Primeira Mão: Santa Catarina e a nova tarifa dos EUA: veja o que está isento e o que será afetado
A um clique de você
Entre agora nos grupos de WhatsApp do SCemPauta e receba em primeira mão as notícias que realmente importam — com exclusividade e agilidade. COMPARTILHE OS NOSSOS LINKS!
📲 Informações quentes, análises precisas e tudo o que você precisa saber!
💥 O SCemPauta atua com independência, sempre trazendo em primeira mão as principais DENÚNCIAS. Não fique de fora!
❓ Dúvidas? Chama no WhatsApp: (49) 98504-8148
👇 CLIQUE ABAIXO E PARTICIPE AGORA!

Redação do SCemPauta
A decisão do governo dos Estados Unidos de aplicar uma tarifa de 50% sobre produtos importados do Brasil gerou reações imediatas em setores produtivos do Estado. Apesar do impacto potencial, uma lista de isenções divulgada pela Casa Branca na ordem executiva assinada pelo presidente Donald Trump, agora a tarde, garante certo alívio para segmentos estratégicos da economia catarinense.
A medida entra em vigor na quarta-feira (06) da próxima semana, mas poupa alguns dos principais produtos exportados por Santa Catarina, enquanto outros, igualmente relevantes, passam a ser diretamente afetados pela sobretaxa.
Setores isentos
Entre os produtos que seguirão isentos da nova tarifa estão aeronaves civis, peças e motores — o que beneficia diretamente empresas como a Embraer, que mantém operações ligadas à cadeia aeronáutica também em Santa Catarina. Além disso, a indústria madeireira e de celulose, fortemente concentrada nas regiões de Lages, Otacílio Costa e Planalto Norte, também foi contemplada. Empresas como a Suzano e fabricantes de móveis da região norte estão entre as beneficiadas.
Os produtos energéticos, como carvão mineral, também entraram na lista de isenções. Santa Catarina ainda mantém uma base produtiva desse insumo, especialmente na região de Criciúma e Lauro Müller, o que garante a continuidade das exportações para os EUA sem impacto tarifário.
Outro destaque são os metais específicos, como ferro-gusa, silício e ferroníquel. Embora não liderem a pauta exportadora do estado, fazem parte da base da indústria metalúrgica e eletromecânica catarinense.
Exportações ameaçadas
Por outro lado, produtos centrais da economia estadual não aparecem na lista de isenções e, com isso, podem ser duramente afetados. As carnes de frango e suína, por exemplo, são os principais itens da pauta exportadora de Santa Catarina — com destaque para empresas como Sadia, BRF/Seara e Aurora, com sedes em municípios como Chapecó, Concórdia e Itajaí. Esses produtos podem sofrer a tarifa cheia de 50%, impactando diretamente a competitividade nos mercados internacionais.
O mesmo ocorre com o setor de motores elétricos, compressores e autopeças, que tem forte presença nas cidades de Joinville e Jaraguá do Sul. Empresas como a WEG, Embraco e Tupy, que possuem contratos expressivos com clientes norte-americanos, podem sentir os efeitos da elevação tarifária, já que seus produtos não foram incluídos entre os itens isentos.
Outro setor de peso é o têxtil e de confecção, concentrado no Vale do Itajaí, com marcas tradicionais como Hering, Malwee, Karsten e Haco. Também ausente da lista de exceções, o setor teme queda nas exportações e perda de competitividade para países não afetados pela medida.
Soja e grãos fora da lista
Apesar de Santa Catarina não ser um grande produtor de soja em comparação ao Centro-Oeste, o grão ainda aparece na pauta exportadora estadual. No entanto, a soja e seus derivados não constam entre os produtos isentos, o que coloca o setor sob risco em relação ao comércio com os Estados Unidos.
A nova tarifa dos EUA cria um cenário de incerteza para Santa Catarina. Enquanto setores como o aeronáutico, madeireiro, energético e de alguns metais respiram aliviados com as isenções, os principais pilares da economia estadual — carnes, motores e vestuário — entram em alerta.
Com os Estados Unidos sendo um dos principais destinos das exportações catarinenses, o estado agora precisará avaliar com atenção os efeitos da medida no desempenho da sua balança comercial. O Governo do Estado e as entidades de classe, a exemplo da Fiesc, já se mobilizam para compreender melhor o alcance da ordem executiva e buscar alternativas para minimizar os prejuízos.
Veja mais postagens desse autor