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PL de Jorginho tem a obrigação de eleger o maior número de prefeitos – Imagem: Ricardo Trida/Secom

Os números da eleição neste ano reforçam que MDB, PL, Progressistas e PSD, conforme já era aguardado, serão as maiores forças das eleições municipais. Os liberais entram no cenário para fazer valer o seu projeto de se tornar o maior partido do estado em número de prefeituras, desbancando o MDB. A ideia é se tornar mais forte para tentar levar os emedebistas de arrasto para o projeto de reeleição do governador Jorginho Mello (PL) em 2026.

Para isso, Bruno e Filipe Mello, além de lideranças como o deputado federal Jorge Goetten (Republicanos), entre outras, montaram um projeto com 184 candidaturas às prefeituras, 131 candidatos a vice e 2.647 postulantes a vagas nas câmaras municipais. A ideia do partido é eleger cerca de 100 prefeitos. A estimativa anterior era de um número maior. Nos bastidores, é dito que, por uma questão de segurança da imagem do projeto, publicamente a aposta apresentada é menor do que se espera internamente.

Os emedebistas aparecem com 182 candidaturas às prefeituras. Também terão 77 candidatos a vice e 2.720 candidaturas às câmaras. O partido trabalha para se manter como aquele que administra o maior número de municípios. Além disso, o MDB quer voltar a ter protagonismo no cenário estadual, e um bom desempenho na eleição — o que significa não perder o primeiro lugar em cidades administradas — é uma prioridade do partido, muito embora entendam que o governador tem a máquina na mão e fará uso dela em prol do projeto liberal.

Em terceiro, o Progressistas. Ao todo, são 107 candidatos a prefeito, 104 a vice e 2.078 a vereador. O partido surpreende com um número tão grande de candidatos à majoritária, devido à queda de representatividade. É bem provável que a força do senador Esperidião Amin e dos deputados estaduais tenha feito a diferença no processo de estímulo a candidaturas.

Já o PSD aparece como o quarto partido em maior número de candidatos à majoritária. São 96 a prefeito, 104 a vice e 2.040 candidatos às câmaras. Apesar do número de candidatos a prefeito ser bem abaixo do PL e do MDB, a estratégia pessedista não é a de conquistar o maior número de cidades, mas, sim, seguir administrando o maior número de pessoas. De acordo com o presidente estadual, Eron Giordani, atualmente o PSD governa 2,5 milhões de catarinenses, quase um terço da população. O partido trabalha para construir uma base para o seu projeto de 2026.

Brigando para crescer

De acordo com o presidente estadual, deputado Fábio Schiochet, o União Brasil vai brigar para crescer no estado. São 39 candidatos a prefeito, 56 a vice e 1.385 a vereador. Um dos maiores projetos do partido é ajudar a eleger o ex-senador Dário Berger (PSDB), já que o UB indicou a vice, Maria Goulart. O projeto Lio Marin, em Lages, também é visto com potencial de crescimento, devido o apadrinhamento do ex-governador Raimundo Colombo (PSD).

Os menores

O Republicanos terá 10 candidatos a prefeito, 14 a vice e 793 a vereador. O partido, que está envolvido em disputas judiciais, poderá ver seu projeto ser atrapalhado pela falta de unidade em uma legenda que se tornou um apêndice do PL. O projeto mais promissor é o de Marcelo Werner, que é o vice de Osmar Teixeira (PSD) em Itajaí. Já o Novo tem três projetos prioritários: reeleger Adriano Silva em Joinville, em um projeto muito bem encaminhado; fazer a reeleição de Arão Josino em Ascurra; e ainda tentar eleger o ex-promotor Odair Tramontin em Blumenau. PT, PSDB e demais partidos ainda não apresentaram seus números.

