A exposição de Bolsonaro as disputas internas no PL catarinense; fator local deve pesar nas eleições; empresa chinesa poderá se instalar em SC, entre outros destaques
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O impasse político no PL de Navegantes resultou na implosão do partido, que perdeu suas principais lideranças, as quais desistiram de disputar a eleição e, em alguns casos, a reeleição, por não concordarem com a interferência do deputado federal Jorge Goetten, atual presidente do Republicanos.
Para tentar fortalecer a candidatura do empresário Rogério da Equilíbrios, escolhido por Goetten, o senador Jorge Seif Júnior pediu ao ex-presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), que o recebesse em Brasília e tirasse uma foto para mostrar que Rogério tem o seu apoio.
No entanto, Bolsonaro pode estar sendo induzido a tomar alguns posicionamentos sem ter pleno conhecimento do cenário real em alguns municípios do estado. No caso de Navegantes, por exemplo, as principais lideranças bolsonaristas praticamente abandonaram o partido. A vereadora Lú Bittencourt, a mulher mais votada da história da cidade, deixou a eleição após ver o acordo do partido que a colocava como vice na chapa do prefeito Libardoni Fronza (PSD) ser pulverizado por Goetten com a bênção do governador Jorginho Mello (PL). Dos 11 candidatos à Câmara, o partido perdeu nove, incluindo os com maior potencial de voto. Também desistiram o vereador Toninho Uller e o agora ex-presidente local, Donizete da Silva.
Além disso, há poucos dias, a deputada estadual Ana Caroline Campagnolo (PL), que possui grande força política entre os bolsonaristas da região, fez um vídeo com fortes críticas a Jorge Goetten pelo ocorrido em Navegantes. Ou seja, Campagnolo voltaria atrás só porque o ex-presidente anunciou apoio a Rogério? A resposta pode ser encontrada na forte personalidade da parlamentar, o que mostra que nem Bolsonaro consegue intervir em disputas locais em seu partido. Ali o racha está posto.
E o que dizer de Balneário Camboriú? O prefeito Fabrício Oliveira, também com a bênção de Jorginho, conseguiu convencer Bolsonaro a apoiar o empresário Peeter Lee Grando (PL). Defenestraram o deputado estadual Carlos Humberto Silva (PL), favorito na disputa. Agora, de uma posição de favoritismo com o parlamentar, os liberais entram na eleição com Peeter como candidato, atrás da vereadora Juliana Pavan, candidata homologada pelo PSD.
Itajaí
Por fim, em Itajaí, Leonardo Angioletti (PL), filho do candidato a vice-prefeito Rubens Angioletti (PL), teria sido forçado a desistir de disputar uma vaga à Câmara de Vereadores e saiu atirando. Em comunicado, afirmou que não apoiará o que chamou de “direita trans”, definindo-a como “aqueles que só apoiam ou passaram a apoiar Bolsonaro a partir de 2022, pensando em 2024, ou os que passaram a apoiar somente após ter se filiado ao PL”. “Podem se preparar, porque eu serei uma das forças resistentes. Não vou deixar que surfem na onda e nem que enganem o nosso querido e amado povo de Itajaí”, declarou.
Resumo da Situação
Em resumo, Jair Bolsonaro está sendo colocado em uma situação delicada, já que tem tomado partido sem pleno conhecimento da crise instalada em alguns municípios. Essas situações podem expô-lo a possíveis insucessos na eleição, o que seria desgastante para a maior liderança da extrema-direita nacional.
Fator Local 1
Pesquisas recentes, como a de Criciúma do Instituto IPC e outras de consumo interno realizadas por marqueteiros nos últimos meses, têm reforçado o caráter local das eleições deste ano. Na maior cidade do Sul do estado, a pesquisa mostrou que o atual prefeito Clésio Salvaro (PSD) tem mais poder de influência do que Jair Bolsonaro (PL), Jorginho Mello (PL) e o presidente Lula (PT). É preciso entender que a eleição municipal é muito diferente das demais. Vale muito mais o fator local, o relacionamento das pessoas com os candidatos e, sobretudo, as pautas locais. Falar de aborto, liberação das drogas, Hamas, Venezuela ou joias não é mais importante para a maioria do eleitorado do que discutir como determinado candidato resolverá o problema de seu bairro ou de sua rua, da creche onde seu filho estuda ou sobre o posto de saúde que atende sua família. As pessoas querem saber da vida real, não de discursos vazios que não resolvem coisa nenhuma.
Fator Local 2
Por isso, esse negócio de romarias de candidatos que querem se agarrar ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) ou, no caso da esquerda, ao atual presidente Lula (PT), só demonstra uma coisa: falta de pauta! Não basta, para o eleitor consciente da realidade, ter candidatos que apenas tiram fotos ou aparecem ao lado de determinada liderança nacional. O que importa são as propostas, o que os candidatos pensam em fazer pelo desenvolvimento de sua cidade. Além disso, há um percentual muito grande do eleitorado que votou em Bolsonaro em 2022, mas que, em seus municípios, são do MDB, dos Progressistas, do PSD, e votarão em seus partidos.
Força de Grando
O secretário adjunto de Estado da Infraestrutura, Ricardo Grando, acompanhou o governador Jorginho Mello (PL) na vistoria das obras da SC-355, entre Catanduvas e Água Doce, no Meio-Oeste. O trecho que passa por revitalização tem cerca de 16 quilômetros e custará R$ 4 milhões. O que chama a atenção, mais uma vez, é a confiança de Jorginho em Grando, tanto que voltou a chamá-lo para acompanhar a sua visita, situação que tem se repetido desde o início do governo. Fontes na secretaria sempre destacam a força do adjunto na tomada de decisões na pasta.
