Formatura foi realizada na Câmara de Vereadores nesta quinta-feira (10) (Divulgação)

A turma do primeiro semestre de 2025 do Projeto Jovem Doutor se formou nesta quinta-feira (10), em evento realizado na Câmara de Vereadores de Balneário Camboriú. Os alunos do 8º e 9° ano do CAIC Ayrton Senna da Silva, onde as aulas foram realizadas, aprenderam sobre como promover bons hábitos de saúde e desenvolveram atividades com outras turmas, com foco em temas relacionados à qualidade alimentar e transtorno alimentar.

Foram realizados 20 encontros, conduzidos pela professora de Ciências Joana Antunes Rizzolo, em parceria com estudantes de pós-graduação em Telemedicina da Universidade do Estado de São Paulo (USP).

O projeto foi implantado em Balneário Camboriú em 2018, por meio de uma parceria entre o Departamento de Telemedicina da USP, o Conselho Municipal Antidrogas de Balneário Camboriú (Comad) e a Secretaria Municipal de Educação.

O evento reuniu alunos, professores, representantes da Secretaria de Educação e Comad, que celebraram com alegria a formatura das duas turmas do CAIC Ayrton Senna da Silva.

O criador e coordenador do projeto, o chefe de Telemedicina da USP, professor e doutor Chao Lung Wen, parabenizou os alunos por meio de um vídeo gravado.

Na mensagem, Wen destacou que o projeto é multidisciplinar e objetiva a formação de adolescentes conscientes e multiplicadores de bons hábitos de saúde, utilizando recursos de Telemedicina, de educação a distância e do Projeto Homem Virtual. O trabalho de iniciação científica ocorreu no contraturno escolar.

A secretária de Educação, Maria Ester Menegasso, enfatiza a importância do projeto na formação de jovens mais saudáveis. “Eles tiveram a oportunidade de aprender sobre como promover bons hábitos de saúde e a compartilhar isso com seus amigos e familiares, levando o projeto a alcançar mais pessoas fora do ambiente escolar”, disse.

Esta foi a primeira vez que a professora Joana participou do projeto, algo que considera uma extensão do seu trabalho como educadora e pesquisadora. “Já vim de uma escola de muitos anos de estudo, fiz um doutorado, pós doutorado, fui professora universitária orientando TCC e projetos, então isso foi como uma continuidade do que eu já vinha fazendo e, claro, com o pessoal dessa idade é muito encantador, porque as crianças adoram e tudo é novidade, descoberta. Ao mesmo tempo que é tudo muito intenso, com desafios, a experiência foi transformadora, não só pra mim, mas principalmente para os jovens”, comentou.

Júlia da Silva de Freitas, de 14 anos, se sentiu livre para explorar o projeto e mostrar o que gostaria de fazer e aprender. “A gente entrou mais no assunto de segurança alimentar, os benefícios e temas relacionados a isso. Querendo ou não, é algo que os jovens não se importam tanto, porque só comem o que vêem pela frente, e não pensam no que aquilo vai contribuir para a saúde”.

Para Maria Eduarda Carvalho dos Santos, de 15 anos, estar envolvida com o Projeto Jovem Doutor foi uma grande experiência. “Foi bem interessante e eu aprendi bastante. Por mais que eu soubesse sobre transtornos alimentares, eu aprendi muito mais. Nós desenvolvemos um questionário com as turmas dos 6º e 7º anos e depois, como a gente viu que os resultados eram muito baixos, que ninguém sabia o que era esse transtorno, fizemos uma apresentação falando sobre ele e sobre a alimentação no geral”, disse.