Debate em Florianópolis

O debate organizado pela NSC Total e pela Rádio CBN Floripa reuniu os principais candidatos à Prefeitura de Florianópolis. Detalhe: nenhuma mulher disputa o pleito. Em uma análise sobre a dinâmica, é preciso destacar que os debates com muitos candidatos geralmente não são produtivos. As regras evitam um confronto maior entre os principais nomes e fazem com que as discussões percam sentido a cada troca de candidato para fazer o questionamento. Além disso, o debate com apenas uma câmera aberta, sem foco nos candidatos, tirou a qualidade do programa. Falhas no áudio também atrapalharam o desenvolvimento do debate. O que salvou a transmissão foi a apresentação do colega Raphael Faraco, que mais uma vez conduziu com maestria o debate.

Dário Berger (PSDB)

O ex-senador Dário Berger, que foi duas vezes prefeito de Florianópolis, não escondeu sua estratégia de buscar o confronto com o prefeito Topázio Neto (PSD). Berger chegou ao debate com um currículo robusto, o que o coloca como um dos favoritos a vencer a eleição. O formato do debate não favoreceu o candidato tucano, que pareceu um pouco frio para o enfrentamento. Porém, é um nome experiente, acostumado com eleição e que costuma crescer nos embates. Não haverá pedra maior no sapato de Topázio durante a eleição do que Dário Berger, que partirá para o confronto de gestão.

Lela (PT)

O candidato petista Vanderlei Farias, o Lela, foi um dos destaques do debate. Articulado e com uma boa estratégia para quem deseja o voto de todo o eleitorado mais à esquerda, e não somente do PT, tentou o tempo todo associar o prefeito Topázio Neto (PSD) ao bolsonarismo. A surpresa também se deu pelo fato de sua candidatura não gerar grandes expectativas, mas o resultado mostrou que o projeto de Lela para Florianópolis tem potencial para gerar fortes discussões nos próximos debates.

Pedrão (Progressistas)

O candidato Pedro Silvestre, o Pedrão, tem um grande potencial, porém, falhou na tentativa de seguir uma estratégia de confronto com o prefeito Topázio Neto (PSD). Faltou argumento. Em um dos questionamentos sobre acusação de corrupção na Prefeitura de Florianópolis, ele mesmo admitiu que Topázio não é citado, esvaziando sua própria proposta de debate. Para um candidato que reclamou da falta de debates em 2020, Pedrão ainda precisa se preparar mais para os próximos confrontos.

Marquito (PSOL)

O deputado estadual Marcos Abreu, o Marquito, candidato dos socialistas, demonstrou carisma, como de costume, e uma postura jovem no debate. Porém, errou ao focar na pauta do meio ambiente, que tem grande importância, mas não teve efeito porque não conseguiu atrair os demais candidatos para o tema. Apesar de toda relevância, ainda mais em uma cidade como Florianópolis, o tema não domina as rodas de conversa.

Rogério Portanova (Avante)

O candidato Rogério Portanova é um quadro preparado, porém, sua estratégia de fugir dos confrontos, não os provocando, tirou qualquer atenção que poderia conquistar. Quanto ao debate propositivo, que é o que falta em muitos debates, esbarrou na falta de apelo. É uma candidatura para ocupar espaço. Nada mais.

Topázio Neto (PSD)

O prefeito de Florianópolis, Topázio Neto (PSD), que busca a reeleição, entrou e saiu como favorito, numa eleição que não está ganha. Ele terá muita dificuldade num eventual segundo turno, o que ficou evidente ao demonstrar não ter o preparo para enfrentar um debate. A única coisa que acertou foi tentar evitar o confronto direto com Dário Berger (PSDB), que provou ter muito mais experiência para discutir o município. Vai tentar criar uma falsa polarização com Marquito (PSOL) para continuar a evitar o confronto com Dário. Resta saber qual será a visão que ficará de um prefeito que teme um ex-prefeito. Outra questão foi a postura: permaneceu sentado de forma estranha na cadeira, dando a impressão de não estar confortável. O mesmo se passou com Berger.

