Crise no Progressistas; A pressão de Jorginho; governador viajará aos EUA e Canadá – E outros destaques
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O Progressistas vive uma crise silenciosa, porém, sem precedentes. De um lado, a base e os três deputados estaduais do partido; de outro, a executiva estadual e o senador Esperidião Amin. O controle do partido e os futuros encaminhamentos fazem com que o clima não seja dos melhores, mas, mesmo assim, quem reclama não consegue avançar devido aos superpoderes dados ao secretário-geral estadual e nacional do Progressistas, Aldo Rosa.
O primeiro ponto da discórdia é o comando partidário e o poder de determinar, em períodos eleitorais, para quem vai o fundo e quanto caberá a cada candidato. Sobre o primeiro assunto, a bancada está fechada em torno do deputado Zé Milton Scheffer. Os deputados defendem há meses que seja feita uma eleição aberta e que os rumos do partido sejam definidos de acordo com a vontade da militância, e não pelo que definem como um pequeno grupo. “As bases reclamam, estão insatisfeitas. Uma pequena cúpula acha que não precisa fazer debate interno e, mais, que não precisa ouvir. Eles não permitem que se crie um encaminhamento fruto das bases. Não existe debate, somente imposição”, afirmou uma liderança, completando que o partido vive uma verdadeira ditadura.
Segundo a fonte, os três deputados reclamam que uma eleição para o comando do partido deveria ter ocorrido em 2023, mas que, até hoje, o ex-deputado Leodegar Tiskoski segue no comando, sem que haja a escolha de um presidente que represente o partido como um todo. “Continua o mesmo presidente provisório, sem que as bases sejam ouvidas. Tudo por imposição do Aldo (Rosa). Quem ganha com isso?”, questiona outra liderança. Questionado se a bancada e os prefeitos não têm o poder de provocar uma eleição interna, a resposta é que tudo para em Aldo Rosa, pois, na condição de secretário-geral nacional e ligado a Ciro Nogueira e ao senador Esperidião Amin, ele consegue barrar o que quer.
Para as lideranças insatisfeitas, esse modo de agir no partido se dá pelo fato de apenas um pequeno grupo querer definir os rumos, inclusive sobre 2026, quando boa parte da legenda é contra uma aliança com o governador Jorginho Mello (PL). “O partido já foi entregue para o Jorginho. Só não sei a que preço. E o pior é que não avisaram as bases”, afirmou a liderança.
Rechaço à aliança
As lideranças com quem conversei entendem que, se o Progressistas for para a eleição na chapa com o governador Jorginho Mello (PL), haverá um grande racha no partido, e Jorginho levará apenas o CNPJ e algumas lideranças. Primeiro, porque há uma grande insatisfação entre deputados e prefeitos com a diferença de tratamento dada pelo governador ao Progressistas em relação ao MDB. Segundo, porque o partido não pode ir para uma disputa tendo um candidato ao Senado, no caso o senador Esperidião Amin, contando com os votos do MDB. “O MDB não vota na gente, e nós não votamos neles. Em alguns municípios a relação é outra, mas, no estado, isso não acontece”, afirmou uma importante liderança.
Clima ruim

Para ter uma ideia do clima no Progressistas, há alguns dias o deputado estadual Altair Silva reclamou do governador Jorginho Mello (PL) via WhatsApp para o secretário de Estado da Indústria, Comércio e Serviço, Silvio Dreveck. O secretário encaminhou a mensagem do parlamentar para Aldo Rosa sem pedir permissão, e este a repassou para lideranças do PL, inclusive para o governador. Procurei Silva, mas ele não atendeu às ligações. Porém, uma fonte do partido disse que a atitude de Dreveck e, principalmente, de Rosa pode ser considerada uma traição contra um colega de partido.
Não há crise

“Não há crise”. Essa é a afirmação do presidente estadual do Progressistas, Leodegar Tiskoski. A respeito do comando do partido, ele disse que está sendo construída uma solução e que, assim que se chegar a um consenso sobre o nome para presidir o Progressistas, será convocada uma convenção. Questionado se há um prazo para isso, ele disse que não. As conversas serão feitas e ele pretende viajar pelo estado para ouvir as bases. Sobre estar no governo, Tiskoski afirmou que é uma decisão da própria bancada estadual. Já quanto à eleição do próximo ano, ele disse que não há uma posição fechada e que somente será escolhido o projeto em que o partido irá participar mais próximo da eleição. “As bases vão decidir. Não duas ou três pessoas”, destacou.
No ato

