Investigação em Blumenau expõe mal-estar; números errados da Saúde em SC; racha no PT – e outros destaques
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Uma licitação para a contratação de agência de publicidade pela Prefeitura de Blumenau, ao final da gestão de Mário Hildebrandt (PL), atual secretário de Estado da Proteção e Defesa Civil, virou alvo do Ministério Público após uma denúncia sobre supostas irregularidades. O valor da concorrência é de R$ 13,5 milhões.
Informações dão conta de que o prefeito Egídio Ferrari (PL) também determinou uma apuração interna, o que pode piorar ainda mais a relação com Hildebrandt, que teria ficado irritado com o fato de Ferrari ter externado que foi deixado um déficit de R$ 327 milhões, o que provocou a assinatura de um decreto para reduzir os gastos da gestão.
Uma fonte relatou que Egídio teria pedido, ao final do ano passado, para o então prefeito Mário Hildebrandt que não assinasse os contratos com as agências, mas não foi atendido. De acordo com a denúncia, estão sendo apuradas a formação irregular da subcomissão técnica e o descumprimento de critérios que estavam determinados no edital. Outro ponto que levanta suspeitas é que as cinco empresas participantes protocolaram os documentos e propostas somente após o prazo estabelecido pelo edital, que encerrava às 08h45 de 20 de novembro de 2023, contendo a identificação das agências, o que não é permitido pela Lei das Licitações. “Algumas venceram a concorrência, o que gerou a suspeita de favorecimento”, relatou uma fonte.
Além disso, o que tornou mais grave a denúncia é o fato de que a assinatura dos contratos foi feita a toque de caixa e, menos de 30 dias após, aproximadamente 40% do orçamento previsto para fazer publicidade e propaganda do município, neste ano, já estava comprometido, situação que gerou grande irritação no então prefeito eleito, Egídio Ferrari.
Números errados 1
O governador Jorginho Mello (PL) errou ao divulgar dados sobre cirurgias eletivas realizadas em Santa Catarina nos últimos dois anos. Em vídeo publicado na semana passada, afirmou que o Estado fez mais procedimentos do que São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro, o que não é verdade. “Nós operamos, em dois anos, 732 mil cirurgias. Mais do que São Paulo, mais do que o Rio de Janeiro, mais do que Minas Gerais numericamente”, disse Mello em suas redes sociais. A confusão ocorreu na interpretação de dados. Santa Catarina realizou mais cirurgias do que esses estados no Programa Nacional de Redução de Filas. Segundo relatório do Ministério da Saúde, publicado em novembro do ano passado, foram 268 mil procedimentos no Estado contra 159 mil em São Paulo, 145 mil em Minas Gerais e 92,5 mil no Rio de Janeiro. Esses números representam apenas os procedimentos custeados pelo Governo Federal.
Números errados 2
Considerando os números absolutos, os estados citados pelo governador Jorginho Mello (PL) realizaram mais cirurgias do que Santa Catarina em apenas um ano. Dados dos próprios governos mostram que São Paulo fez 2,2 milhões de procedimentos no período. Minas Gerais realizou mais de 800 mil somente em 2023, e o Rio de Janeiro alcançou 1,8 milhão de cirurgias apenas em 2024. Sem querer, Jorginho admitiu que o Estado tem recebido recursos do Governo Federal.
Filipe nega
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O filho do governador Jorginho Mello (PL), Filipe Mello, entrou em contato para contrapor uma informação divulgada ontem pela coluna. Segue: “Amigo, nunca me envolvi nisso. Tomei conhecimento pela tua publicação. Ao analisar a decisão do TCE em relação ao modelo, ficou clara a legalidade, conforme o MP se manifestou. Mas nunca tratei disso. Nem opinião dei…Alguém está mentindo pra você”, afirmou.
Escolas de Florianópolis
As escolas e creches de Florianópolis, na gestão do prefeito Topázio Neto (PSD), estão em uma situação preocupante. As unidades já estão há tempos sem manutenção elétrica. Só no ano passado, duas delas tiveram pequenos incêndios. Em outras, a instalação elétrica está tão comprometida que os professores não podem sequer ligar o ventilador ou o ar-condicionado. Há algumas semanas, o muro de uma creche caiu sobre a casa ao lado e, até agora, absolutamente nada foi feito. Na semana passada, o muro de mais uma escola também desabou, desta vez no meio da rua.
