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A retomada dos voos da região serrana para São Paulo, aconteceu em meio à turbulências na relação de parceria entre a prefeita Carmen Zanotto (Republicanos) e o governador Jorginho Mello (PL). Ambos evitaram-se o tempo todo. Viu-se o inquilino da Agronômica irritado até com a sombra. Reclamou de tudo, e o seu discursou foi num tom de quem estava fazendo um “favor” aos serranos.

Imagem: reprodução de IA

Na quinta-feira (27/11), ocorreu a cerimônia do voo inaugural da GOL Linhas Aéreas, no aeroporto de Correia Pinto, marcando o fim de um intervalo de oito meses desde a saída da AZUL. Nesta nova operação, o avião é maior e a capacidade passa de 70 passageiros (do ATR 72-600) para 183 passageiros (do BOING 737), com conexão direta para o aeroporto de Congonhas.

Para isso, o aeroporto foi remodelado. Está bonito e estruturado. O deputado Lucas Neves (Podemos) destinou R$ 3 milhões em emendas impositivas para a obra, e o governo do Estado aplicou R$ 5 milhões em recursos gerais, entre aportes financeiros e incentivos fiscais, totalizando R$ 8 milhões.

Durante a cerimônia, foi perceptível a todos os presentes a irritação do governador. Em um dado momento, Jorginho Mello pegou o microfone para pedir silêncio ao público. Segundo ele, o evento não se tratava de uma feira. Em seguida, afirmou que seria pontual e incisivo em seu discurso. Destacou que, historicamente, o Estado nunca havia se esforçado tanto em um projeto de voo para a Serra e que o investimento foi o maior já feito em um aeroporto da região.

O governador também implicou com as imagens dos pontos turísticos expostas no local. Reclamou da ausência dos nomes das cidades e sugeriu que, em cada fotografia, constasse a identificação do ponto turístico e do município de origem, alegando que quem não é da região não reconhece essas referências.

Ele ainda destacou a precariedade do aeroporto antes da reforma. Segundo o governador, o espaço não era sequer cercado. Contou uma situação passada em que um terneiro estava parado na pista enquanto o avião em que ele estava pousava. De acordo com o relato, o animal saiu da pista por milagre, mas os tripulantes do voo tiveram que “trocar a cueca”.

Em sua fala, o tom foi de quem fez um favor. Disse que a sua parte estava feita e que agora a região precisava fazer a dela, gerando demanda, ou aconteceria o mesmo que ocorreu com a AZUL. Afirmou não querer “chorumela” caso, em algum momento, a GOL cogite encerrar a operação. Nesta nova operação, a capacidade do avião atual é duas vezes e meia comparado à aeronave anterior. Com esse fator a demanda tende a aumentar com a diminuição do valor das passagens, consequência da capacidade maior de lotação. Para o governador, é hora de as pessoas meterem a mão na “jibeira” e voarem. Ninguém vai viajar para “agradá-lo ou a prefeita”; é preciso fomentar o turismo ecológico e o turismo de inverno.

Durante o evento, pela primeira vez, ficou evidente o desconforto entre a prefeita Carmen Zanotto e o governador. Ambos se evitavam. A relação de parceria já apresenta uma pequena crise. Jorginho Mello tem demonstrado irritação com as cobranças da prefeita relacionadas aos investimentos prometidos para Lages, que, quando chegam, são poucos e liberados a conta-gotas. Carmen está descontente com o que chega do governo do Estado. Nos bastidores, a prefeita expressa preocupação com o fato de as coisas não caminharem conforme o combinado. Um exemplo é a enorme rasteira recebida da deputada Geovania de Sá, que não destinou emendas impositivas para Lages.