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A Guabiruba Saneamento está executando um dos maiores investimentos já realizados no sistema hídrico do município, com a construção de uma nova Estação de Tratamento de Água Central (ETA), integrada a uma barragem e a um novo sistema de captação no rio Guabiruba Sul. Com as obras, a capacidade de produção de água tratada deve passar de 30 para 70 litros por segundo – um aumento superior a 130% – permitindo atender à crescente demanda da população.

Também está em construção um novo reservatório de 1,6 milhão de litros, o que representa uma ampliação de 228% na capacidade de armazenamento de água para períodos críticos. “O novo sistema trará eficiência operacional com tecnologias modernas, automação e monitoramento em tempo real, garantindo maior controle e segurança em todas as etapas até a distribuição da água para a população”, explica Guilherme Marques, gerente de operações da Guabiruba Saneamento.

Obra incompleta

Apesar da magnitude da obra e dos benefícios esperados, a nova estrutura não será entregue em sua totalidade. A informação foi confirmada pelo diretor de Expansão da Hidropak, empresa responsável pela execução. “A primeira fase da obra deve ser entregue em agosto de 2025 com cerca de 70% da capacidade projetada. A segunda fase não foi contratada por conta de um impasse entre a concessionária e a nossa contratante”, afirmou Luciano Moreno. Ele acrescenta que não tem autorização para comentar os detalhes do impasse, mas reforça que a segunda etapa segue indefinida.

O cenário contrasta com o reajuste tarifário de 6,30% aplicado em maio deste ano, autorizado pela Agência Intermunicipal de Regulação do Médio Vale do Itajaí (AGIR). Segundo a Guabiruba Saneamento, o aumento tem como finalidade garantir o equilíbrio financeiro-operacional do contrato de concessão e viabilizar a ampliação dos serviços de captação, tratamento e distribuição de água no município.

Falta de clareza

Quando questionado se a obra será entregue em sua totalidade, o gerente de operações da Guabiruba Saneamento, Guilherme Marques, não deu uma resposta precisa. “Por tratar-se de obras complexas de engenharia, fatores alheios podem alterar o cronograma, contudo, o prazo previsto para entrega da obra está para final de agosto de 2025, quando teremos um novo sistema de captação de água bruta”, disse, sem esclarecer se o cronograma contempla todas as etapas previstas inicialmente.

Investimentos e promessas

Guilherme Marques afirma que a empresa segue com investimentos consistentes, como o projeto de redução de perdas no sistema de distribuição, que diminuiu o índice de 46% para 26%. “Isso garante mais água tratada na torneira das residências e comércios. Garantindo acesso à água potável com qualidade, ajudamos a melhorar a saúde pública”, disse.

Com cerca de 70% das obras da ETA concluídas, a previsão é de que a primeira fase esteja pronta até o fim de agosto de 2025. No entanto, sem a contratação da segunda fase, o sistema será entregue parcialmente, sem atingir a totalidade prevista inicialmente.

Procurado pela reportagem para comentar o impasse envolvendo a segunda etapa da obra e o uso dos recursos oriundos do reajuste tarifário, o prefeito de Guabiruba, Valmir Zirke, preferiu não se manifestar.