Criamos um canal oficial no WhatsApp — e você já pode fazer parte!

Mais agilidade, mais bastidores, mais DENÚNCIAS direto no seu celular.

Sem grupos, sem conversas, só informação exclusiva, com a credibilidade do SCemPauta.

Acesse e siga agora:

https://whatsapp.com/channel/0029Vb6oYQTEgGfKVzALc53t

E NÃO ESQUEÇA DE ATIVAR O SININHO PARA RECEBER TUDO EM TEMPO REAL!

A obra de recapeamento asfáltico da Av. Belizário Ramos, a Carahá, foi tema de debate na sessão da câmara de ontem (6/10). O vereador Aldori de Freitas (MDB) cobrou da Secretaria de Obras o “desperdício técnico” de aproximadamente 40m³ de massa asfáltica.

De acordo com a fala do vereador, isso aconteceu quando a máquina acabadora quebrou e a equipe alocada para execução da obra manteve a massa asfáltica parada nos caminhões por mais de três horas.

Vereador Freitinhas (MDB). Foto: reprodução

Recomendação técnica
Por ser produzida no método quente (CBUQ – Concreto Betuminoso Usinado a Quente), recomenda-se aplicar a massa em até uma hora após sair da usina. Depois desse período, o ligante começa a endurecer e perder suas propriedades de aderência, reduzindo drasticamente a durabilidade da obra.

Subaproveitamento
Freitinhas cobrou do secretário a existência de um plano B para o máximo aproveitamento técnico (de desempenho e finalidade) do material, já prevendo esse tipo de ocorrência. Na avaliação do vereador, o secretário errou ao decidir subaproveitar a massa asfáltica para fazer uma “base” de 2cm de espessura num determinado trecho de 100m. Como o recapeamento tecnicamente não se ligará à base de 2cm, a espessura desse trecho ficará com 3cm, somando no total os 5cm previstos no projeto, mas em duas camadas frágeis com riscos de rachaduras e afundamentos a curto prazo.

Volumetria média
O material, quantificado em 4 caminhões-caçamba de 10m³ cada (total de 40m³ de massa asfáltica), seria suficiente para pavimentar uma rua de 200m com 3cm de espessura (com largura habitual de 6m). Em operação de tapa-buraco, dependendo do estado da via e do número de remendos, esse volume seria suficiente para cobrir aproximadamente 500 metros.

Castor tentou justificar
O vereador Castor (PL), integrante da base do governo, saiu em defesa do secretário de obras, mas demonstrou desconhecimento do caso. Segundo ele, o secretário teria utilizado a massa asfáltica (já fria e com a capacidade de aderência comprometida) apenas para formar uma base naquele trecho, que apresentava uma diferença de 2cm de profundidade. A ideia, conforme o parlamentar, seria aplicar no dia seguinte uma nova camada de cinco centímetros, completando o recapeamento previsto e nivelando a pista.

Vereador Castor (PL). Foto: reprodução

A argumentação do vereador Castor causa estranheza, uma vez que o serviço de fresagem realizado antes da aplicação da massa asfáltica não provoca desníveis. Pelo contrário, tem justamente a função de uniformizar a pista para receber a nova camada de asfalto.

Freitinhas ainda acrescentou:
“Quando é feita a reperfilagem, já saem os 5 cm considerando eventuais desníveis… o senhor está falando o que escreveram para o senhor falar… o senhor falou tecnicamente… falou bonito… mas o senhor não conhece…”

Teve bônus
Castor se dirigiu à tribuna para falar do seu apoio ao deputado da região da Serra, Marcius Machado, do seu partido, o PL. Em seguida, fez críticas a quem trabalha para deputados “de fora”: “Muito deputados vêm aqui caçar votos, os vereadores trabalham para eles, e depois não vem recurso pra cá”.

Logo após, Freitinhas elogiou e reconheceu a atuação do deputado Marcius Machado na Serra, mas lembrou que, para a sua região, no bairro Vila Maria, o deputado destinou apenas 150 mil. Quanto à alegação de apoiar candidato de fora e ficar sem recursos, Freitinhas rebateu, fazendo uma breve prestação de contas da sua parceria com o deputado Jerre Comper, ressaltando que, por meio dela, o bairro recebeu investimentos na ordem de R$ 4 milhões.