O candidato que Jorginho não queria; Divergência na esquerda; Segurança Pública foi destaque no Cosud – E outros destaques
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O governador Jorginho Mello (PL) voltou a demonstrar que permanece refém das movimentações políticas dos filhos do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). No fim de semana, publicou nas redes sociais uma foto ao lado do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), que se lançou pré-candidato à Presidência da República.
Na postagem, Jorginho adotou um tom protocolar ao definir Flávio como “um grande brasileiro, homem equilibrado e capaz de unir a nossa direita como o seu pai foi capaz”. Em seguida, reforçou alinhamento à família Bolsonaro ao afirmar: “Pelo bem do Brasil, eu estarei ao lado do presidente Jair Bolsonaro na sua decisão!”.
O gesto, no entanto, está longe de representar conforto político. Flávio é justamente o nome que Jorginho não queria ver na disputa presidencial. O entorno do senador carrega fragilidades amplamente conhecidas no cenário nacional — da compra de uma mansão milionária em dinheiro vivo à homenagem ao miliciano Rony Lessa. São elementos que o colocam entre os quadros de maior rejeição dentro e fora da direita, tornando a associação ao seu nome um fardo que tende a prejudicar mais do que ajudar aliados.
No dia 24 de novembro, destaquei o impacto da prisão de Jair Bolsonaro sobre o projeto de reeleição de Jorginho Mello. Sem o ex-presidente ativo politicamente, seus filhos — Flávio, Carlos e Eduardo — passaram a atuar sem o freio que o pai representava. A avaliação é de que Eduardo tende a radicalizar contra o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), para tirá-lo do tabuleiro nacional, abrindo caminho para a candidatura de Flávio ao Palácio do Planalto. “Anotem: não é nenhum absurdo pensar que os três preferem perder a eleição para o presidente Lula (PT) a deixar que um nome da direita de fora da família possa vencer e tomar o controle da direita no país”, escrevi. Esse movimento agora ganha contornos mais nítidos.
O sonho de Jorginho era ver Tarcísio disputando a Presidência pelo PL, repetindo a verticalização eleitoral com o número 22. Porém, os filhos de Bolsonaro não sinalizam qualquer abertura nesse sentido. Tarcísio já admite a possibilidade de buscar a reeleição em São Paulo, enquanto Jorginho se vê diante de um cenário que não controla: apoiar Flávio, com todo o desgaste que isso representa, ou torcer — mesmo em silêncio — para que a movimentação em torno do nome do senador não passe de um balão de ensaio voltado a uma possível votação da anistia.
Nos bastidores, o governador catarinense ainda nutre a esperança de que, encerrada a discussão sobre o processo de anistia, Flávio recue. Mas, reitero: os filhos de Bolsonaro preferem perder para Lula a abrir mão do comando simbólico e político da direita brasileira.
Para Jorginho, o custo desse alinhamento tende a ser ainda mais elevado, sobretudo diante da reação do centrão, que não gostou da indicação de Flávio e trabalha para fortalecer alternativas como Ratinho Júnior (PSD) e Ronaldo Caiado (UB). Ratinho, sendo confirmado no cenário, tende a influenciar a candidatura pessedista aqui no estado.
Possibilidade

Corre nos bastidores que uma eventual candidatura de Flávio Bolsonaro (PL) à Presidência pode alterar os planos do irmão, Carlos Bolsonaro (PL). O vereador, que aventava disputar o Senado por Santa Catarina, poderia voltar seu projeto para o Rio de Janeiro, concorrendo ao Senado pelo estado fluminense. A conferir logo após as festas de fim de ano.
Detalhes

Uma fonte ligada à deputada federal Carol de Toni (PL) me disse que ainda faltam alguns detalhes para sair o anúncio de que a parlamentar irá para o Novo. A informação foi em resposta à coluna de sexta-feira, quando anunciei que De Toni está praticamente fechada com o Novo. Quais seriam esses detalhes não foi revelado.
Encontro

