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O deputado federal Valdir Cobalchini assumiu ontem o comando do MDB estadual. Ele comandará o partido nos próximos meses no lugar do deputado Carlos Chiodini, que se licenciou da presidência e do mandato parlamentar para se dedicar à eleição à Prefeitura de Itajaí.

Cobalchini me disse que seguirá o trabalho que tem sido realizado por Chiodini. Ele quer visitar todos os municípios em que o MDB terá candidato à prefeitura. O partido deve ter cerca de 200 nomes disputando a majoritária, e esse número pode até aumentar, a depender de algumas conversas.

Para o presidente emedebista, a obrigação de fazer o maior número de prefeitos é do Partido Liberal, do governador Jorginho Mello. Mas entende que o MDB tem espaço consolidado nos médios e pequenos municípios e que vai brigar para seguir como o partido que mais tem prefeitos. Inclusive, ontem, houve uma conversa sobre alguns municípios em que é preciso dar mais atenção.

Quanto a uma possível onda bolsonarista que é esperada pelo PL, Valdir Cobalchini afirma que não deverá ocorrer, já que a eleição municipal não é verticalizada. É definida por arranjos municipais. Destaca ainda que cada município tem a sua peculiaridade e o que importa é a ligação do eleitor e de lideranças com o partido. “Não importa quem é bolsonarista. Ele será na eleição presidencial. Agora, quem é do MDB, votou no Bolsonaro, mas vai ser MDB. O emedebista que é bolsonarista pode ser. Mas tenha a certeza, ele votará no 15”, afirmou.

Outro argumento de Cobalchini é que a defesa do PL de que ser bolsonarista basta, não se tornará realidade na prática. E foi além ao dizer que, numa eleição municipal, isso vale muito pouco. “Não precisa ser 22. Se alguém não é bom, não adianta ser 22 que não vai se eleger. Tem que ser bom para ser prefeito, boa liderança, e o número 15 pode ser melhor que o 22 e será em muitos municípios. A influência de Brasília é muito pequena”, destacou.

Em uma indireta aos liberais, Valdir Cobalchini disse que o partido que tem muitos candidatos tem menos espaços para outros partidos. Destacou que onde for possível fazer boas composições, essas serão feitas. Citou o PSD, que há quatro eleições tem estado junto com o MDB, o que facilita a conversa com os pessedistas e também com o União Brasil. “A relação institucional é muito boa”, disse.

Apesar das afirmações, Cobalchini deixou claro que o MDB não fecha portas. Tanto pode conversar com o PL quanto com o PT, com quem deverá firmar alianças em alguns pequenos municípios. Ele também lembrou que os candidatos a prefeito do MDB poderão colocar em seus planos de governo pautas envolvendo os ministérios que pertencem ao partido no Governo Federal. O MDB tem os ministérios do Planejamento, das Cidades e dos Transportes.

Protagonismo

Questionei o presidente estadual do MDB, deputado Valdir Cobalchini, se o partido já superou a orfandade em relação ao ex-governador e senador Luiz Henrique da Silveira. A resposta foi que o partido precisa entender que não tem mais uma figura como LHS, e que o segredo para o fortalecimento é a união. “Juntos somos mais fortes. Temos três deputados federais, uma senadora, seis estaduais, vereadores, militância, somos o maior partido do estado”, afirmou. Ele entende que o caminho da briga se mostrou equivocado, e que somente a união levará o MDB novamente a ter o protagonismo. “Temos que nos despir das vaidades, das vontades pessoais. Quem estiver em melhores condições será escalado. Vamos trabalhar para sair fortes dessa eleição”, destacou.

A guerra no UB

O ex-prefeito de Florianópolis Gean Loureiro fez um último e ousado movimento na noite de ontem, que pode levá-lo a atingir o seu objetivo de levar o União Brasil para o projeto do ex-senador Dário Berger (PSDB). Mas também poderá deixá-lo definitivamente sem condições de permanecer no partido caso alguma novidade ocorra durante o dia de hoje, que anule a decisão da comissão provisória liderada por ele. Se Gean conseguir manter o que ficou definido ontem, a convenção do UB acontecerá no próximo sábado, a partir das 15h, no plenarinho da Assembleia Legislativa com a presença de Berger. Qualquer reviravolta levará o partido a se juntar à convenção de Topázio Neto (PSD) no final do mês.

Balanço

A interinidade como governador, por uma semana, foi avaliada pelo presidente da Assembleia Legislativa, Mauro De Nadal (MDB). Ele participou de atos de entregas de ordens de serviços para diversas obras, fez contatos em Brasília em três ministérios e confirmou a destinação de recursos para ações determinadas pelas bancadas regionais da Alesc. “Foi uma semana de muito trabalho e dedicação. Programada com o apoio de muitas lideranças e colaboradores, em todas as regiões e na Capital Federal. Tudo com a chancela do governador Jorginho Mello, que, ao proporcionar a interinidade do presidente da Assembleia no comando do Executivo, fez uma homenagem aos 40 parlamentares. Confirmamos R$ 165 milhões para obras”, destacou De Nadal.

Vaquinha online

Em menos de 24 horas, a vaquinha online do vereador de São José, Cryslan Moraes (Novo), atingiu mais de 210 doadores, tornando-se a vaquinha com o maior número de apoiadores em Santa Catarina. O vereador, que atualmente é o 2º mais votado e mais jovem da atual legislatura, também anunciou sua pré-candidatura à reeleição e, em menos de 24 horas depois, atingiu esse recorde. O valor arrecadado, atualmente em quase R$ 15 mil, será utilizado para pagar os custos da campanha eleitoral.

Penha

O MDB de Penha confirmou o nome da vice-prefeita, Maria Alexandrino, como pré-candidata a prefeita. Primeira vereadora reeleita e a primeira vice-prefeita da cidade, ela também quer ser a primeira prefeita de Penha. A pré-candidatura está confirmada. A decisão foi tomada em consenso, a partir de “dados que mostram o potencial de Juraci, reforçando a confiança do MDB em sua candidatura”, diz trecho da nota oficial do MDB, assinada pelo prefeito Aquiles da Costa.

Indústria

A produção industrial catarinense cresceu 6,4% de janeiro a maio deste ano em comparação com os cinco primeiros meses do ano anterior. O desempenho foi superior à média nacional, que foi de 2,5% no período. Considerando apenas o mês de maio, o avanço da produção industrial catarinense foi de 5,8%, contra recuo de 1% da média brasileira. O presidente da Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc), Mário de Aguiar, destaca que o resultado dos cinco primeiros meses do ano reflete as melhores condições de crédito, a partir do movimento gradual de redução dos juros no Brasil. “A produção de bens de consumo duráveis, como eletrodomésticos, e bens de capital, como máquinas industriais, vem se favorecendo com juros mais baixos”, explica. Neste cenário, a produção industrial do setor de equipamentos elétricos cresceu 17,5% e lidera o crescimento industrial no acumulado do ano até maio, impulsionado pela demanda interna e pelas exportações.

Porto de Imbituba

O Porto de Imbituba concluiu os primeiros seis meses do ano com números históricos. Em relação ao mesmo período de 2023, houve um crescimento de 17,4% na movimentação de cargas, somando cerca de 4,4 milhões de toneladas, e recorde para o acumulado do ano. A operação de cargas em junho também foi a maior marca para o mês em toda série histórica, atingindo cerca de 756,5 mil toneladas, expressivos 43,3% acima do verificado em junho do último ano e 4,3% maior que o mês de maio de 2024.