiência produtiva. No entanto, poucas semanas após a chegada da nova empresa, o cenário é apenas semelhante ao anterior. Seis caminhões já estão parados, 60% da frota encontra-se em manutenção. Assim, sacas se acumulam em frente às casas, como se fosse um concurso de produção de lixo doméstico. Os fatos são desanimadores e apontam para um quadro, a curto e médio prazo, ainda mais grave do que o deixado pela CTA.

Em um vídeo que circula na internet, funcionárias são flagradas dentro de um caminhão quebrado e parado no horário de serviço. Disse um deles: “Olha aqui, ó, rapaziada! (…) Em Lages falta caminhão pra trabalhar. (…) Falavam da CTA, mas está igual”. “Já é cinco da manhã e estamos aqui! No horário de voltar pra casa, sem ter trabalhado.”

Fica cada dia mais evidente, diante do diagnóstico inicial, que o caso não foi tratado com a tecnicidade que a situação exigia. Um contrato emergencial não pode ser sinônimo de celebração de um ato de risco. Aceitar uma frota sucateada e pagar mais caro por isso, apenas para dar uma resposta rápida, coloca a SEMASA na iminência de repetir os erros do passado, desta vez com um custo muito maior.

A Ambiental é uma empresa que já manteve vínculo operacional com a Serrana, hoje denominada Versa, investigada e denunciada no escândalo de corrupção revelado pela Operação Mensageiro. Não se trata de um passado distante, mas de um histórico recente que deveria ter sido considerado antes da assinatura de qualquer contrato emergencial.

Contudo, o tempo dirá se estamos diante de uma escolha administrativa desastrosa ou de um favorecimento evidente à empresa supostamente ligada à Serrana, já conhecida pelas investigações da Operação Mensageiro.

Editorial – Coluna Jean Carlo Lima, no SC em Pauta
Este texto expressa a interpretação e o posicionamento editorial do colunista sobre os fatos narrados acima.

A chegada da Ambiental

A Ambiental iniciou a operação em Lages em condições pouco melhores do que aquelas encontradas pela CTA. Chegou com uma frota visivelmente deteriorada, contendo caminhões antigos, muitos com mais de cinco anos de uso e em desconformidade legal.
Além disso, é possível constatar a ausência de itens básicos de segurança, fora de qualquer padrão previsto no edital.
Alguns caminhões simplesmente não são compactadores. Trata-se de modelos 3×4 adaptados para coleta seletiva, totalmente inadequados para o serviço contratado.
Os trabalhadores, por sua vez, operam sem a proteção exigida pela NR-38, colocando em risco a saúde, a integridade física e, em alguns casos, a própria vida.
E o que faz a SEMASA? Nada.
Nenhuma multa, nenhuma notificação, nenhum impedimento.