O novo presidente da Alesc e a melhoria da infraestrutura catarinense
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O novo presidente da Alesc, deputado Júlio Garcia, destacou, nas primeiras entrevistas que concedeu após a sua eleição para presidir a Casa Legislativa estadual, que terá, como uma de suas pautas prioritárias, a atuação firme para a melhoria da infraestrutura catarinense, uma vez que esta é condição essencial para o desenvolvimento social e econômico de Santa Catarina. A prioridade fixada pelo distinto e honroso parlamentar é urgente e necessária. Não há mais espaço para aguardar.
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A infraestrutura catarinense é precária. A maioria das rodovias estaduais encontra-se em péssimas condições de trafegabilidade, o que, além de aumentar os custos econômicos para os agentes privados escoarem a produção, expõe os usuários a sérios riscos de vida. A principal rodovia federal (BR-101) que atravessa o Estado está colapsada na parte norte – trecho de Itapema a Joinville -, causando enormes prejuízos econômicos e sociais aos usuários. Essa tragédia já estava anunciada há muito tempo, e nada foi feito para evitá-la.
O saneamento básico é outro grave problema de infraestrutura que afeta os catarinenses. Os nossos índices de cobertura de esgoto são alarmantes e vexatórios. Em 2023, por exemplo, o Estado tinha apenas 45,54% de cobertura no atendimento de esgoto; já o tratamento de esgoto é na ordem de apenas 34,8% daquilo que é gerado no Estado. A falta de capacidade de investimento da estatal estatual incumbida de cuidar do saneamento catarinense compromete a expansão e a melhoria desse serviço.
O presidente Júlio Garcia, político hábil, sábio e inteligente, sabe que a melhoria da infraestrutura catarinense é vital para o crescimento econômico, a sustentabilidade e a inovação. Por isso, sem investimentos fortes na infraestrutura, o Estado perderá posições estratégicas na economia, causando enormes prejuízos para os catarinenses.
Porém, precisamos repensar o modelo que prevalece atualmente no Estado de Santa Catarina, que é de investimentos estatais nas rodovias e no sistema de saneamento, por exemplo. Aqui, prevalece a concepção do Estado empresário, que realiza a gestão e o financiamento direto da manutenção da infraestrutura estadual. Diante da crise fiscal, que impõe restrições financeiras e orçamentárias para o ente estatal, essa modelagem é insustentável, o que impõe a busca de parceiros privados para realizarem investimentos mediante a realização de concessões e parcerias público-privadas. A melhoria da infraestrutura catarinense depende cada vez mais do setor privado.
Por isso, espera-se que o novo presidente da Alesc, como agente político probo, qualificado e focado, transforme o parlamento catarinense em um espaço qualificado de estudos, reflexões e decisões para que SC tenha uma infraestrutura adequada para a promoção de desenvolvimento econômico e social. Essa é a chave para colocar o Estado catarinense posicionado estrategicamente para o futuro.
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