O governador Jorginho Mello (PL) esteve no Rio de Janeiro para o ato realizado pelo ex-presidente da República, Jair Bolsonaro (PL). Segundo a organização, o evento foi para defender a anistia aos presos do 8 de janeiro e também a liberdade de expressão. O governador participou de um café da manhã com Bolsonaro e os governadores do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL); de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos); e do Mato Grosso, Mauro Mendes (UB). Jorginho foi ao Rio de Janeiro no sábado, acompanhado do senador Jorge Seif (PL), para participar de um jantar com Bolsonaro e Tarcísio.
Com Kassab
O governador Jorginho Mello (PL) parece ter sido pego de surpresa com a fala do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) durante o discurso na praia de Copacabana. “Não é PL, não. Tem gente boa em todos os partidos. Eu tinha um problema e resolvi com o Kassab (Gilberto) em São Paulo. Ele está ao nosso lado com sua bancada para aprovar a anistia”, discursou Bolsonaro, para o desconforto de Jorginho, que também estava no palco. Há alguns meses, parte do PL catarinense, a pedido de Jorginho, iniciou uma cruzada contra o PSD de Kassab e João Rodrigues. Resta saber como será a partir de agora, após a fala de Bolsonaro.
Repensando
A fala do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em relação ao presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, atrapalha a estratégia do governador Jorginho Mello (PL) de criticar o prefeito de Chapecó, João Rodrigues, por estar no PSD. A aproximação de Bolsonaro com Kassab fará com que Jorginho repense sua estratégia.
Pressão
O governador Jorginho Mello (PL) está ligando para alguns deputados para “pedir” que não compareçam ao evento de lançamento da pré-candidatura do prefeito de Chapecó, João Rodrigues (PSD), ao Governo do Estado. Pelo menos seis parlamentares relataram o fato, e um outro informou que um secretário de Estado também o pressionou. Além disso, corre nos bastidores que Jorginho pensa em antecipar a edição de Chapecó do Santa Catarina Levado a Sério para esta quarta ou quinta-feira. A ideia é, no momento dos encontros em particular, pressionar os prefeitos da região a não irem ao evento. Um parlamentar me relatou que as conversas ocorrem quase em tom de imposição.
Trânsito
A Prefeitura de Criciúma inicia hoje a segunda etapa do estacionamento rotativo, expandindo para 2.100 vagas em 47 ruas e avenidas no centro e nos bairros Pio Corrêa e Comerciário. De acordo com o prefeito Vagner Espíndola (PSD), com uma frota de 170 mil veículos para uma população superior a 230 mil habitantes, o estacionamento rotativo fomenta a rotatividade de veículos estacionados, evitando que motoristas utilizem a mesma vaga o dia todo. “Isso melhora o acesso a comércios, clínicas, escolas e demais serviços, beneficiando a mobilidade e a economia local”, afirmou.
Na região

O presidente da Câmara de Vereadores de Florianópolis, João Cobalchini (MDB), já circula pela região para ouvir as demandas dos municípios. O emedebista esteve em Anitápolis com a prefeita Solange Back e vereadores. Cobalchini, que recebeu mais de 5 mil votos em sua reeleição e trabalhou para eleger outros nomes do MDB, é uma das apostas de seu partido para uma vaga na Assembleia Legislativa.
Pendência negada

A assessoria do deputado estadual Padre Pedro Baldissera (PT) entrou em contato para informar que ele não tem qualquer pendência financeira com o seu partido. Porém, explicou que, em maio de 2024, o parlamentar se licenciou do mandato para dar espaço de atuação política ao suplente Rodrigo Preis, de Rio do Campo. Com o afastamento temporário, a Secretaria de Finanças interrompeu o lançamento do débito automático e não o retomou com o término da licença. “A falha foi identificada no começo deste ano e, em fevereiro, foi corrigida com a retomada do pagamento das mensalidades em débito automático, incluindo os valores que deixaram de ser cobrados, parcelados em seis vezes.”
Débito no sistema

A coluna teve acesso a uma imagem tirada do sistema do Partido dos Trabalhadores na terça-feira da semana passada. Consta uma dívida do deputado estadual Padre Pedro Baldissera de R$ 7.629,12, a mesma que a assessoria informou ter sido negociada e que está sendo paga em parcelas. Outro parlamentar também tem uma dívida considerável com o partido. O secretário de Finanças do PT, Cedenir Simon, também enviou nota afirmando que Baldissera está apto a disputar a presidência estadual.
Abastecimento
A Casan inaugura hoje a Estação de Tratamento de Esgoto do João Paulo, em Florianópolis. O evento será realizado a partir das 10h30 na própria estação, com a presença do governador Jorginho Mello (PL), do presidente da companhia, Edson Moritz, e do prefeito Topázio Neto (PSD). A ETE faz parte do Sistema de Esgotamento Sanitário do Saco Grande, que recebeu investimentos de R$ 196 milhões em uma parceria entre o Governo do Estado, a Casan e a Agência de Cooperação Internacional do Japão (JICA). O sistema entrará em operação de forma gradual para atender os bairros João Paulo, Monte Verde, Saco Grande, Cacupé, Santo Antônio de Lisboa e Sambaqui.
Missão
O governador Jorginho Mello (PL) viajará entre 6 e 13 de abril para os Estados Unidos e o Canadá. A viagem está sendo organizada pelo secretário executivo de Articulação Internacional, Paulinho Bornhausen. Na agenda, estão previstas reuniões institucionais com o Banco Mundial, a Embaixada do Brasil em Washington, o Congresso Nacional, além da participação do governador na Brazil Conference, evento realizado na Universidade de Harvard, em Boston.
A comitiva
Além do governador Jorginho Mello (PL) e do secretário executivo de Articulação Internacional, Paulinho Bornhausen, também embarcarão o secretário de Portos, Aeroportos e Ferrovias, Beto Martins; o secretário de Estado da Comunicação, Bruno Oliveira; o secretário de Estado da Fazenda, Cleverson Siewert; o comandante-geral do Corpo de Bombeiros, coronel Fabiano de Souza; o ajudante de ordens, tenente-coronel Gabriel Tossulino; e os assessores Maurício dos Santos e Nathan Neumann.
Sufoco

O deputado estadual Mauro De Nadal (MDB) passou por uma aventura em Faxinal dos Guedes. Ao chegar ao prédio da Câmara de Vereadores, De Nadal e dois assessores ficaram presos no elevador. Como o socorro demorou a chegar, a porta foi arrombada, e o emedebista saiu pelo espaço aberto.
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