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Conforme a coluna tem relatado há algumas semanas, o Progressistas segue numa escalada de sua crise. Mesmo com algumas negativas da realidade, o fato é que o levante iniciado pela Juventude, comandado pela ex-secretária nacional da Juventude, Jayana Nicaretta, e com apoio dos deputados estaduais Altair Silva, Zé Milton Scheffer e Pepê Collaço, está cada vez mais forte.

Mesmo com alertas para que não realizassem eventos no Oeste, o presidente da comissão provisória estadual, Leodegar Tiskoski, e o secretário-geral, Aldo Rosa, mantiveram o encontro marcado para Maravilha, e o resultado mostrou o quanto estão enfraquecidos nas bases. Mesmo com a presença do senador Esperidião Amin, o evento teve baixa adesão.

Apenas dois prefeitos, um vice e seis vereadores do partido foram ao encontro. O número foi considerado decepcionante, e o entendimento é que o evento foi uma clara imagem do que hoje é o partido, que, segundo lideranças, estaria esvaziado e descolado da realidade. Uma fonte também relatou que os deputados estaduais não foram convidados. A leitura é que havia o temor de discursos pela convenção estadual, por isso, não foram chamados. Também chamou a atenção a presença, na mesa, de uma liderança do União Brasil e outra do MDB.

Reclamações

Alguns prefeitos relataram que, junto com o convite para o evento de Maravilha, receberam ofícios com liberação de emendas parlamentares. No documento, havia a informação de que os detalhes seriam passados somente no encontro. A reclamação é que as emendas foram usadas para forçar a presença. O presidente da comissão provisória estadual do Progressistas, Leodegar Tiskoski, o secretário-geral Aldo Rosa e o senador Esperidião Amin também participaram de um evento de uma cooperativa de crédito em Xanxerê. Amin anunciou R$ 1 milhão de emenda para o Hospital São Paulo.

MDB na disputa?

Uma liderança emedebista me disse que, em reuniões com as bases do partido, o deputado estadual Antídio Lunelli teria demonstrado o interesse de se lançar pré-candidato ao Governo do Estado. Não consegui falar com o parlamentar, mas a fonte disse que as bases são simpáticas à ideia de que o MDB tenha uma candidatura. Uma fonte ligada a Antídio confirmou a informação, mas relatou que o pedido tem partido das bases, e que o deputado levará o assunto para debater com a alta cúpula do partido. “A convenção de 2022 foi traumática. O Antídio só vai se for um movimento das bases”, relatou.

Força

O deputado estadual Antídio Lunelli tem boas chances de ser o próximo presidente estadual do MDB. Somado a isso, as bases têm defendido que o partido tenha candidatura própria, e Lunelli é visto como o nome para a disputa. O deputado federal Carlos Chiodini também já foi visto como opção, mas a adesão ao governo de Jorginho Mello (PL), quando assumiu o comando da Agricultura, o tirou de uma possível majoritária como cabeça de chapa. Lunelli conta com o apoio do próprio Chiodini para comandar o partido e, estando na presidência, poderá ganhar uma força importante para se colocar como pré-candidato ao governo.

O movimento

O movimento do deputado estadual Antídio Lunelli pode ser visto de duas formas. A insatisfação das bases com a falta de um projeto próprio do MDB animou Lunelli, fazendo-o apostar na construção de uma pré-candidatura; ou então, seria uma forma de se posicionar para ser o vice na chapa do governador Jorginho Mello (PL). Durante o final de semana, Antídio filiou o vice-prefeito de Schroeder, Adriano Kath, que estava no PRTB.

Nos municípios

O presidente estadual do MDB, o secretário de Estado da Agricultura, Carlos Chiodini, foi eleito para presidir o partido em Itajaí. Em Chapecó, o vereador Cleiton Fossá; e em Florianópolis, o presidente da Câmara de Vereadores, João Cobalchini. Chamou a atenção a polêmica na capital, com filiados reclamando da forma como foi construída a eleição interna. Uma carta chegou a ser escrita para os filiados, contestando a falta de convite formal para participar da convenção. Mesmo assim, Cobalchini já era visto como um futuro presidente, devido ao seu crescimento no cenário da capital.

Viralizou

Um vídeo publicado pelo prefeito de Chapecó, João Rodrigues (PSD), no fim de semana, causou grande repercussão nas redes sociais. Na gravação, Rodrigues afirma que, caso alguém procure a rede pública de saúde municipal para atendimento a um bebê reborn, ordenará a internação involuntária do responsável. A postagem superou 1 milhão de visualizações e foi replicada por páginas de grande alcance nacional. Apesar da polêmica, Chapecó tem se destacado nacionalmente por seu modelo de internação para dependentes químicos. O município registra menos de 50 pessoas em situação de rua e uma taxa de sucesso acima de 80% no tratamento dos internados.

Gripe aviária

Após a confirmação, pelo Ministério da Agricultura, de um foco de Influenza Aviária de Alta Patogenicidade no município de Montenegro, no Rio Grande do Sul, a Secretaria de Estado da Agricultura e a Cidasc emitiram Nota Técnica com medidas sanitárias visando garantir a proteção de Santa Catarina e dar segurança aos países importadores. O Estado intensificou as ações de defesa sanitária animal. Entre elas estão: a análise da movimentação e produtos de origem animal vindos da região do foco; o direcionamento da atividade de vigilância ativa em propriedades que receberam animais daquela região nos últimos 30 dias; e a orientação aos Postos de Fiscalização Agropecuária (PFFs) da divisa sul, para intensificar a inspeção documental e física de todas as cargas de aves e ovos férteis provenientes do Rio Grande do Sul.

Multa

O Tribunal de Contas multou em R$ 5 mil o ex-presidente da Câmara de Blumenau, Egídio Beckhauser, por emitir notas de empenho sem assinatura do ordenador de despesas nos exercícios de 2021 e 2022. A prática foi considerada irregular, por violar a legislação orçamentária e o regimento interno da Câmara, além de configurar erro grosseiro, segundo o Acórdão. Beckhauser tem 30 dias, a partir da publicação da decisão, para pagar a multa ou recorrer. Caso contrário, a cobrança será encaminhada à Justiça.