Seguem os problemas
Também há relatos de fossas transbordando, fiação exposta, mofo, rachaduras nas paredes, infestação de pombos, baratas e mato tomando conta do parquinho das crianças, entre outros problemas em algumas escolas da rede municipal de Florianópolis. São muitos os pais que, cansados de esperar, tiram dinheiro do próprio bolso e fazem reparos por conta própria nas escolas dos seus filhos. No final do ano passado, o Sintrasem denunciou as situações mais graves na campanha “Vamos começar 2025 assim?”. Mas, faltando dias para o início do ano letivo, praticamente nada foi consertado. É assim que o prefeito Topázio Neto (PSD), que está mais preocupado em se colocar como articulador, vai tratar a educação pública no seu novo mandato? É esse o serviço que a gestão Topázio oferece para as famílias?
SC Saúde
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O Governo do Estado propôs elevar a contribuição dos servidores ao SC Saúde, passando de 4,5% para 5%, além de cobrar um adicional de 1% para cônjuges dependentes. A medida foi apresentada pelo secretário de Estado da Administração, Vânio Boing, durante reunião com sindicatos ligados ao Fórum Catarinense e a deputada estadual Luciane Carminatti (PT). Segundo Boing, a mudança busca equilibrar as contas do plano, que fechou 2024 com um déficit de R$ 120 milhões, mesmo dispondo de um fundo de R$ 366 milhões. O Fórum critica a proposta, atribuindo a crise à falta de reajuste salarial dos servidores nos últimos anos, o que impacta as contribuições ao sistema.
Investimento
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Depois de três dias de visitas em Santa Catarina, os executivos do grupo português de hotéis Vila Galé decidiram analisar três chances de negócios no Estado. O potencial turístico catarinense levantou a possibilidade de abertura de unidades na praia, na serra e um empreendimento corporativo em Florianópolis. Durante a passagem pelo Estado, os possíveis investidores foram recebidos pelo governador Jorginho Mello (PL). Também percorreram diversos locais acompanhados pela secretária de Estado do Turismo, Catiane Seif, pela presidente do Instituto do Meio Ambiente (IMA), Sheila Meireles, e pelo presidente da InvestSC, Renato Lacerda.
80 anos
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O ex-deputado estadual Narcizo Parisotto comemorou, no sábado passado, 80 anos de vida. Um evento celebrou o aniversário do missionário, que completa 56 anos de ministério na Igreja do Evangelho Quadrangular e 25 anos de presidência. Cerca de 300 pastores prestigiaram Parisotto, que teve seis mandatos na Assembleia Legislativa.
Racha no PT
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A tentativa do deputado estadual Padre Pedro Baldissera de lançar seu nome para presidir o PT catarinense pode criar novos rachas num partido já fragilizado pela gestão de Décio Lima, muito criticada após as últimas eleições municipais, conforme já relatei. No último fim de semana, o parlamentar enviou uma carta colocando o seu nome como pré-candidato e confundindo ainda mais os filiados, já que todos apostavam numa renovação. Nos bastidores, lideranças do PT destacam que Baldissera colocou o nome à disposição para se “aposentar” da Assembleia Legislativa e abrir uma vaga. Seria uma saída de honra, já que, na última eleição, o parlamentar teve dificuldade de fazer a mesma votação de 2018 e perdeu muitos votos.
Falta de renovação
A leitura no partido é que, se o PT escolher o deputado estadual Padre Pedro Baldissera como presidente, vai perder uma chance de renovar, mostrar um novo rosto para um partido que precisa passar por transformação num estado majoritariamente de direita. Vale lembrar que o próprio deputado colocou o nome como pré-candidato a prefeito de Chapecó, inclusive mudando seu domicílio eleitoral, e desistiu no último momento, o que rendeu muitas críticas de filiados da capital do Oeste.
Representação em Brasília
O leitor de Joinville, Benhur Lima, entrou em contato para lembrar que na gestão de Wittich Freitag em Joinville, foi nomeado Orlando Rosskamp para ficar em Brasília para fazer as conversas com as bancadas e visitar os ministérios. O cargo foi mantido nas gestões de Luiz Henrique da Silveira e de Marcos Tebaldi, que chegou a estruturar um escritório junto a Federação dos Municípios. O então prefeito Carlitos Merss acabou não dando continuidade. A representação durou de 1989 a 2008. Lima se manifestou por causa da nota de ontem sobre secretaria para articulação em Brasília que está prevista na reforma administrativa da gestão de Juliana Pavan (PSD) em Balneário Camboriú.
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