Mesmo com a saúde pública em frangalhos, Carmen Zanotto retira 18 milhões da atenção básica para pagar salários
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Estamos caminhando para o fim do ano de 2026 e, com ele, 25% do mandato de Carmen Zanotto (Republicanos) à frente da prefeitura de Lages. Traçando um paralelo entre 2024 e 2025 na área da saúde, nos deparamos com a seguinte realidade: menos médicos nos postos, menos consultas e filas enormes. A renovação de receita de medicamento de uso contínuo, com mudança de protocolo, tornou-se uma peregrinação. A Farmácia Básica, com falta permanente de medicamentos, apenas descentralizou o problema com novas unidades. Clínicas de fisioterapia estão com dificuldades para receber o repasse dos convênios e, por fim, 18 milhões foram retirados da saúde, da atenção básica, para cobrir a folha de pagamento de servidor. Este é o retrato da saúde de Lages: do caos para um iminente colapso.

Na sessão de ontem (24/11) da Câmara de Vereadores de Lages, o Executivo, na pessoa da prefeita Carmen Zanotto, enviou um projeto de lei anulando dotações orçamentárias e criando um crédito suplementar de 23 milhões, na ânsia de maquiar a falta de planejamento do governo.
Falta de planejamento
O vereador Joinha (PP) foi à tribuna para questionar o problema central do governo Carmen Zanotto, que é a evidente falta de planejamento da gestão. Segundo ele, o Executivo teve onze meses para se programar quanto ao pagamento de pessoal no fim do ano, mas deixou para constatar a falta de dinheiro uma semana antes do fechamento da folha.
A vereadora Prof. Elaine (Cidadania) rebateu Joinha ao lembrar que o orçamento de 2025 foi aprovado na gestão Ceron. Uma justificativa frágil. Embora aprovado de um ano para o outro, o orçamento não é estático. Tanto o Executivo quanto o Legislativo contam com dispositivos constitucionais para fazer as adequações que julgarem necessárias, com vistas à eficiência da gestão pública. Embora sejam legais, os mecanismos de anulação de dotação e criação de crédito suplementar podem ser utilizados tanto para turbinar a performance da gestão quanto como último recurso para tapar buracos de uma administração ineficiente. Nesse caso, a ordem dos fatores altera o produto, e muito. O problema não está em ser ou não ser constitucionais, mas na forma como esses mecanismos são utilizados.
Os argumentos da base
Para o vereador Pacheco (PSD), se existe previsão constitucional de realocação de recursos, não há ilegalidade. A vereadora Prof. Elaine não vê problema em fazer a mesma coisa que o prefeito Ceron fazia. O vereador Belezinha (Cidadania) acredita que não fará falta a dotação orçamentária anulada de uma pasta para criar suplementação em outra. Para o presidente da Câmara, Mauricio Batalha (Podemos), realocar um determinado valor não significa que todo ele será utilizado.
As justificativas da base do governo, juntas, parecem mais uma tentativa de compor o samba do criolo doido do que um conjunto concatenado de argumentações plausíveis e cabíveis. É perda de tempo ficar sambando com as palavras para disfarçar o que está evidente: a gestão Carmen Zanotto tem um sério problema de planejamento.



