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Foto: reprodução

A decisão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) de impor a candidatura do filho Carlos, o “02” (PL), ao Senado por Santa Catarina ganhou repercussão nacional. O caso do “estranho no ninho” acendeu debates sob diversos pontos de vista. A ala mais devota ao maior líder político da extrema direita, a quem Jorge Seif, Júlia Zanatta e Jessé Lopes (todos do PL) se referem como “chefe” e “general”, prega obediência cega e endossa até as falas mais extremadas, como a do autoexilado Eduardo Bolsonaro (PL), ao afirmar que não há ninguém com estatura política suficiente para questionar o pai – e que quem o fizer deve se retirar da sigla.

Nessa toada, inacreditavelmente, Carol de Toni (PL), a maior prejudicada com o enxerto carioca, segue a cartilha à risca. Além de manifestar apoio à candidatura de Carlos, mira o foco da sua artilharia no alvo errado, pressionando Jorginho por uma decisão que não foi tomada por ele. Carol entregou sua alma ao bolsonarismo ao incorporar o espírito do viralistismo, seguir e blindar o clã em troca de uma notoriedade estéril. Foi descartada pelo PL da Família, a quem faz juras de amor. Com essa atitude, ela se espreme para caber na fala de Eduardo, de não questionar o líder, preferindo, no recorte atual, sair do partido. Se apequena. É humilhante. Está perdendo apoio.

O debate elevou o nível de complexidade após a manifestação de eleitores bolsonaristas mais sóbrios. Eles apoiam o pai, mas rejeitam o filho. Essas vozes estão muito bem postas e evidentes nas redes sociais, como um mantra. Assim, nasceu
uma demanda político-eleitoral e surgiu um espaço precisando ser ocupado, até aparecer, de forma corajosa e com um discurso coerente, a deputada Ana Campagnolo (PL), que roubou a cena e tende a sair desse imbróglio mais forte que Carol. Ana se posiciona como uma líder de fato. Mantém-se bolsonarista, mas impõe limites. Não aceita abusos. Expõe a verdade com perspicácia, sobretudo aquilo que De Toni evita falar. Já há até quem defenda a troca de Carol por Ana na disputa ao Senado.

Claramente, a postura de Ana causa desconforto em muitos quadros do PL de Santa Catarina, ao revelar a fragilidade daqueles eleitos na famosa “onda”, com dependência total e exclusiva da associação de suas imagens à figura do ex-presidente para obter sucesso nas urnas. Esse é o caso de Júlia Zanatta e Jorge Seif. Não à toa, já se manifestaram contrários ao posicionamento de Ana.

Campagnolo parece ter assimilado estrategicamente todas as facetas do jogo, como a tese de Jair Bolsonaro ter cometido um erro estratégico ao subestimar o catarinense na imposição da candidatura de Carlos pelo Estado. Esse pode ser o ‘calcanhar de Aquiles’, o falho e a ponta solta do bolsonarismo dentro do seu próprio núcleo, podendo ser o princípio da implosão da sigla no estado mais bolsonarista do Brasil. E, se alguém ainda tem dúvidas quanto a isso, é bom reavaliar. Há um histórico vasto de grandes proezas. Já entregaram uma eleição para Lula e estão confirmando a segunda.

Ana tem capacidade para entender o que Carol não conseguiu: até a lealdade tem limites. Projeto de Estado, sim. Familiar, no caso, não. No matadouro da política, por incompetência, Bolsonaro e seus filhos se oferecem para serem os primeiros da fila, levando consigo o PL e alguns bolsonaristas. Essa lealdade suicida, Campagnolo, e qualquer um, tem todo o direito de negar.