Destaque do Dia

Há tempos o governador, Carlos Moisés da Silva (PSL), tem se sentido incomodado com o patrulhamento ideológico pesselista. Nomeações de pessoas ligadas a outros partidos, em especial do MDB, até o fato de ter recebido deputados do Partido dos Trabalhadores e o MST para uma reunião, motivaram muitas críticas de algumas lideranças e de muitos filiados ao PSL, que não querem saber de aproximação com a esquerda e nem com partidos tradicionais.

Além disso, o PSL não o tem ajudado a construir uma base na Assembleia Legislativa, ampliando o isolamento do governo que precisará negociar o apoio de parlamentares em cada votação. Um dos primeiros grandes projetos enviado por Moisés é o da Reforma Administrativa e, neste caso, ele não quer arriscar. Tudo isso, mais a carência de experiência do então líder, o coronel Onir Mocellin (PSL), provocou a mudança da liderança para o republicano, Maurício Eskudlark.

Ontem à tarde, enquanto lideranças e assessores do PSL corriam para explicar que a troca, tinha o único papel de tentar atrair mais partidos para a base governista, ficava claro que Moisés estava realizando a sua manobra mais arriscada, que tanto pode dar certo e render ao governo uma base de verdade dentro da Alesc, ou poderá deixá-lo em uma situação de grande fragilidade, sem mesmo podendo contar com o seu partido.

O que pode provar que não havia a necessidade de passar a liderança para o PR, se o objetivo era o de atrair outros partidos, é que os republicanos já estavam de fato na base, tanto, que Eskudlark já chegou a indicar cargo no segundo escalão do governo, ou seja, não irá se insurgir.

O novo líder ganha a missão de trabalhar para atrair novos partidos, o que ainda não é possível saber se conseguirá, mas o fato é que Eskudlark conhece um pouco mais do que Mocellin a Alesc. Quem acompanhou a sessão de ontem, é capaz de apostar que as primeiras retaliações de pesselistas já começaram, pois, parlamentares do partido não compareceram, enquanto que dos quatro presentes, pelo menos três votaram contra o governo para a derrubada dos vetos de Moisés.

Prestigiado

Mesmo não sendo mais o líder do governo na Assembleia Legislativa, o deputado estadual, coronel Onir Mocellin (PSL), segue prestigiado na Casa D’Agronômica. Com perfil conciliador, Mocellin tentou construir uma ponte entre o governador, Carlos Moisés da Silva (PSL), e o parlamento, porém, esbarrou nas dificuldades criadas pelo seu próprio governo de dialogar. Tudo isso se deve a convicção de Moisés quando assumiu, que levaria com o seu discurso da nova política a Alesc de arrasto. A política de verdade não é assim, precisa de diálogo e, quando o governador começou a entender isso, notou que precisava recorrer a lideranças com mais experiência. Além disso, repito, é um recado claro ao PSL de que a sua gestão é mais importante do que o partido.

Reforma é questionada

Ontem em reunião com deputados estaduais na Assembleia Legislativa, o secretário de Estado da Administração, Jorge Tasca, soube que o governo terá dificuldade em aprovar alguns pontos da Reforma Administrativa. Uma delas é a autorização ao governador para que assine decretos de regulamentação de temas considerados relevantes, a exemplo de fundos estaduais de turismo, cultura e esporte que serão extintos e, os recursos serão liberados através de decreto, o que foi considerado um cheque em branco ao Executivo. Outro ponto é a extinção do Deter e do Deinfra, o que não estaria bem especificado pelo governo, além da criação de funções e novas repartições sem o devido custo que deverá ser gerado. Tasca ficou de conversar com o governador, Carlos Moisés da Silva (PSL), e voltará a se reunir com os parlamentares.

Lages de todos

Ontem em sua visita a Serra, o governador Carlos Moisés da Silva (PSL) foi questionado por um repórter, de que estava na “terra do ex-governador Raimundo Colombo (PSD)”. Moisés em sua resposta foi direto: “Não é a terra dele, é terra de todos nós, né, eu acho que Lages também é um pouquinho minha, eu adoro esse lugar. Sempre que venho para cá essa paisagem é fantástica, muda completamente o cenário e é a terra de todos os catarinenses. Todos os catarinense deveriam vir visitar a nossa Serra e a região do Planalto”, disse Moisés, rechaçando a fala de que é a terra de Colombo.

