Governo começa a fechar a reforma do colegiado; Casa Civil em análise; Ideli confirma convite para Marquito, entre outros destaques
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Após praticamente selar o acordo com o MDB, o governador Jorginho Mello (PL) começa a fechar as peças que vão compor seu secretariado. Os emedebistas chegaram a fazer mais um gesto no final da tarde de ontem para tentar ganhar a Casa Civil, porém, o governo não vai liberar esse espaço, pois, conforme já escrevi, algumas secretarias não estão abertas a negociação.
O único movimento feito em relação à Casa Civil, até o momento, foi em direção a Carlos Eduardo Mamute, secretário e um dos maiores responsáveis pela reeleição do prefeito de Florianópolis, Topázio Neto (PSD). Bruno e Filipe Mello chamaram Mamute há algumas semanas para conversar e sondaram se ele aceitaria ser o secretário adjunto da Casa Civil. A ideia deles é subir Marcelo Mendes, atual adjunto, que realiza as tarefas do secretário que o governo ainda não tem. Neste caso, Mamute ficaria como adjunto.
Outro nome que é visto por Jorginho com bons olhos é o de Beto Martins, que deixará o Senado no final de novembro. Ele é amigo de longa data de Jorginho e uma das lideranças fora do núcleo familiar em quem o governador mais confia. Porém, ontem à noite, uma fonte ligada ao governo me disse que o mais provável é que não seja feito nenhum movimento brusco e que possivelmente tudo permaneça como está na Casa Civil, já que, conforme informei há alguns meses, as articulações feitas pelo próprio governador e pelo secretário de Estado da Fazenda, Cleverson Siewert, têm dado o resultado esperado pelo Centro Administrativo.
Mesmo assim, a fonte não descarta totalmente a possibilidade da entrada de alguém, e Mamute teria a preferência para compor o grupo de articulação com a Alesc. O que fortalece essa possibilidade é que, a exemplo de Topázio, que se afastou do PSD, Mamute se aproximou muito da família do governador, sobretudo de Bruno e Filipe, ao ponto de ser visto como um aliado.
As definições devem ocorrer até a próxima semana, numa conversa que Topázio terá com Jorginho Mello. Se houver um acordo, Mamute não deverá ser o único a mudar de casa. O colega jornalista Bruno Oliveira também será chamado para compor a equipe de comunicação do Governo do Estado.
Melhorar a imagem
O governador Jorginho Mello (PL) quer o secretário de Comunicação de Florianópolis, Bruno Oliveira, na sua equipe na Secretaria de Estado da Comunicação. Uma fonte do governo relatou que a ideia partiu dos filhos do governador, que desejam ter o trabalho de Oliveira na eleição de 2026. Os vídeos de Bruno criaram o personagem Topázio Neto (PSD), o prefeito que tem se destacado no TikTok. A ideia é que o mesmo poderia ser feito para tornar a imagem de Jorginho mais simpática.
Jantar com a bancada
O governador Jorginho Mello (PL) deve chamar, na semana que vem, a bancada estadual do Partido Liberal para um jantar na Casa D’Agronômica. A ideia é falar sobre o acerto com o MDB. Ontem, os parlamentares liberais ficaram após a ordem do dia no plenário da Alesc para conversar sobre a situação.
Júlia reage
A deputada federal Júlia Zanatta (PL) não gostou do acordo feito pelo governador Jorginho Mello (PL) com o MDB. Ao contrário do que divulguei, ela disse que sua preocupação não é com Luiz Fernando Vampiro (MDB), já que fez o dobro de votos que ele em 2022 e promete aumentar ainda mais a diferença em 2026. Para Júlia, o que incomoda é o fato de não ter sido consultada, assim como a bancada de seu partido. “É isso que gera a sensação de insatisfação”, afirmou.
O articulador
O deputado federal Carlos Chiodini (MDB) já começa a se preparar para assumir a Secretaria de Estado de Portos, Aeroportos e Ferrovias. É o espaço certo pela relação que Chiodini tem com o ministro dos Transportes, Renan Calheiros Filho. Além disso, o emedebista será o responsável pelo diálogo do governo catarinense com Brasília, já que o governador Jorginho Mello (PL) teme ser criticado pela ala bolsonarista do PL caso inicie uma relação institucional com o Governo Federal.
Clima esquentou
Os deputados estaduais do MDB, Fernando Krelling e Antídio Lunelli tiveram uma áspera discussão durante o almoço da bancada estadual na terça-feira, no gabinete do presidente da Assembleia Legislativa, Mauro De Nadal (MDB). Eles chegaram a se exaltar, e a discussão acalorada chegou a ser ouvida fora da sala. Consultadas, fontes emedebistas amenizaram, dizendo que foi uma discussão normal e que tudo ficou resolvido.
Ideli sobre Marquito
Um dos maiores nomes do PT no país, a ex-senadora Ideli Salvatti se manifestou a respeito da informação sobre o convite feito ao deputado estadual Marcos Abreu, o Marquito (PSOL), para se filiar ao Partido dos Trabalhadores. Segundo ela, a proposta apresentada em 2020 foi muito clara. Marquito se filiaria ao PT e não correria o risco de não ter legenda, o que no PSOL era um risco, tanto que ela lembra que Marquito acabou se elegendo pela “sobra da sobra”. Ainda de acordo com Ideli, se elegendo deputado estadual pelo PT, seria candidato natural da Frente à Prefeitura de Florianópolis.
