Na pressa de executar obras da gestão passada, asfaltos novos estão “esfarelando” com 180 dias
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Desde que assumiu a prefeitura, o governo Carmen Zanotto tem tomado o cuidado de deixar claro: as obras remanescentes dos contratos firmados através do FINISA pertencem à gestão anterior. Informativos são veiculados na mídia com a mensagem: “obras paralisadas da gestão passada estão sendo concluídas”. Além disso, há uma contagem regressiva das obras finalizadas, como um lembrete constante daquilo que se anseia encerrar de vez.
Sem julgamento precipitado, a impressão que fica, ao menos para mim, é que o executivo municipal trata isso como uma “herança maldita”, intensificado com nuances dramáticas após a deflagração da operação Stone. Carmen não tolerou a visita indigesta do GAECO na sua prefeitura para apurar crimes em contratos firmados na gestão passada.
Entretanto, independentemente das circunstâncias, o governo agora é outro, e não se pode tolerar que o serviço entregue, a exemplo da rua Vicente Celestino (trecho dois) seja da pior qualidade possível. O financiamento pode ser do governo Ceron, mas a execução está sob a gestão Carmen Zanotto. Cabe ao atual secretário de Obras fiscalizar em nome do Executivo municipal. Se algo falha, como no caso dessa rua, foi o governo quem falhou, indiscutivelmente. O erro é de execução e não de financiamento.
A rua, inaugurada há pouco mais de 180 dias, já apresenta buracos profundos e trechos de massa asfáltica se esfarelando, em aspecto de craquelamento (“casca de crocodilo”), indicando possível economia de material ou o uso de insumos de péssima qualidade, como denominam técnicos da área de engenharia. A situação é grave e passível de investigação por parte do Ministério Público. São mais de 300 mil reais investidos em uma obra asfáltica que, além de estar se “desmanchando”, encontra-se inacabada – sem sinalização e com bocas de lobo obstruídas, como constatou o vereador Álvaro Mondadori (PP).

O futuro é a Usina de Asfalto do CISAMA
Pelo volume de massa asfáltica que a usina móvel do CISAMA, localizada no bairro Ferrovia, consegue produzir para atender a região da AMURES, pode-se afirmar, em tese, que quase a totalidade dos recursos destinados à pavimentação de ruas poderia ser aplicada por meio do consórcio intermunicipal. Ao analisar alguns contratos firmados entre a Prefeitura de Lages e o CISAMA, observei, por exemplo, que o serviço de fresagem contratado para a Avenida Belizário Ramos teve precificação abaixo do valor de mercado, resultando em economia para o município. Além disso, o custo por m³ apresentou uma média de 30% inferior em comparação ao serviço realizado por empreiteiras. Soma-se a isso a otimização do tempo, já que não há paralisações de obra, problema recorrente quando o serviço é executado por empresas terceirizadas.
