Com a falta de profissionais, casos de violência nas unidades de saúde têm se tornado comuns; entenda a cronologia dos fatos
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Transição da pasta da Saúde
Desde o início do ano, alertamos que a saúde pública de Lages enfrentaria muitos problemas devido à ausência de um processo de transição eficiente na pasta, fato apontado pelo próprio vice-prefeito. A nomeação da secretária de Saúde, feita somente após o período de transição, foi considerada intempestiva e, segundo servidores de carreira, algo jamais visto nas trocas de governo.
Sinal de alerta
No início do ano, recebi o relato de uma Agente Comunitária de Saúde (ACS) sobre a falta de servidores nas unidades. Segundo ela, havia carência de atendentes, técnicos de enfermagem, enfermeiros e médicos. Os pacientes não conseguiam realizar consultas, tampouco agendar sessões de fisioterapia. Sem médicos disponíveis nas unidades básicas, a orientação era buscar atendimento diretamente na Policlínica Municipal, o que a tornou caótica.
Apagando o incêndio
Para tentar remediar a situação, a prefeitura lançou um edital para a contratação de 70 médicos, com o objetivo de suprir a saída de mais de 100 profissionais que tiveram seus contratos encerrados no fim do ano passado. A medida, no entanto, surgiu em caráter emergencial diante da alta demanda reprimida. A equipe de transição do novo governo não considerou a média de atendimentos dos anos anteriores para que os contratos fossem renovados a tempo, nem para que novas contratações fossem providenciadas antecipadamente.
Voltando à estaca zero
Hoje, boa parte desses 70 médicos já encerrou seus contratos. O número de pessoas buscando atendimento aumentou e os pacientes que conseguem consultas não têm acesso a retornos após a realização de exames. Além disso, há mais de 1.500 solicitações de sessões de fisioterapia, dependendo de autorização para início ou reinício do tratamento, uma demora que pode comprometer seriamente a recuperação dos pacientes.
Episódios de agressões
Com profissionais e pacientes esgotados, os casos de agressões verbais e físicas aumentaram em 2025, reflexo de uma gestão contestada. Entre os episódios registrados, destacam-se:

Em 19 de fevereiro, duas servidoras da Unidade Básica de Saúde (UBS) do bairro Vila Nova/Caça e Tiro foram vítimas de agressões verbais e físicas.
Em 5 de maio, na UBS do bairro Várzea, uma mulher arremessou pedras contra a unidade, ferindo profissionais com estilhaços de vidro. Além disso, ameaçou um médico com estilete.
Em 5 de agosto, na Unidade de Saúde do Centro, um homem exaltado proferiu ameaças contra servidores públicos e quebrou um monitor. A Polícia Militar precisou ser acionada para contê-lo.