O pré-candidato ao Governo do Estado, João Rodrigues (PSD), e o apresentador Carlos Massa, o Ratinho, se encontraram em um evento de inauguração de um empreendimento em Araquari. Ratinho, que é sócio, convidou algumas lideranças políticas e empresários. Eles conversaram animadamente, e houve até espaço para uma troca de impressões sobre o cenário eleitoral. Vale lembrar que o governador do Paraná, Ratinho Júnior (PSD), é pré-candidato à Presidência da República.
Divergência na esquerda

Uma fonte ligada à esquerda me disse que a atração de algumas lideranças por quem chamou de algozes da ex-presidente da República, Dilma Rousseff (PT) — a exemplo dos ex-senadores Paulo Bauer e Dário Berger — seria fruto da “Síndrome de Estocolmo”. Para a fonte, essas lideranças, que votaram a favor do impeachment de Dilma, estão sempre sendo cortejadas para ocupar posições eleitorais relevantes por setores do campo progressista. Os principais líderes da esquerda, que são favoráveis a um projeto com o PSB e com Bauer, terão que dialogar com alguns setores mais resistentes.
Análise ao vivo
Assista ao SCemPauta no Ar, de segunda à sexta, às 10h. Os assuntos da coluna em destaque no programa apresentado pela jornalista Adriane Werlang, com os meus comentários. Bastidores, análises e denúncias no SCemPauta no Ar, que você acompanha aqui no site ou em nossos perfis oficiais no Instagram, YouTube, Facebook e X.
Celesc
Causou estranheza o fato de a Celesc leiloar dois terrenos em áreas nobres de Florianópolis. A expectativa é de que entre no caixa da empresa algo em torno de R$ 20 milhões. Trarei mais detalhes.
Moção

A Assembleia Legislativa aprovou uma moção de repúdio, de autoria do deputado estadual Jessé Lopes (PL), contra o delegado-geral Ulisses Gabriel. O documento, aprovado por unanimidade, foi enviado direto para o governador Jorginho Mello (PL). O motivo foi a fala de Ulisses em uma entrevista, quando disse que trabalhava todos os dias e que não era um “TQQ”, referindo-se aos dias de sessão no parlamento. A fala motivou uma reação de Lopes, que fez fortes críticas ao delegado.
Segurança pública

A segurança pública foi o tema central da 14ª edição do Cosud, realizada no Rio de Janeiro. Diante do avanço interestadual e transnacional do crime organizado, os governadores defenderam ações integradas e financiamento permanente para o setor. O governador Jorginho Mello (PL) destacou que nenhum estado enfrenta sozinho a nova configuração do crime. Também defendeu que recursos das apostas esportivas possam reforçar o caixa da segurança e que qualquer mudança nacional respeite a autonomia dos estados. O governador reiterou apoio ao PL Antifacção e à necessidade de orçamento contínuo para fortalecer as forças de segurança.
Cooperação entre estados
Ao final do encontro do Cosud, os governadores assinaram a Carta do Rio de Janeiro, reafirmando o compromisso com políticas públicas integradas, inovação e maior troca de informações entre os estados. O documento reforça a importância do compartilhamento de dados de inteligência, da atuação coordenada da União nas fronteiras e da cooperação regional para soluções práticas. A próxima presidência do Cosud será de Minas Gerais, que sediará o encontro de março de 2026.
Entenderam o óbvio?
Ao entenderem que é necessário um financiamento permanente, os governadores do Cosud, incluindo Jorginho Mello (PL), defendem algo que está previsto na PEC da Segurança Pública, da qual eles são contra. Essa PEC, entre outras questões, estabelece a criação de uma espécie de SUS da Segurança, com uma trava que não permitirá o contingenciamento dos recursos da área. Ou seja, o governo que estiver com problema de caixa não poderá pegar esse dinheiro para outra finalidade. A integração entre os estados também está prevista na PEC. Isso mostra que os discursos, incluindo o de Jorginho, são muito mais para fazer oposição do que para discutir seriamente uma pauta que está entre as principais do país.
Abastecimento

