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Uma possível candidatura de Rafael Horn, com musculatura suficiente para vencer a eleição da Ordem dos Advogados do Brasil, está motivando um movimento inédito na OAB catarinense. Uma chapa de consenso está sendo articulada entre os principais atores da última eleição.

O fato é que Horn tem conquistado espaços e começou a cair nas graças de importantes nomes da advocacia nacional. Mesmo assim, precisará cumprir um requisito que não está escrito em nenhum regulamento: o de sair bem de casa para sonhar com o comando da OAB. Por isso, a ideia é construir uma eleição tranquila, para não correr qualquer risco de enfraquecimento do projeto maior.

Movimentos feitos por Rafael Horn, e por outro ex-presidente da OAB catarinense, Paulo Brincas, para construir uma chapa de consenso têm dado resultado. Conseguiram atrair a força de Hélio Brasil e Gabriel Kazap, que disputaram a eleição passada. Além deles, há uma forte conversa com o também ex-presidente Tulo Cavalazzi, que foi o padrinho da candidatura de Vivian De Gann. Fechando esse último apoio, a OAB tem tudo para ter a eleição mais tranquila de sua história, com Juliano Mandelli para presidente da entidade, uma mulher sendo indicada para vice, e Pedro Miranda para conduzir a Caasc.

Acontece que uma chapa única faz com que não haja espaço para todos os que desejam ocupar uma cadeira na Ordem. São cerca de 120 vagas, para aproximadamente 400 interessados em participar da próxima gestão. Essa falta de espaço tem desagradado à presidente Cláudia Prudêncio, que, numa tentativa de abrir espaço a fórceps para seus indicados, se aproximou estrategicamente de seu vice, Eduardo Mello, superando até mesmo a má relação entre eles. Ela está convidando presidentes das seccionais para um jantar nesta semana em um restaurante de Florianópolis.

No cardápio preparado por Cláudia, estará uma forte cobrança sobre o porquê de abrir espaço para a oposição, deixando pessoas próximas a ela e a Mello de fora. A previsão é de uma conversa difícil, mas uma fonte relatou que haverá uma forte defesa do consenso, pelo que chamou de “bem maior”. Ao mesmo tempo, não é bom para Cláudia forçar o jogo, para não terminar seu mandato alijada do processo. Por outro lado, fontes informaram que Horn e Brincas não querem qualquer rompimento e desejam incluí-la no acordo que poderá unir a OAB de Santa Catarina em prol da futura candidatura de Horn.

A eleição no estado acontecerá por volta do dia 20 de novembro, enquanto a eleição nacional será no final de fevereiro, com a OAB de Santa Catarina já com o novo presidente empossado.

Disputa no PL

Uma fonte me ligou para relatar mais detalhes das conversas que definiram a agenda do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) aqui no estado. Após muitas mudanças, apenas dois municípios receberão sua visita: Balneário Camboriú, por decisão do próprio Bolsonaro, devido ao seu filho ser candidato a vereador, e Criciúma, a pedido do governador Jorginho Mello (PL). Acontece que a fonte me disse que a agenda no Sul do estado, em detrimento de Joinville, não foi apenas pela vontade do governador. A deputada federal Júlia Zanatta e o deputado Daniel Freitas teriam feito uma forte pressão. Eles trabalham para que o também deputado Ricardo Guidi (PL) se eleja para “limpar o campo”, pois, em 2026, seria inviável ter três candidatos a deputado federal pelo PL em Criciúma.

Jorginho defendeu

Essa mesma fonte me disse que, durante as discussões na reunião entre o governador Jorginho Mello (PL), os deputados federais e o senador Jorge Seif Júnior (PL), foi questionada a importância de Jair Bolsonaro ir a Joinville, onde os liberais têm como candidato a prefeito o deputado estadual Sargento Lima (PL). O deputado Zé Trovão foi o primeiro a se manifestar contra, dizendo que Bolsonaro passaria vergonha devido ao desempenho de Lima nas pesquisas. Trovão teme perder espaço para Lima, que é um provável candidato a deputado federal. Além disso, diante da discussão com os deputados, Jorginho chamou a atenção de todos ao dizer que, embora fosse aceitável Bolsonaro não ir a Blumenau e São José pelo fato de os candidatos às prefeituras não serem bolsonaristas, seria um grande erro dizer que Sargento Lima não é bolsonarista. Procurado, Lima se limitou a dizer: “Os eleitores de Bolsonaro sempre o estarão esperando”, afirmou.