Erros de dados

O prefeito Topázio Neto (PSD) errou ao dizer que Marquito (PSOL) foi vereador por apenas dois anos. O psolista ficou seis anos na Câmara de Florianópolis, até se eleger deputado estadual. Além disso, foi mal instruído ao falar dos recursos federais destinados a Florianópolis por Dário Berger (PSDB) quando era senador. De acordo com Topázio, Dário destinou somente R$ 100 mil nos oito anos no Senado. Ao responder, Berger esquentou o debate ao chamar o prefeito de “mentiroso e descarado” e afirmou que destinou quase R$ 100 milhões. A assessoria do ex-senador chegou a enviar os números destinados.

Mais uma

O comando do Republicanos de Balneário Camboriú voltou para Galeno de Castro, que havia sido afastado pelo deputado federal Jorge Goetten, que preside o partido no estado. Goetten não concorda com o apoio do Republicanos à candidata a prefeita Juliana Pavan (PSD). A decisão é do juiz Carlos Alberto Civinski, que considerou irregular a intervenção de Goetten na comissão provisória, para tentar impedir o apoio à pessedista. Essa é a sexta derrota da direção estadual do Republicanos, que promete recorrer. Goetten me disse ontem que a intenção é levar o partido a apoiar Petter Lee Grando (PL). Ele alega que os convencionais não foram ouvidos e foram cerceados de votar.

Disputa interna

A decisão do presidente estadual do Republicanos, Jorge Goetten, de tirar Galeno de Castro da presidência do partido em Balneário Camboriú ocorreu no sábado. A liminar derrubando a decisão foi concedida ontem à noite. Outras ações estão tramitando com o objetivo de derrubar as intervenções que ocorreram no Republicanos pelo estado.

Agenda de Bolsonaro

O deputado estadual Carlos Humberto Silva (PL), ao ser questionado sobre as possíveis visitas do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) ao estado durante a eleição, disse que, em Balneário Camboriú, o projeto do PL, que tem Peeter Lee Grando como candidato a prefeito, é “uma furada” que se aproveita de Bolsonaro, nada mais do que isso. “Mas entendo. Ele aqui tem o filho. Mas o candidato bolsonarista no estado que a gente tem é o Sargento Lima”, afirmou, referindo-se ao colega de partido que disputa em Joinville.

Amin com Silvio Santos

“Falar sobre Silvio Santos significa falar sobre a história da comunicação, especialmente da televisão no Brasil, nos últimos 40, 50, 60 anos. Quer dizer, é praticamente a história da comunicação moderna no Brasil. Empreendedor, enfrentou a vida com alegria e procurou trazer a todas as famílias, aos milhões de telespectadores ou ouvintes, uma mensagem de esperança ao seu jeito, ao seu modo. Portanto, é uma imagem muito positiva que fica: um empreendedor que mostra que trabalho, criatividade, persistência e perseverança podem representar sucesso para todos nós. Uma mensagem positiva que ele deixou para todos nós brasileiros. Que Deus o receba com generosidade.” Quando governador, Amin participou em 2001 com outros governadores do Show do Milhão. A quantia que recebeu de premiação foi doada para a Irmandade do Senhor dos Passos. Confira a participação:

Silvio

É lugar-comum, mas vou escrever: Silvio Santos também faz parte da minha história de vida. Quem não assistiu, pelo menos, um pouco, aos seus programas? Em meio a todas as risadas e, às vezes, até num cenário um tanto caótico, mas proposital para dar graça à atração, Silvio realmente alegrava a vida das pessoas e demonstrava entender muito bem a sua missão. Ele é uma daquelas quase unanimidades, que deixam saudade pela história de exemplo que construiu e que marcou vidas. Acredito que boa parte de nós, que vivemos da comunicação, gostaríamos de ter sido um pouco Silvio Santos, pois ele conseguia, como ninguém, capturar a atenção das pessoas e gerar um sentimento fantástico de admiração. Que descanse em paz!