O prefeito de Palhoça, Eduardo Freccia (PL), anunciou um investimento de R$ 60 milhões para avançar na universalização do abastecimento de água no município. O projeto prevê 160 quilômetros de novas redes, ampliação de reservatórios e modernização dos sistemas que atendem a região central e as áreas litorâneas. As obras iniciadas na Pinheira já beneficiaram mais de duas mil residências. A expansão seguirá no próximo ano para a Ponta do Papagaio, Praia do Sonho, Passagem do Maciambu e Enseada de Brito. “Faremos 20 mil ligações em cinco anos”, afirmou Freccia.
No Meio-Oeste
O Republicanos chegou a mais um município do estado. Neste final de semana, o partido oficializou a criação do diretório de Joaçaba. Com a presença do presidente estadual, deputado federal Jorge Goetten, o Republicanos iniciou as suas atividades e terá como presidente o vereador Diego Bairros, que preside a Câmara local. “As pessoas estão cansadas da polarização política. O que realmente importa é que a classe política se preocupe em resolver os problemas da cidade, e não em brigas ideológicas vazias”, afirmou Bairros.
Risco no morro
O Ministério Público decidiu ajuizar uma ação civil pública para tentar regularizar um termo de ajuste de conduta firmado ainda em 2019 com a Prefeitura de Florianópolis, que previa uma série de ações de contenção contra chuvas e deslizamentos, e de regularização fundiária no Morro da Mariquinha. O inquérito, aberto em 2012 após um deslizamento de terra que matou uma das moradoras da comunidade, conforme relato da promotoria: “No dia 13 de dezembro de 2011, um bloco rochoso se deslocou após um evento de chuva forte, levando abaixo três residências. Essa massa deslocada atingiu mais duas residências e provocou a destruição parcial de outras quatro. O resultado foi desastroso: além da perda da vida da Senhora ‘C.A.F.’, houve perda total de moradias; outras foram interditadas por estarem em área de risco iminente de uma nova movimentação da encosta (classificadas como de risco 4 pelo estudo feito pela Defesa Civil de Florianópolis), além das que estão em monitoramento (classificadas como de risco 3 pelo mesmo estudo). Com o acontecimento, 22 famílias foram diretamente afetadas e estão fora de suas residências, ocupando espaços cedidos pela prefeitura ou em casas de familiares.”
Elevação do risco
No começo de novembro, o Ministério Público foi informado em despacho sobre novos estudos na área, realizados pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), ainda em fase de conclusão. O documento aponta em seus resultados preliminares a “elevação do risco para nível 4 justamente na área em que ocorreram os deslizamentos”. No mesmo despacho, a promotoria cobra da prefeitura o relatório da vistoria realizada em 23 de outubro, “contendo a avaliação técnica das condições do talude, identificação das moradias em risco e indicação das medidas emergenciais ou mitigatórias cabíveis”. Após o envio das informações da prefeitura, que informou que o nível 4 de risco estava mantido e que o monitoramento e outras ações ainda estão em fase de planejamento, o MP decidiu pelo ajuizamento da ação civil pública, cujo teor ainda não está disponível no sistema do MP.
Comunicação
O trabalho de comunicação de Willian Quadros, escolhido pelo governador Jorginho Mello (PL) para a vaga do Quinto Constitucional no Tribunal de Justiça, contou com a estratégia e a comunicação dos catarinenses Marcelo Natale e Maurício Locks. Natale comandou toda a parte digital, enquanto a coordenação de comunicação e estratégia teve a colaboração de Locks. Quadros viralizou com o vídeo em que aparece ao lado do pai, que ultrapassou 250 mil visualizações em uma única rede social. A posse deve ocorrer ainda neste ano.
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