Protagonismo da direita dividirá o bolsonarismo na eleição; Vereador quer exame toxicológico; Seif será julgado – E outros destaques
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Está circulando um vídeo em que aparece o ex-presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), falando em uma reunião em Brasília sobre Santa Catarina. Ele começa dizendo que foi convidado para o lançamento da pré-candidatura do prefeito de Chapecó, João Rodrigues (PSD), ao Governo do Estado, mas que não pôde vir ao estado porque coincidia com o aniversário de sua esposa, Michelle Bolsonaro, que no mesmo dia comemorou 43 anos. “Eu queria ir, mas não vou porque é aniversário da minha esposa”, relatou aos presentes o que disse ao pessedista.
Bolsonaro foi além ao dizer que ainda tem a esperança de que Rodrigues vá para senador, e que, para a outra vaga, lançaria somente uma das deputadas federais do Partido Liberal que têm chance de disputar o Senado: Caroline de Toni (PL) ou Júlia Zanatta (PL). Porém, ao contrário do que o governo espalhou nas redes sociais, não citou o governador Jorginho Mello (PL) e nem disse que estará com ele.
O fato é que Bolsonaro não precisa dizer que estará com Jorginho. O governador tem feito de tudo — até mesmo fazer as vezes de carregador de mala no aeroporto quando a ex-primeira-dama vem ao estado —, além de prometer o que não tem condições de cumprir, que é “fazer das tripas coração para Bolsonaro voltar à Presidência”. Isso não cabe a ele, nem a João Rodrigues, tampouco a qualquer outro que deseja disputar a eleição com o apoio do bolsonarismo. Quem decidirá é o Supremo Tribunal Federal, e não há nada que alguém possa fazer para mudar essa realidade.
Mas, voltando ao estado, é claro que Bolsonaro — a menos que ocorra algo muito forte — não se posicionará contra Jorginho. O governador, após ter sido aliado do governo de Dilma Rousseff (PT), quando foi deputado federal, adotou uma postura de direita, encostou no bolsonarismo e tem feito o seu papel de defender a direita. Mas Jorginho sabe que, em um enfrentamento com Rodrigues, verá esse eleitor se dividir, até porque Bolsonaro não se envolverá. É por isso que tem tentado, a todo custo, tirar o pessedista do jogo e tê-lo como senador em sua chapa.
O que o governador não percebe é que essa obsessão por ter João Rodrigues em sua chapa disputando o Senado revela que considera o prefeito uma figura que tem força no cenário. Afinal, todos querem adversários frágeis. E se Rodrigues não tivesse força para disputar a Agronômica, será que Jorginho estaria fazendo toda essa movimentação?
Melhor para SC
Entre o governador Jorginho Mello (PL) e o prefeito de Chapecó, João Rodrigues (PSD), sabe quem é melhor para Santa Catarina? A disputa! Será no embate entre essas duas importantes lideranças que o eleitor terá a oportunidade de escolher quem entende por melhor para conduzir o estado a partir de 2027. A comparação entre os gestores, da ideia que cada um tem para o Estado, será fundamental para a escolha. É por isso que deve haver disputa, pois o eleitor é quem ganhará. Quando se chega com um prato feito, impondo para a população, tira-se das pessoas a possibilidade do maior direito que os cidadãos têm, que é o direito de votar em quem acreditam para lhes representar. Rodrigues já disse que não recuará do seu projeto.
O ideal
Santa Catarina precisa voltar à normalidade. Muito mais importante do que saber quem é Lula (PT) ou Jair Bolsonaro (PL) é saber quem sabe discutir melhor as necessidades de Santa Catarina. A vida real das pessoas, o dia a dia, é o que importa. Discussões ideológicas devem ficar em último plano quando se escolhe alguém para fazer gestão. E, quando se faz gestão, ou seja, assume-se um cargo de comando do Executivo, é importante e inteligente saber que é preciso se relacionar com o Governo Federal, seja de que partido for o presidente. Pelo bem de Santa Catarina, os candidatos, quando chegar o período pré-eleitoral, deveriam fazer um pacto de discutir o que importa, deixando o folclore para outro momento.
Opte pela verdade
Está na hora de o eleitor catarinense fazer uma opção: a verdade, por mais dura que ela possa ser, ou se deixar enganar e viver num mundo paralelo que, logo mais, ali na frente, será confrontado pela realidade. Falo dos discursos a favor do ex-presidente da República, Jair Bolsonaro (PL). Será que algumas pessoas não conseguem entender que há políticos fazendo discursos pensando no próprio benefício? Não é uma defesa genuína a ele, mas sim, a projetos de poder que teimam em se escorar na popularidade que o ex-presidente ainda tem. Agora, você que me lê tem uma escolha: apostar na realidade ou se deixar enganar por políticos que querem enganar você. Bolsonaro não será anistiado. Primeiro porque não será pautado — pelo menos, não agora —, e segundo, caso seja aprovado, o Supremo Tribunal Federal, ali na frente, vai derrubar a decisão. Além disso, ele será mantido como inelegível. Portanto, não se deixe enganar. A realidade, por mais dura que seja, é o melhor caminho. E eu não tenho medo de escrever a verdade para você que me acompanha, pois é melhor desagradar falando a verdade do que fazer defesas mirabolantes e mentirosas somente para agradar e ganhar acessos e likes.
Julgamento de Seif