Marquito temeu
A ex-senadora Ideli Salvatti (PT) destacou que o hoje deputado estadual Marcos Abreu, o Marquito (PSOL), relatou o medo de o PSOL pedir seu mandato de vereador. “Eu me comprometi a articular nacionalmente para que isso não ocorresse. Ele saiu da conversa bem convencido da viabilidade da proposta. Dias depois, soubemos da permanência dele no PSOL, que fez várias mudanças na chapa dos proporcionais para federais e estaduais, visando garantir mais segurança de legenda para o Marquito”, relatou. De acordo com Ideli Salvatti, o PT não voltou a conversar sobre a filiação de Marquito. “Mas sempre ficou uma pulga atrás da orelha: as conversações com o PT foram para valer ou serviram apenas para ampliar as pressões internas no PSOL, já que Afrânio e Marquito disputam a hegemonia no partido?!”, provocou.
Sem diálogo
O governador Jorginho Mello (PL) faz mais um gesto para dificultar a relação de seu governo com Brasília. Ele não estará hoje na reunião convocada pelo presidente Lula (PT) com os governadores para discutir o setor da segurança pública nos estados. Lula, ao chamar os governadores para conversar, atende a um pedido de Cláudio Castro (PL), governador do Rio de Janeiro, que solicitou o encontro após as ações de criminosos que causaram mortes nas ruas de seu estado. A ideia do presidente é apresentar a PEC que cria o Sistema Único da Segurança Pública, que, entre algumas medidas, deve gerar uma integração entre as polícias dos estados e também tornar a Polícia Rodoviária Federal uma nova força com uma atuação maior do que somente fiscalizar as rodovias.
Erro de avaliação
Jorginho Mello (PL) precisa pensar mais como governador e menos como pré-candidato à reeleição em 2026. Sua ausência na reunião em Brasília visa agradar a militância da extrema-direita, mas coloca os interesses do estado em segundo plano. Vale lembrar o que ocorreu há alguns dias na Grande Florianópolis. Fontes ligadas ao setor de segurança relataram que, se os grupos criminosos tivessem imprimido uma força maior em seus ataques nas ruas, o resultado teria sido muito pior. Dialogar com o governo Lula (PT) não transformará Jorginho em um “esquerdista”. O diálogo, pelo bem do estado, é uma obrigação de qualquer governador, independente do partido, pois o interesse público deve estar acima das cores partidárias.
Outros governadores
Governadores de partidos de direita participarão do encontro com o presidente Lula e o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski. O governador do Paraná, Ratinho Júnior (PSD), cancelou uma reunião com o governador Jorginho Mello (PL) para ir a Brasília. Deve confirmar ainda hoje se irá ao encontro. O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), que já anunciou ser a favor da PEC, e o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (UB), são outras duas lideranças de direita que confirmaram presença. Já o governador mineiro, Romeu Zema (Novo), ligou para Lula para avisar que não vai, por ser contra a proposta.
Barragem
O governador Jorginho Mello (PL) autorizou ontem o início das obras de reforma da Barragem de Ituporanga, no Alto Vale do Itajaí. Com custo reduzido de R$ 25 milhões para R$ 23 milhões após a licitação, a obra é essencial para o controle de enchentes na região. A concorrência, iniciada em 7 de outubro, contou com duas empresas e teve o resultado homologado no Diário Oficial. Mello ressaltou a importância das reformas na prevenção de desastres: “Essas estruturas protegem nossas cidades dos efeitos das enchentes”.
Concurso para delegados
Ontem, recebi contatos de pessoas que informaram que nenhum dos candidatos autistas que participaram do concurso para delegado da Polícia Civil de Santa Catarina e psicólogo policial foi aprovado. Procurei o delegado-geral, Ulisses Gabriel, que, através de nota, apresentou o posicionamento oficial. Segue:
“O acesso de Pessoas com Deficiência (PCDs) às carreiras de delegado de polícia e psicólogo policial é permitido, desde que as características individuais sejam compatíveis com as especificações das funções. A legislação da Polícia Civil de Santa Catarina (PCSC) exige aptidão plena para o exercício dessas atividades.
Para candidatos PCD, uma equipe multiprofissional realiza uma análise detalhada de cada caso concreto, fundamentando-se em dados e informações concretas fornecidas por médicos e psicólogos. Essa avaliação busca garantir a compatibilidade entre as características do candidato e as exigências da carreira policial, assegurando que ele possa cumprir as atividades essenciais do cargo. Por exemplo, um candidato diagnosticado com autismo que apresenta sensibilidade auditiva a ruídos e outros barulhos abruptos enfrentará dificuldades tanto nas aulas de tiro quanto no uso de viaturas policiais, que frequentemente envolvem sirenes e ruídos altos e repentinos. Essa condição não apenas repercute diretamente no exercício da atividade-fim, bem como obsta o exercício pleno das atribuições, com prejuízo ao serviço público.
Além disso, a imprevisibilidade das situações de violência e dos cenários com os quais reiteradamente se deparam todos os integrantes das carreiras policiais, constituem fatores de risco para pessoas que necessitam de rotina minimamente controlada. É importante destacar que a análise das limitações foi realizada pela comissão técnica e pela perícia médica, caso a caso, levando em consideração as singularidades de cada candidato inscrito nas vagas para PCD. Essa abordagem resultou em justificativas detalhadas que consideraram as especificidades individuais e as cotejaram com as atribuições legais dos cargos.
A Polícia Civil mantém um compromisso firme com a diversidade e o respeito à condição das pessoas diagnosticadas com autismo, valorizando a inclusão e buscando sempre avaliar de maneira justa e responsável a cada candidato, reconhecendo como legítimo o desejo de todos que aspiram contribuir para a melhor segurança pública do Brasil” – Ulisses Gabriel – Delegado-Geral
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