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Cobalchini contesta atuação do governador na eleição – Imagem: Alesc

O presidente estadual do MDB, deputado federal Carlos Chiodini, que está licenciado do comando do partido, foi convidado pelo presidente da Assembleia Legislativa, Mauro De Nadal (MDB), para um almoço hoje na presidência do parlamento.

Chiodini encontrará uma bancada estadual que busca uma explicação para o rendimento do partido na eleição, que despencou de 96 prefeituras para 70, perdendo o primeiro lugar para o PL, e em força populacional caiu para terceiro, atrás do PSD. De acordo com De Nadal, a ideia é ouvir de Chiodini uma avaliação do quadro e abrir a discussão sobre os movimentos que o partido precisa fazer para reagir ao momento pós-eleição, que ligou o botão vermelho para os emedebistas.

O fato é que outras grandes lideranças do partido não escondem a preocupação e, tampouco, o sentimento de reprovação ao PL, partido do governador Jorginho Mello. Para o presidente em exercício do MDB no estado, deputado federal Valdir Cobalchini, o governador, que também preside o Partido Liberal em Santa Catarina, se licenciou do cargo para se envolver diretamente na campanha. Para Cobalchini, se nos grandes municípios a presença de Jorginho não fez diferença, por outro lado, nos pequenos municípios a percepção do eleitor frente a um governador é diferente, o que causa impacto na eleição.

Questionado se Jorginho teria feito o uso da máquina a favor de seus candidatos, Cobalchini não quis responder de forma tão clara, porém, afirmou que a pessoa física de um governador não tem como separá-lo do cargo e do Estado, mesmo que esteja licenciado. “É uma forçação de barra. Foge à questão de que, historicamente, tivemos governadores que eram políticos, mas nunca se viu algo parecido com o que vimos nesta eleição. É algo muito flagrante, pois não tem como separar o governo do governador”, criticou.

A mesma leitura foi feita pelos ex-governadores Eduardo Pinho Moreira e Paulo Afonso Vieira. Moreira lembrou que o partido fez enfrentamentos com o partido do então governador Raimundo Colombo (PSD), mas ressaltou que o cenário foi completamente diferente. “Não houve o desrespeito visto no pleito atual. Mas não adianta nossas lideranças terem esse posicionamento e nossos parlamentares estarem com o governo. Eles não respeitaram nada, foram para cima. Tem que haver uma posição coletiva”, disse Moreira, que imagina que ficarão sequelas do que ocorreu na eleição.

Destacando ainda que o MDB sai do pleito desgastado em relação ao PL, Pinho Moreira defende que o partido discuta o momento com clareza e que busque uma alternativa para não ficar atrelado ao Governo do Estado. Para ele, a primeira coisa a ser feita é admitir que o partido não foi bem na eleição. Paulo Afonso também defende o reconhecimento do que considerou um mau resultado e que se defina um projeto com clareza e sem dar espaço para posicionamentos contrários. “Quem quiser ficar conosco que fique. Se alguém quiser ir com o Jorginho (Mello), que vá com ele”, defendeu.

Vieira disse ainda que, se for para ter um projeto próprio, o partido deve se afastar de vez do governo, pois não faz sentido estar colado em Jorginho Mello para desembarcar no próximo ano. Ele também defende que o MDB identifique um nome com chances de vencer o pleito de 2026, destacando que o partido passa por um dos momentos mais preocupantes de sua história e que precisa reagir.

Protagonismo

O deputado federal Valdir Cobalchini (MDB) defenderá que o partido se defina pela busca do protagonismo. “Se tiverem apenas dois votos, eu estarei ao lado de quem quer o MDB como protagonista”, afirmou. Seguindo o ex-governador Paulo Afonso Vieira (MDB), Cobalchini também entende que ficar no governo é abdicar de um projeto próprio. Ele quer marcar uma data o mais rápido possível, para que o partido não somente discuta a situação, mas também tome as decisões que precisam ser tomadas. O presidente interino também vai colocar na mesa a proposta de que, a partir do início do próximo ano, já se comece a discutir as chapas proporcionais para 2026.

