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Reunião com o representante do fundo japonês Nakasoni. Koichi Inada. Arquivo Público de Blumenau

Relembrando. Em 1989, o Prefeito de Blumenau, Vilson Kleinubing, tinha muito o que fazer. Instigado a aceitar sua candidatura a Governador na eleição do ano seguinte, a pressa, sem perda da perfeição, passou a ser a palavra de ordem entre seus principais auxiliares. Era preciso cumprir com todos os principais compromissos do Prefeito na área administrativa. Se tivesse de sair para uma nova incumbência política, era imprescindível deixar preparada a lição de casa. A empreitada, porém, custaria muito dinheiro. Era preciso buscá-lo.

A Ponte que quase virou sucata.

Foto/Reprodução por Portal da Cidade, Blumenau

Entre os diversos deveres a serem cumpridos, estavam a restauração da velha Ponte de Ferro e a reconstrução do antigo prédio da Prefeitura de Blumenau, destruído, parcialmente, por um incêndio ocorrido em 1958.
Pela histórica ponte passavam, outrora, os trens que iam do Alto Vale do Itajaí para o litoral catarinense. Mas, em 1971, o tráfego ferroviário foi cancelado, o leito por onde transitavam as locomotivas, vagões e passageiros foi abandonado e ocupado de várias maneiras. Os dormentes e os trilhos foram vendidos. A ponte, em consequência, se tornou um ornamento sem utilidade prática.

Ela voltou ao noticiário e às conversas da população, devido a uma suposta intenção do Prefeito anterior, Dalto dos Reis, de “vende-la como sucata”. Não sei ao certo se era verdade ou lorota, mas, esse imbróglio virou tema da campanha. E lá pelas tantas Vilson Kleinubing assumiu a defesa da ponte na condição de patrimônio histórico e turístico. Disse que iria restaurá-la conforme o projeto original. E eu, na condição de seu Secretário de Planejamento, dei a sugestão de aproveitá-la para o trânsito de automóveis e pedestres, colocando em lugar dos trilhos uma pista asfaltada e uma passarela. Vilson adotou a ideia e incorporou-a a seus planos de restauração.

Uma prioridade em busca de recursos.

Antigo JSC/Arquivo Público de Blumenau

Todavia, tanto ainda era preciso realizar, que já não existia mais dinheiro disponível para a ponte. E nem para o velho prédio da Prefeitura. Sugeri então ao Prefeito uma alternativa: passar o chapéu pelos bancos que tinham agencias em Blumenau. Havia muitas dessas naquele tempo, todas muito felizes com os bons negócios propiciados pela próspera Blumenau. E propus ainda que a gente buscasse o apoio institucional da Fundação Roberto Marinho.

Reunião do Prefeito com o Embaixador da Alemanha Heinz Ditman,. Presentes o Secretário da
Comunicação Marcelo Rego, o empresário Hans Prayon e o Secretário do Planejamento Paulo Gouvêa da Costa

Além da coleta feita nos bancos com agências em Blumenau, que resultaram na recuperação da Ponte de Ferro, a garimpagem tinha de ir mais além. As diversas obras viárias, mais a restauração da antiga Prefeitura e os outros compromissos do Prefeito, requeriam recursos
adicionais. Fomos, então, atrás de verbas dos governos Federal e Estadual, de Fundos internacionais, como o japonês Nakasoni, de eventual financiamento alemão, e de medidas internas que incrementassem a arrecadação municipal.

Antigo JSC/Arquivo Histórico de Blumenau

Missão: fazer em 15 meses o trabalho de 4 anos.

O encadeamento de fatos era implacável. Com a possibilidade cada vez mais clara de aceitar o desafio da candidatura a Governador, o Prefeito Vilson Kleinubing precisava concluir, no prazo total de quinze meses, tudo o que se comprometera a realizar em quatro anos. Este seria o tamanho do seu novo mandato entre a posse no primeiro dia de janeiro de 1989 e a renúncia que aconteceria, se assim o destino determinasse, no começo de abril de 1990, ano da eleição para o Governo do Estado.

Postas essas premissas, tornava-se imprescindível obter os meios financeiros. Felizmente, as tentativas foram frutíferas. Várias dessas fontes começaram a desaguar na Prefeitura de Blumenau.

Antigo JSC/Arquivo Histórico de Blumenau

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A caminhada no Rio e em São Paulo. Fundação Roberto Marinho, bancos, Henrique Meirelles e Lázaro Brandão.