Negócio da China
Assim como acontece há alguns anos, Santa Catarina segue atraindo grandes empresas do exterior. Agora, quem se manifestou sobre a possibilidade de se instalar no estado é uma das maiores fabricantes de pneus do mundo. Ontem, o governador Jorginho Mello (PL), junto com o presidente da SCPar, Renato Lacerda, entre outros integrantes de seu colegiado, recebeu representantes da empresa chinesa. Eles apresentaram ao governador alguns números, como a previsão de investimento inicial em cerca de R$ 2 bilhões e a geração de 2 mil empregos diretos. Números grandiosos, do tamanho da China. Vale destacar que os índices de nosso estado colaboram para a instalação de grandes empreendimentos.
Abastecimento em Palhoça
A Aegea Saneamento, uma das maiores empresas do setor no país, através do Consórcio Aegea, formado pela empresa, com participação de 1%, e a Saneamento Consultoria S.A, veículo de investimento no qual a Aegea detém 75% de participação no capital votante, com participação de 99%, venceu a disputa da Concorrência Pública para a concessão plena dos serviços de abastecimento de água e coleta e tratamento de esgotamento sanitário no município de Palhoça. Estão previstos cerca de R$ 1,5 bilhão em investimentos ao longo dos 30 anos de contrato, que beneficiarão uma população de mais de 220 mil habitantes. A nova unidade da Aegea contemplará os serviços para universalização do abastecimento de água e do esgotamento sanitário, atendendo às metas do marco regulatório do setor.
Melhorias no Abastecimento
O município de Palhoça será beneficiado com as iniciativas da companhia para o atendimento das metas do novo marco do saneamento. A empresa promoverá melhorias no abastecimento de água e no tratamento de esgoto, aumentando a cobertura de 93% para 100% e de 10% para 90% nos primeiros 10 anos de contrato, respectivamente.
Suspensão da Dragagem
A Federação das Indústrias de Santa Catarina demonstrou grande preocupação com a suspensão da dragagem do canal de acesso ao Complexo Portuário de Itajaí. Segundo a Fiesc, a empresa holandesa Van Oord comunicou à Superintendência do porto que não retomará os trabalhos até que sejam pagos os R$ 35 milhões devidos pelos serviços já prestados. A draga estava em manutenção e deveria ter retornado às atividades nesta semana, mas o serviço foi suspenso pela empresa. A paralisação deve gerar um forte impacto na indústria, já que o complexo corresponde a cerca de 11% das cargas em contêineres do país. A Fiesc encaminhou ofício à Presidência da República, ao Ministério de Portos e Aeroportos, à Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), a todos os membros do Fórum Parlamentar Catarinense, ao governador Jorginho Mello, entre outras lideranças, solicitando uma solução urgente.
Celesc: Nota de Desagravo
“O Sindicato dos Engenheiros no Estado de Santa Catarina, no uso de suas atribuições institucionais, vem a público manifestar o seu repúdio veemente à nota difamatória contra as opiniões manifestadas pelo Engenheiro Arthur Rangel Laureano, tendo por escopos critérios de distribuição da PLR na Celesc.
Normalmente nossos pais nos ensinam que a mentira jamais deve ser um argumento ou justificativa para qualquer ato que a pessoa venha a praticar em sociedade. Não é novidade para ninguém que estamos vivenciando uma polêmica, aliás, falsa polêmica, no que se refere à discussão dos critérios de distribuição da PLR. Existe uma ala sindical que prefere cultuar inverdades, prestar deferência ao engodo e festejar artimanhas sindicais manjadas e desgastadas pelo tempo, isso em face de sua impertinência contumaz.
A verdade sobre os critérios de distribuição da PLR na CELESC é uma só: ATÉ HOJE ESTÁ EXISTINDO UMA APROPRIAÇÃO INDÉBITA DA RENDA DOS PROFISSIONAIS DA ENGENHARIA PARA DISTRIBUIR ESSAS PARCELAS DE RENDA A OUTRAS CATEGORIAS, QUE CHEGAM A AUFERIR, NO CÔMPUTO ANUAL, 7 SALÁRIOS !!!! ISSO É UM PROGRAMA DE DISTRIBUIÇÃO DE RENDA COMPLETAMENTE IRREGULAR, TENDO LOGRADO ÊXITO ATÉ HOJE EM FACE DE MANOBRAS NADA REPUBLICANAS, URDIDAS EM PROL DE UMA FALSA PAZ INTERNA.
Não contentes com isso, divulgam uma falsa sustentação jurídica, escudada numa interpretação tacanha e inverídica da Constituição Federal, que está expressa no Artigo 7°, Inciso XI. Nesse dispositivo há uma vedação a estabelecer um critério de distribuição da PLR com base na remuneração. ISSO NUNCA ACONTECEU NA CELESC. O argumento é falso, como determinadas pregações o são. O mundo já está cansado do pensamento único, da farsa democrática pregada por certas correntes de pensamento que, ao chegarem no poder, chafurdam na lama da corrupção.
O que o engenheiro Arthur fez foi exercer o direito de livre expressar o seu pensamento, que merece respeito de todas as formas. Deve-se dar um basta a críticas infundadas, que reverberam ódios e um inescondível complexo de inferioridade, manifesto na incapacidade de desenvolver argumentos consistentes, verdadeiros, éticos e compatíveis com a seriedade que se espera de uma agremiação sindical.
Por este ato, hipotecamos total apoio ao exercício da liberdade de expressão titularizada pelo Engenheiro Arthur, colocando-nos à sua disposição para outros apoios que se fizerem necessários” – Senge – SC
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