Sem esforço

Uma fonte me disse que o senador Jorge Seif Júnior (PL) não fez o mínimo esforço para que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) passe por Itapema. Segundo a informação, Seif já conseguiu uma foto de Bolsonaro com seu filho, que é candidato a vereador, e, por isso, não quer abrir espaço para outros candidatos à Câmara de Itapema.

Itajaí e Tubarão

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) também desistiu de ir a Tubarão após vazar um vídeo do candidato Estêner Soratto Júnior (PL) fazendo críticas a ele e a seus filhos. Já em Itajaí, chegou até Bolsonaro que o candidato a prefeito Robinson Coelho e o vice Rubens Angioletti não são bolsonaristas de fato e que teriam migrado para o partido recentemente. Coelho era do PSB, e Angioletti era filiado ao PSDB.

Pesquisa em Criciúma 1

Em nova pesquisa do Instituto IPC contratada pela Rádio Som Maior de Criciúma, o candidato a prefeito Vaguinho Espíndola (PSD) assumiu a liderança nas intenções de voto com uma larga vantagem de 12 pontos percentuais contra Ricardo Guidi (PL). Na pesquisa estimulada, Espíndola aparece com 41,8%, seguido de Guidi com 29,7%. No levantamento anterior, escrevi que Guidi poderia ter batido no teto e que apresentava uma curva de queda, o que se confirmou, não só pelo crescimento de Vaguinho, mas também pela forte queda do candidato do PL, que vem desidratando.

Pesquisa em Criciúma 2

Chama a atenção o quanto o candidato a prefeito Ricardo Guidi (PL) desidratou em cerca de 40 dias. Na primeira pesquisa do IPC – Rádio Som Maior de 10 de agosto, Guidi apareceu liderando com 44,2%. No segundo levantamento, em 31 de agosto, ele caiu para 39,6%, e agora, no levantamento publicado ontem, ele perdeu quase 10 pontos, chegando a 29,7%. Por sua vez, Vaguinho Espíndola (PSD) tem apresentado um forte crescimento. Em 10 de agosto, ele apareceu com 28,1%. Na segunda pesquisa, no dia 31 de agosto, foi para 32,8%, e ontem, pulou para 41,8%. Em relação à última pesquisa, Guidi viu sua rejeição aumentar de 13% para 16,3%. A rejeição de Vaguinho também subiu, de 6,3% para 7,1%, num patamar menor do que o de Guidi, que é o segundo candidato mais rejeitado.

Fatores

Dentro do próprio PL, há um claro entendimento de que foi um erro Ricardo Guidi (PL) ter se aproveitado da prisão do prefeito de Criciúma, Clésio Salvaro (PSD), para atacá-lo. A população não aprovou, e isso foi percebido pelas campanhas na semana passada. A estratégia foi equivocada. Levantamentos internos mostram que ficou na cidade uma sensação de interferência no processo eleitoral, com a prisão de Salvaro a poucas semanas da eleição. Além disso, a experiência de Vaguinho, que atuou em várias áreas da gestão pública, tem se sobressaído em relação a Guidi.

Pesquisa em Rio do Sul

O juiz da 26ª Zona Eleitoral de Rio do Sul, Geomir Roland Paul, impugnou, a pedido do Republicanos, uma pesquisa do Instituto Data SC LTDA. Segundo informações, o levantamento havia sido contratado por pessoas ligadas ao Partido Liberal. Na ação, a pesquisa é contestada por não seguir o que determina a lei no que tange ao plano amostral, com a indicação de qual fonte pública a empresa se valeu para indicar a origem dos dados dos eleitores que servem como base para a pesquisa, entre outras faltas de dados, o que motivou a decisão do magistrado.

Emprego

Santa Catarina bateu, pela segunda vez consecutiva, o recorde de vagas de emprego anunciadas pelo Sistema Nacional de Emprego (Sine) nesta semana. O volume total de vagas chegou a 10.234, alcançando a maior marca deste ano. Do total, 9.984 são oportunidades gerais e 250 são exclusivas para pessoas com deficiência.

Salomão Ribas

O velório do ex-presidente do Tribunal de Contas do Estado, Salomão Ribas Júnior, acontece hoje, das 9h às 12h, na Assembleia Legislativa. Ele faleceu na noite de domingo. Ribas Júnior foi advogado, radialista, jornalista e escritor, tendo presidido a Academia Catarinense de Letras. Foi deputado estadual e ocupou várias secretarias de Estado.