Concluída a missão do governo à Ásia; deputados analisarão possível pedalada; investigado é cotado para secretaria em Florianópolis – e outros destaques.
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O Governo do Estado encerra mais uma missão internacional, que sempre é importante, pois tem o potencial de gerar bons resultados de médio a longo prazo. Foi assim nos governos anteriores, com exceção do de Carlos Moisés da Silva, que foi atrapalhado pela pandemia. No geral, é normal esse tipo de ação, e todos os governos a realizam em maior ou menor escala.
Essa viagem para a Ásia pode ser considerada exitosa pelos contatos feitos. Se eles se tornarão novos negócios para o Estado, ainda não podemos saber, mas a semente, mais uma vez, foi plantada. Sobretudo na ida para a China, onde há um importante componente para a nossa realidade: o fato de ser um mercado altamente consumidor, ávido por boas oportunidades de negócio.
Santa Catarina tem muito a oferecer. É quase um casamento perfeito, sobretudo na área de alimentos, pois temos a qualidade que eles exigem e, em contrapartida, eles têm muito dinheiro e demanda por alimentos. Um exemplo muito simplório mostra a importância de negociar com Pequim: a população da China é de 1,411 bilhão de pessoas e passou a crescer mais, principalmente com o fim da política do filho único. A partir de 2021, passou a ser permitido até três filhos por casal. Agora, imagine se cada chinês passar a comer uma coxa de frango a mais por refeição. Quanto isso vai gerar de volume de carne para ser negociada, ampliando ainda mais as nossas exportações para um mercado que já consome 80% da nossa venda para o exterior?
Portanto, há de se valorizar o olhar mais técnico do governo, que esqueceu, pelo menos por um momento, da insanidade de que os chineses são nossos inimigos e que temos que combatê-los, pois, ao combater a China, estaríamos combatendo o comunismo. Eles podem ser comunistas dentro de suas fronteiras, mas, para fora, a conversa deles é muito mais capitalista do que a de muitos países que se dizem liberais. O que importa é o dinheiro que gastam aqui; o resto é folclore.
Através da missão da Assembleia Legislativa, que coincidiu com a viagem do governo, houve o convite para que uma empresa fabricante de carros elétricos avalie a possibilidade de se instalar em solo catarinense, entre outras tratativas. Além disso, tem a questão das ferrovias. Vale sempre lembrar que os projetos iniciaram antes da gestão de Jorginho Mello e que, se se tornarem realidade, independentemente do governo, quem ganha é toda Santa Catarina.
Importante explicar
O governador Jorginho Mello (PL) assinou uma carta de intenções com o governo japonês para ampliar as exportações de grãos e conversou sobre a abertura do Japão para a carne bovina catarinense. Só vale lembrar que a responsabilidade sobre as exportações brasileiras é, majoritariamente, do Governo Federal, que negocia acordos internacionais, define regras alfandegárias e tarifas, além de estabelecer a política de comércio exterior. Já os governos estaduais, como o de Santa Catarina, atuam no apoio e fomento: promovem missões comerciais, auxiliam empresas a acessar o mercado internacional e investem em infraestrutura logística, como portos e rodovias. Na prática, o Governo Federal regula e negocia; os Estados incentivam e viabilizam.
Custos
Missão é importante, mas é preciso cuidar com o custo e o tamanho do grupo. A comitiva do Governo do Estado se hospedou em Pequim, na China, no Grand Hyatt Beijing. O custo médio de uma diária é de R$ 1.440. Há hotéis mais baratos na capital chinesa. Em passagens na classe executiva, somente de um integrante da comitiva, o custo foi de R$ 53.341,90. Em uma pesquisa no site de buscas de passagens aéreas Skyscanner, é possível encontrar, na classe econômica, passagens ao valor de R$ 12 mil, no total, para os trechos Florianópolis – Tóquio – Pequim – Florianópolis.
Pedalada
A expressão “pedalada fiscal e tributária”, utilizada pela coluna ao noticiar a retenção de R$ 1,5 bilhão pelo Governo do Estado, que não repassou esse valor para os municípios e poderes, não aparece de forma literal no parecer do Ministério Público de Contas, conforme escrevi ontem. No entanto, trata-se de uma interpretação jornalística fundamentada nos fatos, termos técnicos e conclusões expressas no documento oficial. O parecer confirma que o Governo do Estado reclassificou receitas tributárias como não tributárias para evitar a repartição constitucional com municípios, poderes e órgãos – o que caracteriza manobra tributária. Além disso, usou essa reclassificação para redirecionar recursos a programas como o Universidade Gratuita, comprometendo o equilíbrio das contas públicas – o que configura manobra fiscal. Portanto, o termo usado pela coluna sintetiza, de maneira técnica e acessível, a gravidade e o conjunto de irregularidades apontadas pelo MPC-SC e pela área técnica do TCE.
Em estudo
Alguns deputados estaduais informaram que analisarão o parecer do Ministério Público de Contas. Somente após a análise, irão se pronunciar sobre o assunto. No entanto, um dos parlamentares me disse que, se se confirmar o que o parecer do MPC e da equipe técnica do Tribunal de Contas aponta, poderemos estar diante de um caso grave, sobre o qual a Assembleia Legislativa terá que se posicionar.
Carlos Bolsonaro

