A precaução das autoridades policiais em não divulgar nomes de personagens na divulgação de suas ocorrências, mesmo aqueles presos em flagrante ou réus confessos, resulta no antijornalismo e desinformação para o leitor. Um dos casos mais exemplar ocorreu em Joinville na semana passada, quando um “suspeito” de integrar uma organização criminosa que vinha dando golpes em evangélicos em todo o Brasil foi preso pela Polícia Civil em sua casa na Zona Sul. 

Principal alvo

A coluna recebeu pelo menos cinco questionamentos sobre quem é o “influencer” que havia sido preso, conforme matéria do portal NSC. Ele comprovadamente integrava uma quadrilha que enganava principalmente evangélicos pelas redes sociais ao prometer um retorno acima do normal, caso da vítima investisse seu dinheiro no falso projeto.

Generalização

Um deles – conhecido radialista – enviou um vídeo de um morador de Joinville, integrante de uma Igreja local que tem 152 mil seguidores só no Instagram. “Será ele”, perguntou. Jornalismo é informação. Neste caso, sonegar o nome do personagem da matéria é antijornalismo. Nem a repórter e muito menos o portal são culpados. Condenável é esta normal policial adotada – não apenas em Santa Catarina – que acaba desinformando e ao mesmo tempo incluindo na relação de suspeitos quem tem um perfil aproximado do anônimo suspeito.  

Vice-presidente

Fernando Krelling (MDB) foi eleito vice-presidente da Assembleia Legislativa de Santa Catarina. O parlamentar joinvilense vai ocupar o segundo cargo mais importante na Mesa Diretora pela primeira vez na história. Um passo importante para Joinville ter em breve seu primeiro representante na presidência desde a eleição de Pedro Colin em 1970. 

Tarifa Zero

A vereadora Vanessa Rosa (PT) esteve na Praça da Bandeira – centro de Joinville, ao lado do terminal central – defendendo sua bandeira de tarifa zero no transporte público em Joinville. Evitando mostrar imagens de quantas pessoas estavam ouvindo, ela afirmou que sua ideia “não é utopia. É possível”. Ela deveria explicar que para viabilizar que todos os 630 mil joinvilenses tenham “tarifa zero” a Prefeitura de Joinville seria obrigada a desviar recursos da saúde, manutenção da cidade, entre outras áreas, já que ela é responsável pelo sistema de transporte público. Nenhum município catarinense com população acima de 100 mil habitantes (para ser modesto) tem “tarifa zero”. 

Estatística do Caged

Levantamento do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) revela que Itajaí abriu mais vagas de empregos em 2024 do que Joinville. Foram 10.429 contra 10.148, segundo o levantamento do órgão ligado ao Ministério do Trabalho e Previdência. Lembrando que só de indústrias Joinville tem 3.200, as quais empregam mais de 85 mil trabalhadores, sem contar os milhares no comércio e nos serviços. Em 2024, Joinville teve inauguradas seis filiais de grandes redes de supermercados. No bairro Vila Nova foram duas num período de uma semana. No início de janeiro, uma indústria local fez um mutirão para preencher 400 vagas em seu setor de produção. 

Três joinvilenses no Flamengo

Enquanto o JEC perdeu para o Criciúma por 3 x 0 e três dias depois também por por 3 x 0 para o Avaí, três joinvilenses estão jogando nas divisões de base do Flamengo. Pablo tem 17 anos e já jogou pelo profissional nos amistosos em Orlando (FL). Ele jogava na escolinha da Sercos (clube da primeira divisão amadora) e foi para o Ninho do Urubu aos 10 anos. Lá estão outros dois joinvilenses: Bernardo, 15 anos, filho de Nelson Costa e Davi, 14 anos, filho do ex-jogador de futsal Juliano. Ambos foram levados para o Flamengo aos 10 anos. 

Curtas

 – O ano legislativo começa hoje (3) em Joinville com novos vereadores e o antigo presidente. Diego Machado (PSD) foi reeleito e contou até com o voto da única representante do PT.

– Entra em funcionamento o movimentado binário formado pelas ruas Urussanga e São Paulo, um projeto iniciado há quase um ano. No sentido centro-bairros da Zona Sul serão cinco pistas pela Rua São Paulo.

– Uma solução urgente na Zona Sul. Pelo segundo ano consecutivo, a principal via pública da Zona Sul foi a que mais registrou acidentes de trânsito em Joinville . Em 2023 foram 186 e no ano passado 110. 

– Faleceu ontem (1) o dono da Lanchonete 17 um dos bares mais icônicos do bairro Itaum de Joinville. Mazo era filho e irmão de donos de restaurantes, todos falecidos. Mais uma vítima do cigarro.

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