Nomeação contestada

Lideranças do PSL estadual estão criticando o secretário de Desenvolvimento Sustentável, Lucas Esmeraldino, por ter nomeado para o seu gabinete, Gustavo Felipe Borba de Amorim, que em 2014 foi acusado de supostamente bater o ponto na Câmara de Vereadores de Biguaçu, onde era assessor do então vereador e atual secretário de Estado da Casa Civil, Douglas Borba, e ir em horário de expediente para uma empresa de filmagens a qual, a princípio, pertenceria a ele. Tanto Amorim quanto outros assessores foram flagrados na época por uma equipe de reportagem do jornal Notícias do Dia. Tentei contato com Esmeraldino, mas não consegui.

Acúmulo de salários?

A “nova política” pregada pela deputada estadual, Ana Caroline Campagnolo (PSL), tem as suas surpresas. Há uma denúncia de que em seu gabinete o assessor, Marcos Meurer, estaria acumulando o salário da Prefeitura de Itajaí onde é servidor efetivo, e da Assembleia Legislativa. Ele já teria embolsado cerca de R$ 32 mil, o que é ilegal, pois, a lei veda o acúmulo de salário. De acordo com O Diarinho, o portal da Transparência da Prefeitura confirma os pagamentos que já estariam sendo cobrados de volta. O que será que a deputada fará em relação a esse caso?

Souza não gostou

O deputado estadual, Bruno Souza (PSB), não gostou da crítica feita por esta coluna, ao “meme” que fez no dia primeiro de abril. Souza destacou que tem trabalhado abrindo mão de privilégios e, que inclusive tem utilizado dinheiro próprio para deslocamentos em sua atuação parlamentar. Lamentou que uma brincadeira tenha sido motivo de crítica e, destacou que acontecem coisas mais sérias na Assembleia Legislativa, lembrando de uma lista que mostra exagerados gastos em alguns gabinetes de parlamentares que estaria circulando pelas redes sociais.

Fossá é pré-candidato

 O vereador, Cleiton Fossá, é o pré-candidato do MDB para a Prefeitura de Chapecó. Em reunião nesta semana, as lideranças emedebistas destacaram a importância de um projeto para a capital do Oeste. O ex-reitor, Gilberto Agnolin, será o presidente da executiva municipal, tendo o empresário Giovane Ballen como o seu vice. Uma das possibilidades é que o MDB vá de chapa pura, neste caso, o nome do candidato a vice será o do empresário e ex-gerente regional da extinta ADR de Chapecó, Sérgio Galli, que dependendo do cenário, também poderá figurar na cabeça da chapa.

Schroeder se lança em Joinville

Ontem à tarde eu conversei na Câmara de Vereadores de Joinville, com o vereador, James Schroeder (PDT), que confirmou a informação adiantada em primeira mão pelo colega João Francisco da Silva, de que é pré-candidato a prefeito. Schroeder defende o seu projeto lembrando a experiência que teve ocupando cargos no executivo. É o primeiro nome da capital do Norte do estado a anunciar a real intenção de disputar o pleito.

Perseguição

Já há algum tempo a vereadora de Orleans, Mirele Debiasi não tem uma boa relação com o seu partido, o PSDB. A relação começou a piorar quando ela levantou alguns questionamentos em relação ao hospital local, o que atingiu diretamente a direção tucana. Mirele reclamou durante a sessão da Câmara, de que não tem sido chamada para as reuniões do partido que discute a formação de uma nova executiva municipal. Pelo visto, desde a questão do hospital, parece que os tucanos de Orleans não querem mais a vereadora no ninho. O que tem a dizer a direção estadual do partido?

