João Rodrigues mira o coração do eleitor na corrida contra Jorginho Mello
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Não há dúvidas sobre a capacidade do governador Jorginho Mello (PL) de se reinventar. Mergulhar de cabeça no ambiente digital, com a produção em massa de vídeos, seria exaustivo para qualquer pessoa, ainda mais para alguém prestes a completar 70 anos. Jorginho, no entanto, domina a comunicação direta com o eleitor em vídeos curtos, com linguagem clara e de fácil assimilação.
A equipe de marketing de Jorginho também se destaca na habilidade de neutralizar os principais pontos do discurso de João Rodrigues. Na semana passada, o governador, que antes gravava vídeos desafiando o governo federal e afirmando que Santa Catarina caminhava com as próprias pernas, surpreendeu ao ir a Brasília apresentar o projeto de estudos do contorno viário do Morro dos Cavalos. Mais ainda, falou em superar “picuinhas”. Essa ação vai de encontro às críticas de João sobre a relação institucional entre presidente e governador de estado.

Mas nem tudo são acertos. A exposição excessiva das ações do governo pode banalizar a imagem de Jorginho diante do eleitorado. No Brasil, a eleição favorece quem toca o coração do eleitor, mais do que aquele que tenta convencê-lo apenas com fatos. Uma pesquisa recente avaliou o nível de confiança de políticos em vídeos de redes sociais, incluindo o prefeito de Sorocaba. Para mais de 60% dos participantes, a imagem de Rodrigo Manga não transmitia confiança. Esse resultado serve como alerta de que o excesso de autopromoção pode ser prejudicial.
O discurso radical de Jorginho, que se intensificou na reta final, também pode abrir espaço para João Rodrigues (PSD), prefeito de Chapecó, que aposta em comunicação mais emocional, humanizando sua figura e criando identificação com o eleitor. Ele se distancia do estilo racionalista e simplista de Jorginho, sem a mesma carga emocional que elegeu Jair Bolsonaro.
Enquanto Jorginho ostenta ações de repressão ostensiva contra moradores de rua, João aposta no acolhimento. Enquanto Jorginho se exibe com fuzis e promove um Estado punitivista, João investe na recuperação de dependentes químicos com o projeto “Mão Amiga”.
A eleição de 2026 será a disputa entre manutenção e crescimento. Jorginho testará quanto sua reinvenção será capaz de conservar parte da votação obtida em 2022. Já João Rodrigues chega em franca ascensão e colocará à prova o alcance de sua comunicação persuasiva para ampliar seu espaço político.
