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O que era para ser um desafogo em tempos de pandemia acabou se tornando uma ajuda mensal.

Os repasses, na forma de subsídio, feitos pela Prefeitura de Lages à empresa TRANSUL durante a gestão de Antônio Ceron, em meio à pandemia, deveriam ter caráter de excepcionalidade. No entanto, foram institucionalizados como pagamentos mensais, ultrapassando a casa dos R$ 400 mil ainda durante o seu governo.

Foto: reprodução de redes sociais

Ajudar a empresa a cobrir eventuais déficits para a empresa seguir operando em um período de crise global foi uma decisão acertada. A pandemia da COVID-19, marcada por longos períodos de isolamento social, causou um enorme rombo na receita das empresas de transporte público. Para se ter uma ideia, em Lages o fluxo diário de usuários no Terminal Urbano chega a cerca de 5 mil pessoas. Sem os repasses emergenciais, a Transul corria sério risco de encerrar as operações na cidade, o que causaria um transtorno ainda maior à população.

No entanto, passado o período de pandemia e considerando o tempo de institucionalização dos pagamentos mensais (de cinco anos), o prazo é mais do que razoável para um auxílio de caráter excepcional. A partir desse ponto, a situação deixa de ser uma questão de interesse público pelo bem comum e passa a configurar um problema de gestão, relacionado à eficiência administrativa de uma empresa privada que opera com fins lucrativos em um município sem concorrência direta.

Fato concreto: a TRANSUL não se modernizou. Em 2025, a empresa ainda opera em Lages praticamente da mesma forma dos anos 1990, sem acompanhar as profundas transformações socioeconômicas que redefiniram a mobilidade urbana ao longo de mais de três décadas.

Em 2024, Carmen e Jair foram eleitos. A nova gestão venceu as eleições com um discurso firme de mudança no modelo de concessão do transporte coletivo municipal. O vice-prefeito, Jair Júnior, quando vereador, era incisivo quanto à interrupção do subsídio e à abertura de concorrência.

Durante o debate eleitoral transmitido pela NSC/TV, a então candidata Carmen Zanotto prometeu reavaliar o contrato com a Transul. No entanto, após dez meses de governo, os repasses feitos à empresa de transporte público chegam a R$ 440 mil mensais.