O julgamento do pedido de cassação do mandato do senador Jorge Seif Júnior (PL) deve ocorrer entre abril e maio. O Tribunal Superior Eleitoral deve anunciar, nos próximos dias, a data exata. O Ministério Público Eleitoral, desde o ano passado, tem o seu posicionamento pró-cassação e pela realização de nova eleição. A discussão será grande, e o fato é que Santa Catarina poderá ter uma mudança na composição da bancada do Senado. Caso realmente haja a cassação, o mais justo não seria o segundo colocado assumir? A questão é que realizar um novo pleito é punir todos os outros que jogaram dentro das regras.
Operação Control C
A Controladoria-Geral de Florianópolis, por um acaso, não foi alertada ou não analisou os documentos da inexigibilidade de licitação para a manutenção dos serviços da Celk Sistemas Ltda? Não viu o aumento considerável do contrato, chegando a R$ 2,76 milhões em julho do ano passado, já dentro do período eleitoral? Quantos processos a CGF abriu no sistema para apurar possíveis irregularidades em processos da prefeitura? As denúncias de contratos suspeitos têm chegado à controladoria? O que tem sido feito? Quantas denúncias chegaram e quantas motivaram a abertura de processos?
Perdendo a identidade?

O MDB de Joinville realizou, nesta semana, uma reunião de planejamento estratégico. Quem participou relatou que o encontro foi protocolar e esvaziado, o que não lembra em nada o MDB de Luiz Henrique da Silveira e Pedro Ivo Campos. A reclamação é que os emedebistas raiz, mais ligados aos ex-governadores, estão extremamente incomodados com algumas atitudes do diretório. Uma delas é a de querer mudar até mesmo a identidade do partido. No convite, por exemplo, a ordem foi tirar o vermelho, que faz parte da marca do MDB, e carregaram no verde. De acordo com uma fonte, há algumas lideranças do partido que estão “forçando demais a amizade” com o governador Jorginho Mello (PL). “Não precisa demonstrar que é o mais bolsonarista do planeta pra se colocar como amigo do governo estadual. Uma parte da base do partido já está contaminada pelo bolsonarismo. Mas também tem muita gente que não quer saber disso”, afirmou.
Pragmatismo
Algumas fontes do partido destacam a importância de se manter uma boa relação com o Governo do Estado, mas também com o Governo Federal, já que o partido é da base do governo Lula (PT). Um dos apontamentos é que a senadora Ivete Appel da Silveira é a que mais tem emendas pagas aos projetos dos prefeitos, porque vota com o governo em questões estratégicas.
Hospital de BC
Ontem, em reunião com o governador Jorginho Mello (PL), a prefeita de Balneário Camboriú, Juliana Pavan (PSD), cobrou o pagamento ao município do Programa de Valorização dos Hospitais (PVH) ao Hospital Ruth Cardoso. Há alguns meses, o governo deixou de fazer o repasse de cerca de R$ 1 milhão. A alegação, segundo o secretário de Estado da Saúde, Diogo Demarchi, é que os municípios que estiverem recebendo repasses fora dos critérios estabelecidos pelo governo não receberão o PVH. Ao negar o repasse para BC, o governo alega que abriria um precedente em relação aos demais hospitais.
Outros repasses
Balneário Camboriú recebe hoje recursos do Governo do Estado por causa de duas ações judiciais. Ao todo, são cerca de R$ 3 milhões mensais. Uma das ações é porque o Hospital Ruth Cardoso atende a toda a região. Por isso, na época do então prefeito Fabrício Oliveira (PL), judicializou a questão, e o município conseguiu garantir um repasse de R$ 2 milhões. Mais R$ 1 milhão se deve a uma outra ação motivada pela cobrança feita por BC aos municípios da região que enviam pacientes sem ajudar no custeio. Esses municípios foram à Justiça para que o Estado pagasse — e venceram a ação. Juliana cobrou do governador que o Estado volte a pagar a PVH. Jorginho Mello (PL) pediu ao secretário de Estado da Saúde, Diogo Demarchi, que receba a prefeita para tentar encontrar uma solução. O custo do hospital hoje passa dos R$ 11 milhões.
Teste

