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A Secretaria de Estado da Saúde de Santa Catarina aponta que deve encerrar 2025 com investimentos de aproximadamente R$ 8,3 bilhões. O valor foi apresentado pelo secretário Diogo Demarchi Silva durante a reunião da Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa, na apresentação do segundo relatório quadrimestral da pasta.

A previsão inicial, estabelecida pela Lei Orçamentária Anual (LOA), era de R$ 6,07 bilhões, em cumprimento ao percentual constitucional de 12% destinado à saúde. Com o aumento da arrecadação estadual, a projeção mínima passou para R$ 7,45 bilhões, podendo chegar a cerca de R$ 70 bilhões em orçamento total.

O relatório aponta a realização de 1,13 milhão de procedimentos, sendo 731 mil cirurgias eletivas, com destaque para 279 mil oftalmológicas e 398 mil de urgência ou emergência. Segundo o secretário, Santa Catarina supera em 163% a meta do Ministério da Saúde para cirurgias eletivas. Os hospitais filantrópicos recebem cerca de R$ 60 milhões por mês para esse atendimento.

Entre as despesas detalhadas estão R$ 2,6 bilhões com pessoal, R$ 508 milhões em modernização de hospitais, R$ 234 milhões em convênios e ações de saúde, R$ 592 milhões para manutenção de unidades e hospitais geridos por Organizações Sociais (OSs) e R$ 58,9 milhões em obras de expansão e melhorias.

Apesar dos avanços, persistem desafios como a falta de leitos de UTI, que impacta a programação de cirurgias. O Hospital Celso Ramos, em Florianópolis, ampliou de 20 para 34 leitos, mas ainda opera abaixo da necessidade estimada em 50 unidades. Deputados presentes também apontaram a carência de recursos para saúde mental, com apenas 79 dos 880 leitos psiquiátricos custeados pelo governo federal.

A reunião contou com a participação dos deputados Neodi Saretta (PT), José Milton Scheffer (PP) e Dr. Vicente Caropreso (PSDB), além do procurador federal Carlos Humberto Prola Júnior.