O novo Plano Diretor de Blumenau e suas leis conectas foram publicadas e entraram em vigor no dia 6 de dezembro de 1989.    

A cidade do tempo vindouro

Engenheiro Egon Alberto Stein.
(Foto do Arquivo Histórico de Blumenau)

Com o novo Plano Diretor, a administração de Vilson Kleinubing definia para onde, e como, a cidade deveria crescer. E projetava o adequado uso do solo em função da nova realidade revelada pelas enchentes.

As leis que compunham o Plano ficaram prontas e estavam publicadas ainda no primeiro ano daquele mandato. Isso, graças à persistência do próprio Prefeito; à dedicação do coordenador do nosso Grupo de Trabalho, o Engenheiro Egon Stein; ao trabalho do time da Secretaria de Planejamento e de outros setores da administração, como, especialmente, as áreas Jurídica, do Meio-ambiente e da Defesa Civil.      

Voltando alguns meses atrás: um poder sem controle legal

JSC/Arquivo Histórico de Blumenau

Mais difícil foi consertar o que já tinham feito de errado. Era improrrogável a incumbência de higienizar este dano colateral, o acréscimo de máculas à já vexatória não existência, de fato, de um Plano Diretor. Era hora de passar o detergente e despoluir a Blumenau contaminada pelos prédios fora da lei.

O Plano Diretor que, neste momento (favor lembrar que a narrativa voltou à primeira metade de 1989), estava em etapa avançada de debates e formulações, eliminaria as causas desse tipo de poluição. Era preciso agora atacar as consequências dos cinco anos nos quais Blumenau viveu sem um Plano que pudesse ser referência para o licenciamento das construções e para o zoneamento da cidade. Um quinquênio em que imperou a interpretação pessoal dos dirigentes da Secretaria como única diretriz para o licenciamento da construção de prédios residenciais e industriais na cidade. A empreitada de limpeza e desinfecção cabia, também, à Secretaria do Planejamento.

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