Em recente entrevista para a revista Veja, o governador Jorginho Mello (PL) foi questionado sobre a possibilidade de o vereador do Rio de Janeiro, Carlos Bolsonaro (PL), ser candidato ao Senado por Santa Catarina. Jorginho respondeu: “Ele é um amigo que luta por um Brasil melhor. Está do lado certo. O seu nome vem sendo cogitado numa articulação do PL nacional com Bolsonaro. Se for a escolha do ex-presidente, será a minha. No final, é o povo catarinense que decide quem será o seu representante. Acredito no potencial de Carlos no estado e no seu trabalho para nos representar e ajudar o Brasil no Senado”, afirmou. Em suma: o governador coloca a sua dependência política à frente dos interesses da população catarinense.
Contramão
A fala do governador Jorginho Mello (PL) se mostrou totalmente desconexa com o posicionamento da população, que não aceita ver o estado se tornando um “curral eleitoral”. Até mesmo bolsonaristas não concordam com a importação de um candidato. Entidades como a Fiesc, por exemplo, fizeram fortes declarações contra uma candidatura do filho 02 do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). “A indústria catarinense defende que a voz do estado em Brasília deve ser constituída com base no mérito, no diálogo com a sociedade e na profunda conexão com os catarinenses — e não por imposições externas”, afirmou, completando: “Precisamos de representantes com raízes no Estado.” O governador precisa entender o recado.
PSB em crise
Caiu como uma bomba a denúncia de um suposto desvio de recursos do fundo eleitoral que deveriam ter sido destinados aos candidatos do PSB aqui no estado. O principal alvo é o presidente estadual do partido, Israel Rocha, que agora enfrenta uma forte pressão. Lideranças socialistas já articulam seu afastamento para evitar que o episódio contamine o projeto de renovação política liderado pelo prefeito do Recife, João Campos, principal nome do PSB no cenário nacional.
Destaque

Palhoça foi um dos destaques na programação do Summit Cidades 2025, ao participar de uma mesa de debates sobre os avanços na área de Segurança Pública. Com o título “De patinho feio a exemplo de Segurança Pública”, o painel contou com a presença do prefeito Eduardo Freccia (PL), do delegado de Polícia Civil e atual secretário municipal de Segurança Pública, Cláudio Monteiro, e do vereador Alexandre de Souza, policial civil há 18 anos e ex-secretário da pasta. O painel teve como foco principal a estruturação da Guarda Municipal — com a efetivação e a realização de concurso público para ampliação do efetivo — e o fortalecimento do videomonitoramento urbano, que já conta com mais de 100 câmeras em funcionamento em pontos estratégicos da cidade.
Investigado é cotado

O secretário de Cultura e Esporte de Florianópolis, Roberto Katumi, tentou articular a ida do vereador Diácono Ricardo para o comando da Secretaria de Assistência Social. Ricardo não aceitou. Um nome que ganhou força nos bastidores, mas que ninguém confirma oficialmente, é o de João da Luz. Ele é filiado ao PL, partido que indica para a Assistência Social. Os avalistas seriam a vice-prefeita Maryanne Mattos (PL) e o vereador João do Bericó (PL), de quem da Luz é chefe de gabinete. Ele deixou a prefeitura no ano passado para ser o coordenador da chapa proporcional do PL e teve o nome envolvido na Operação Mercadores da Morte.
Presentes
João da Luz aparece nas investigações como beneficiário de “presentes” que teriam sido dados por donos de funerárias em Florianópolis. Além de uma viagem a Arraial do Cabo, no Rio de Janeiro, ele também ganhou um chinelo de luxo no valor de R$ 4,2 mil. Segundo a denúncia do MP, em troca dos favores, ele editava decretos a favor das funerárias, além de afastar fiscais e manipular contratos administrativos.
Crise em Florianópolis
Um dia após a saída tumultuada de Bruno Souza da Secretaria de Assistência Social de Florianópolis, morreu uma pessoa em situação de rua, provavelmente de hipotermia, ou seja, morreu de frio. A prefeitura alega que o homem já era conhecido e tinha diversos problemas de saúde. Além disso, teria, segundo informou a assessoria, preferido ficar na rua em vez de ir para um abrigo. Essa versão não tem como confirmar, mas é preciso reconhecer que pode haver alguns casos em que pessoas neguem a ajuda, por isso, não dá para culpar a prefeitura sem saber o que de fato ocorreu. Contudo, a desorganização e a falta de uma política pública que realmente atenda as pessoas em situação de vulnerabilidade se mostram latentes na gestão Topázio Neto (PSD), que, mesmo não conseguindo fazer o dever de casa, quer criar regras para todo o estado.
Mais crise
Após a morte do homem em situação de rua em Florianópolis, provavelmente de frio, correu na prefeitura uma tentativa de culpar o ex-secretário de Assistência Social, Bruno Souza. A afirmação foi que ele teria negado a compra de cobertores. Souza segue incomunicável, tem feito apenas manifestações via rede social. No entanto, uma pessoa me disse que, se houver insistência em culpá-lo, algumas revelações poderão ser feitas — inclusive que poderão indicar as responsabilidades pela falha no atendimento que resultou na morte.
Comparou
Nas redes sociais, Bruno Souza disse que, em Chapecó, o prefeito João Rodrigues (PSD) se reúne semanalmente com sua equipe para discutir a questão das pessoas em situação de rua. Adriano Silva (Novo), em Joinville, também se reúne semanalmente. Mas, em Florianópolis, foram apenas quatro reuniões com o prefeito Topázio Neto (PSD), em seis meses, para debater o assunto. Em um dos vídeos, Souza também disse que faltou liderança do prefeito no processo.
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