O vereador de Itapema, Saulo Ramos (PL), deu entrada na Câmara de Vereadores com um projeto de lei que obriga os servidores municipais a realizarem exame toxicológico de “ampla janela”, que detecta por períodos de até seis meses no organismo. Para o vereador, tal medida evitará que pessoas viciadas em algum tipo de droga trabalhem na prefeitura. “Reforça o compromisso de Itapema com o cidadão de bem, que não quer estar pagando salário de, às vezes, R$ 13 mil pra maconheiro, enquanto a prefeitura oferece R$ 9 mil para médico”, afirmou.
A favor da Casan

Trabalhadores da Casan realizaram uma mobilização na Assembleia Legislativa para defender a continuidade da companhia como empresa pública. Durante o ato, o deputado estadual Fabiano da Luz (PT) e o representante dos trabalhadores no conselho administrativo da estatal, Haneron Victor Marcos, destacaram o papel social da Casan ao priorizar o acesso universal à água e ao saneamento. Segundo eles, diferente de uma empresa privada que visa o lucro, a companhia atende cidades onde o serviço não é lucrativo. Ambos também citaram a crise hídrica em São Paulo após a privatização da Sabesp.
Falta de chuva

Diversos municípios da região Oeste estão decretando situação de emergência devido à estiagem. O deputado estadual Altair Silva (Progressistas) protocolou na Assembleia Legislativa uma série de indicações com recomendações para apoiar os municípios afetados. Diante da gravidade da situação, Silva propôs ações concretas que incluem desde o fortalecimento de programas de incentivo à armazenagem de água até a destinação de recursos para o transporte emergencial de água. O deputado também sugeriu a agilidade no reconhecimento das situações emergenciais e na análise de licenças para perfuração de poços artesianos — medidas que, segundo ele, são essenciais para amenizar os impactos da seca e garantir que os municípios possam enfrentar a crise hídrica com mais eficiência.
Serviços funerários
O Tribunal de Contas do Estado decidiu ontem permitir a abertura das propostas da licitação para os serviços funerários de Florianópolis, mas condicionou a assinatura do contrato com a empresa vencedora à análise da fase de habilitação e do julgamento das propostas. A medida cautelar foi determinada pela conselheira substituta Sabrina Nunes Iocken e visa garantir agilidade ao processo licitatório sem abrir mão do controle e da legalidade. A decisão prevê que a formalização do contrato só poderá ocorrer após a deliberação do Tribunal, a partir da análise completa da documentação. A conselheira afirmou que o objetivo é evitar prejuízos à administração e garantir a continuidade dos serviços públicos essenciais, sem comprometer a segurança jurídica do certame.
Irregularidades
O Tribunal de Contas do Estado deu prazo de cinco dias para que a secretária municipal de Licitações, Katherine Schneider, o superintendente de Licitações, Juarez Schwed Júnior, e o economista José Schwed Júnior encaminhem esclarecimentos sobre pontos considerados irregulares na licitação dos serviços funerários de Florianópolis. A medida foi tomada após análise da Diretoria de Licitações e Contratações, que apontou riscos ao erário. Entre as falhas identificadas estão: a ausência de data-base e periodicidade para reajustes, falta de critérios claros para uso das capelas velatórias municipais, vedação à subcontratação parcial sem justificativa e a ausência de projeção dos custos estruturais e regulatórios no estudo de viabilidade econômico-financeira.
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