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Lázaro Brandão/Valor Econômico/Internet

Relembrando: o Prefeito Vilson Kleinubing e eu fomos ao Rio de Janeiro para acertar o patrocínio institucional da Fundação Roberto Marinho para nosso projeto de restauração da antiga Ponte de Ferro e, eventualmente, também, para a reconstrução do prédio da antiga Prefeitura que havia incendiado em 1958. Dali seguimos para São Paulo, com a agenda lotada de encontros com os dirigentes dos bancos que tinham agência em Blumenau, que íamos convidar para serem os patrocinadores financeiros daquelas obras. Estivemos, entre outros, no Bradesco que acabou proporcionando o maior dos aportes para a Ponte.

A interrupção da conversa com Brandão.

Mas, ainda haveria um acontecimento fora do esperado. Em meio à conversa com o Presidente do Bradesco, Lázaro Brandão, ele, contrariado, levantou-se de uma das poltronas que ocupávamos para atender o telefone na sua mesa. Pegou o fone, trocou algumas palavras com seriedade e preocupação, disse alguns “sim, amigo” e “imediatamente”. Discou ainda um número no interfone, passou algumas instruções inaudíveis e voltou para seu lugar conosco.

O pedido de Mauro Salles.

Mauro Salles/Revista Exame

Ele então nos falou mais ou menos o seguinte: “eu não costumo interromper as conversas, a não ser em casos extremos; quem ligou foi meu amigo Mauro Salles (que era Presidente da uma grande agência de publicidade); ele está precisando de apoio para a libertação de seu irmão Luiz que foi sequestrado; seus captores exigem resgate de 2.5 milhões de dólares, que deve ser entregue ainda hoje; como ele não dispõe desse valor, solicitou minha ajuda; já resolvi”. “Vamos continuar a conversa”.

O resgate do sequestrado.

Luiz Salles/ Foto João Sal/Folha

Luíz Salles, sócio da Mauro Salles Interamericana de Publicidade, tinha sido capturado pelos sequestradores no dia 31 de julho de 1989. Seu cativeiro durou 65 dias. A situação dramática estava recebendo vasta cobertura jornalística. E o Prefeito de Blumenau e seu Secretário de Planejamento presenciaram o capítulo final desse drama. À noite daquele mesmo dia vimos no noticiário da TV que Salles havia sido libertado, mediante pagamento do resgate por uma pessoa da sua família.

Brandão e Trabuco/Foto Clayton Souza/Estadão

Lázaro de Mello Brandão exerceu a presidência executiva do Bradesco de 1981 a 1999. Foi o primeiro sucessor do lendário fundador do banco, Amador Aguiar. Após deixar a presidência executiva, foi Presidente do Conselho de Administração de 1990 até 2017, quando passou esta função para o economista Luiz Carlos Trabuco Cappi, então Presidente Executivo, que segue presidindo o Conselho até os dias atuais.

Próxima coluna.
História: as origens e o ocaso da estrada de ferro que passava em Blumenau. O destino da velha ponte.