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O dia foi longo para o União Brasil. Após uma quase interminável discussão, que durou cerca de 10 horas, o partido não chegou a um consenso sobre o impasse de Florianópolis. O ex-prefeito Gean Loureiro, que tem o domínio da comissão provisória, não abre mão de levar o UB para a oposição ao prefeito Topázio Neto (PSD), enquanto os deputados estaduais e os quatro vereadores querem a permanência na base do pessedista e o apoio à reeleição.

Na verdade, em parte, a situação já está resolvida. Deputados e vereadores estarão com Topázio, enquanto Gean já está acertado com o ex-senador Dário Berger (PSDB) para apoiá-lo na eleição municipal. A disputa é para ver com quem o CNPJ, ou seja, o partido, estará. Isso vale 1 minuto na propaganda eleitoral e mais 20 inserções diárias de rádio e TV, sem contar o fundo partidário e a nominata de candidatos à Câmara de Vereadores.

Outra disputa é sobre a interpretação do estatuto do partido. Gean se diz tranquilo, pois tem o apoio de ACM Neto na executiva nacional e entende que o trâmite para um pedido de intervenção é longo. Pensando nisso, marcou a toque de caixa a convenção para o próximo sábado, com o objetivo de homologar no TRE a decisão já na próxima segunda-feira, o que, segundo ele, não permitirá contestações.

Por sua vez, os deputados defendem que o pedido será avaliado com rapidez e que até sexta-feira, no máximo, a executiva nacional autorizará a intervenção. Se isso ocorrer, o nome que for posto no comando mudará a data da convenção para convergir com a do PSD. Independentemente do resultado, resta saber como sairá o União Brasil de uma eleição na qual inevitavelmente não entrará por completo, seja qual for o caminho que será tomado.

Isolado

Caso realmente vença a queda de braço com os deputados estaduais e vereadores, o fato é que Gean Loureiro terá que reavaliar a sua liderança dentro do União Brasil. Se, por um lado, não dá para questionar a força política de Gean, por outro, é um fato que essa força não surtiu efeito nos deputados estaduais e tampouco nos quatro vereadores do partido. Restou a maioria dos membros da comissão provisória, porém, sem qualquer força política. É um isolamento perigoso para Gean.

Dário e Gean

Há alguns meses, o ex-senador Dário Berger, antes mesmo de se filiar ao PSDB, comprou uma passagem para a Austrália. Lá estava Gean Loureiro, que, acompanhado de sua esposa, Cintia Loureiro, foi para estudar inglês. Berger ligou para Gean para avisar que viajaria à Oceania para uma conversa que precisava ser pessoalmente. Loureiro o desaconselhou, dizendo que logo voltaria ao Brasil e que, no retorno, procuraria Berger para conversar. E foi o que ocorreu. Quando retornou a Santa Catarina, Gean iniciou as conversas com Dário Berger, onde começaram a pensar no projeto eleitoral. Hoje pela manhã, Gean ligará para Berger. A ideia é conversar sobre o pleito e passar tranquilidade ao agora tucano, de que levará o 1 minuto do União Brasil para a campanha do PSDB conforme prometera.

Deputado critica Jorginho

“Vivemos mais um grande capítulo das trapalhadas do governo do Estado e o desprezo pelo dinheiro para obras em Santa Catarina”. A fala do deputado estadual Fabiano da Luz (PT), durante sessão de ontem da Alesc, mostra a indignação de muitos parlamentares com a recusa do governador Jorginho Mello (PL) em aceitar a devolução de R$ 465 milhões do Governo Federal. Vale lembrar que, em 2021, o então governador Carlos Moisés da Silva (Republicanos) aprovou o envio de recursos estaduais para o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) investir em rodovias federais, já que o orçamento da União para Santa Catarina havia sido contingenciado. No atual governo, Jorginho começou a pedir o retorno dos valores.