Deputados cautelosos

Conversei com outros dois deputados estaduais que falaram sob condição de anonimato. Disseram que, no almoço de ontem, não houve nenhuma posição contundente, porém, é notória a insatisfação com o que ocorreu na eleição. Uma das defesas é que o partido comece a defender, de fato, algumas bandeiras e que trabalhe para tirar a pecha de que é um partido fisiologista, que está sempre em busca de cargos. Um dos parlamentares destacou que o governo não respeitou nem as bases dos deputados do partido, que têm dado sustentação a Jorginho. Entre as regiões mais afetadas, houve destaque para o Alto Vale do Itajaí, região do deputado licenciado Jerry Comper, que atualmente está no cargo de secretário de Estado da Infraestrutura. “O PL foi com tudo e diminuiu nossa participação na região de Jerry, que é secretário desse governo”, destacou.

Deslealdade

Dudão reclamou do comportamento do PL na eleição – Imagem: Rede Social

Segundo relatos, o deputado estadual Antídio Lunelli (MDB) também não esconde a insatisfação com o governador Jorginho Mello (PL), que foi a Jaraguá do Sul, reduto do emedebista, para fazer campanha pelo candidato do PL. Outro nome do partido, o ex-prefeito de Curitibanos, José Guidi, o Dudão, disse que, durante o pleito, o PL e o governador foram “extremamente desleais”, segundo palavras dele a seus colegas de partido.

Posição de Jerry

Chamou atenção o fato de as lideranças emedebistas afirmarem que o partido não faz parte da base do governo de Jorginho Mello (PL), e que Jerry Comper assumiu a Secretaria de Estado da Infraestrutura por decisão própria. Porém, vale lembrar que o MDB tem votado com o governo na Assembleia Legislativa. A grande questão é se Comper entende que ainda pode seguir no governo, devido ao resultado das eleições em sua região, no Alto Vale do Itajaí, onde o MDB perdeu um bom número de municípios, além da falta de prestígio dentro do governo.

Insustentável

Juliana recebeu o apoio de Carlos Humberto – Imagem: Rede Social

Algumas lideranças do PL estão atribuindo ao deputado estadual Carlos Humberto Silva, que apoiou Juliana Pavan (PSD), o insucesso do Partido Liberal na eleição de Balneário Camboriú. Uma das fontes me disse que a situação do parlamentar é muito difícil dentro do partido, enquanto outra chegou a usar a palavra “insustentável”. As críticas atingiram até mesmo o prefeito Fabrício Oliveira (PL), que, na opinião das lideranças liberais, forçou a candidatura de Peeter Lee Grando, que não tinha a força necessária para um município da importância de Balneário Camboriú.

Queria o CH

Uma das fontes relatou que o nome preferido do governador Jorginho Mello (PL) para a disputa em Balneário Camboriú era o do deputado estadual Carlos Humberto Silva (PL). Porém, o prefeito Fabrício Oliveira (PL) conseguiu se articular e, com o apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), praticamente impôs o nome de Peeter Lee Grando. Para evitar um conflito dentro do PL de BC, Jorginho cedeu e apoiou a escolha de Fabrício.

Maior percentual

O prefeito que conseguiu se reeleger em Santa Catarina com o maior percentual de votos foi Oscar Martarello (PL), de Xanxerê. Ele atingiu 94,41% dos votos. Martarello disputou contra o ex-prefeito Miri Gasparini (Progressistas), que enfrentou uma forte rejeição do eleitorado, fazendo apenas 1.427 votos.

Pensando na Alesc

Após se reeleger com 81,04% dos votos válidos, o prefeito de São Bento do Sul, Antonio Tomazini (PL), surge com força entre os liberais da região para disputar uma vaga na Assembleia Legislativa. A informação é que haverá uma forte defesa desse projeto em torno de seu nome.

Araranguá

Outro nome que poderá disputar uma vaga para o parlamento estadual é o prefeito de Araranguá, Cesar Cesa (MDB). Ele se reelegeu com 83,51% dos votos em uma eleição com quatro candidatos. Após a grande votação, os emedebistas da região querem Cesa na disputa à Alesc em 2026.

Segurança

Projeto de Martins avança no Senado – Imagem: Caio Lima

A Comissão de Segurança Pública do Senado aprovou o Projeto de Lei do senador Beto Martins (PL), que busca reforçar a segurança nas instituições de ensino público e privado de educação básica em todo o país. A proposta recebeu parecer favorável do relator, o senador Esperidião Amin (PP), durante a sessão de ontem e agora segue para a Comissão de Educação e Cultura em decisão terminativa. Sendo aprovado, não precisará ser votado no plenário do Senado, indo diretamente para análise da Câmara dos Deputados. O projeto de Martins obriga as escolas a realizarem treinamentos regulares voltados para a prevenção e a resposta a ataques violentos.