Semana do Autismo

Ontem o presidente da Câmara de Vereadores de Joinville, Cláudio Aragão (MDB), recebeu integrantes da Associação dos Amigos dos Autistas em seu gabinete. O prefeito Udo Döhler (MDB) que também estava no local, ganhou uma camiseta da 1ª Semana do Autismo, a qual vestiu para tirar uma foto. Aragão explicou que teve a iniciativa de tornar a Câmara uma parceira da programação que pode ser conferida no site do Legislativo.

Apoio à reforma

O deputado federal, Daniel Freitas (PSL), foi recebido ontem junto com os demais parlamentares da bancada do PSL, pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, para falar sobre a nova Previdência. A reunião contou, ainda, com a participação do secretário de Previdência e Trabalho, Rogério Marinho, e com o assessor especial do ministério, Afif Domingos, para esclarecer pontos importantes da proposta. Hoje, Guedes irá à reunião da CCJ para audiência pública, onde será discutida com os demais membros da comissão. Freitas disse esperar que o prazo informado pelo presidente da comissão, Francisco Franceschini (PSL), para a votação do parecer do relator da reforma, que é o próximo dia 17, seja cumprido.

Contorno em Xanxerê

Com o apoio de parlamentares da Bancada do Oeste na Assembleia Legislativa, uma comitiva de lideranças políticas e empresariais de Xanxerê, esteve ontem reunida com o superintendente regional do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), Ronaldo Carioni Barbosa, com o objetivo de destravar a conclusão do contorno viário do município. O Dnit é responsável pela obra de intersecção entre a SC-480 e a BR-282, aguardada há alguns anos pela população e, especialmente, pelas empresas da região. Barbosa não quis estabelecer prazos, mas adiantou que possivelmente em agosto a obra seja retomada com o término previsto para menos de dois meses.

Aditivo

O superintendente regional do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), Ronaldo Carioni Barbosa, explicou que falta apenas um aditivo contratual com a empresa responsável pela obra. A coordenadora da bancada, deputada Marlene Fengler (PSD), observou que a conclusão beneficiará não só a Xanxerê, mas vários outros municípios representados pela Associação dos Municípios do Alto Irani (Amai), como São Domingos, Abelardo Luz, Bom Jesus e Ipuaçu. Os deputados Neodi Saretta (PT) e Nilso Berlanda (PR) também participaram.

Infraestrutura

A Frente parlamentar da infraestrutura será lançada hoje na Assembleia Legislativa, pelo deputado estadual, Valdir Cobalchini (MDB). O lançamento será às 17h, no Plenarinho da Alesc.

Orçamento impositivo

O relatório da proposta de Emenda à Constituição que determina a execução obrigatória de emendas de bancadas parlamentares ao Orçamento da União, deve ser apresentado hoje na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) e, já deve seguir para votação em Plenário. A matéria foi aprovada em dois turnos na Câmara dos Deputados no final de março e encaminhada ao Senado, onde é relatada por Esperidião Amin (Progressistas). Ele sinalizou que deve retirar do texto a proposta de alteração do artigo 165 da Constituição. “Eu acho que será muito difícil aprovar o texto como ele veio da Câmara. Tem três parágrafos que tentam, na prática, transformar em impositivo o Orçamento como um todo e isso é parlamentarismo. Nós não elegemos um presidente no sistema parlamentarista. A impressão que eu tenho é que as questões relacionadas ao artigo 165 vão provocar muito debate político, e nós estamos no começo de um governo que tem só 90 dias. Então, nesse momento, seria uma “pauta-bomba”, avaliou Esperidião Amin.

Casan em Concórdia

Após o prefeito de Concórdia, Rogério Pacheco e o seu vice, Edilson Massocco declararem que “acabou a conversa” com a Casan, o deputado estadual, Moacir Sopelsa (MDB), demonstrou apoio a decisão. O parlamentar que foi prefeito de Concórdia no período de 1993 a 1996, relembrou que ainda naquela época o município já esperava uma solução da Casan para o abastecimento de água. “A incompetência, as mentiras e as promessas da Casan, fazem com que, a população esteja sofrendo e penalizada”, apoiando a decisão da administração de Concórdia em cobrar, de forma mais enérgica, uma solução por parte da Casan.