Devolução em obras

Através do ministro dos Transportes, Renan Filho, o presidente Lula (PT) sinalizou que fará a devolução. Basta o governador Jorginho Mello (PL) indicar as obras que o Governo Federal fará os investimentos. Porém, na última semana, Mello afirmou que queria o dinheiro no cofre geral do Estado para poder gastar onde quiser, o que não é possível. “Qualquer um sabe que o Ministério dos Transportes não pode colocar dinheiro no caixa geral. É uma coisa muito simples. Sutilmente, o governador despreza quando diz que quer o dinheiro no caixa geral”, afirmou Fabiano, que completou: “Temos que cobrar que o Governo do Estado seja uma instituição mais séria e responsável. A gente sempre ouve aqui que vai muito recurso (para Brasília) e não volta. Mas, quando acontece, o governador despreza”, criticou.

Convenção do Progressistas

O Progressistas de Florianópolis deverá ser o partido com o maior percentual de mulheres candidatas na eleição: cerca de 50% da chapa de vereadores é composta de mulheres, todas com atuação social. O pré-candidato a prefeito, Pedrão Silvestre, destaca que o seu partido está contribuindo para a evolução do ambiente político. “A política ainda é um ambiente machista e nós vamos contribuir para mudar isso. Nosso partido tem mulheres de sucesso na política, como as excelentes prefeitas Ângela Amin e Mariza Bastos de Urubici”, afirmou. A convenção acontecerá no próximo dia 28, às 11h.

Homenagem a Guidi

O deputado federal e pré-candidato a prefeito de Criciúma, Ricardo Guidi (PL), recebeu uma homenagem do 112° Colégio Estadual de Presidentes das Subseções da Ordem dos Advogados do Brasil. Uma réplica do Monumento das Etnias foi dada a Guidi como agradecimento pelo apoio ao projeto da criminalização da violação de prerrogativas. Guidi foi visitar o presidente em exercício da OAB nacional, Rafael Horn, e o presidente em exercício da OAB/SC, Rafael Búrigo Serafim. Eles falaram sobre a eleição.

Promessas de Horn

Um vagalume me contou que o presidente interino da OAB nacional, Rafael Horn, teria prometido ao advogado Filipe Mello uma vaga na chapa da próxima eleição à Presidência da OAB de Santa Catarina, para disputar uma cadeira no Conselho Nacional da Ordem. Tudo isso para contar com o apoio do governador Jorginho Mello (PL) e tentar tirar a imagem da OAB de que seria uma entidade de esquerda. Esse movimento também explica a homenagem feita a Ricardo Guidi (PL), como uma forma de Horn tentar grudar na direita.

De olho no MDB

O pré-candidato petista a prefeito de Joinville, Carlito Merss, quer conversar com o MDB. Ele entende que uma união do PT com os emedebistas fará com que a campanha já saia com pelo menos 10% dos eleitores apoiando. Merss tem falado com lideranças do MDB e pretende ampliar os contatos. “Aposto na divisão da direita, o que poderá abrir um importante espaço para nós”, afirmou. Merss tem uma amizade de anos com o pré-candidato emedebista Luiz Cláudio Gubert. Acontece que Carlito terá pouco tempo para conversar, já que a convenção do MDB, segundo o colega colunista Luiz Veríssimo, acontecerá no dia 2 de agosto.

Insatisfação em Biguaçu

Alguns médicos do Hospital Regional de Biguaçu estão insatisfeitos com o atraso no pagamento de seus salários. Amanhã trarei mais detalhes.

Transporte público

Dando continuidade aos estudos sobre o projeto de modernização do transporte coletivo de Criciúma, por meio da implantação de ônibus elétricos, o pré-candidato a prefeito Vaguinho Espíndola (PSD) participou de uma visita técnica a Curitiba. Na oportunidade, conheceu todos os detalhes sobre o modelo de eletromobilidade que já começou a ser adotado pela capital paranaense. Ele visitou as instalações e conversou com a equipe que faz a gestão do sistema. Conforme Vaguinho, foi possível conhecer a companhia de urbanização de Curitiba, bem como toda a metodologia e os estudos realizados para a implantação do transporte coletivo com ônibus elétricos.