Crise na Fecam: Prefeitos renunciam de seus cargos na entidade; Alesc convoca o secretário de Estado da Saúde; Ponticelli é o nome do Progressistas para 2022 entre outros destaques
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A reunião online da direção da Federação Catarinense de Municípios (Fecam), terminou com descontentamento e pedidos de renúncia dos prefeitos Milena Becher (PL) de Vargem, e Mário Hildebrandt (Podemos) de Blumenau, respectivamente, primeira e segundo vice.
O presidente da entidade, o prefeito de Araquari Clenilton Pereira (PSDB), até que tentou consertar a situação que levou a insatisfação de boa parte da diretoria, mas não convenceu. Ele chegou a se desculpar e prometeu que as próximas decisões serão tomadas junto ao Conselho Executivo, porém, fez uma defesa das medidas adotadas de forma unilateral, sobretudo das demissões, usando a justificativa da economia. As explicações não foram consideradas convincentes e numa demonstração de falta de confiança no que está acontecendo, vários prefeitos já decidiram se afastar.
Outro questionamento é o poder dado ao consultor de Saúde, Jailson Lima, o qual é considerado por algumas lideranças como o presidente ad hoc da Fecam. “O Clenilton não comanda a entidade. Deixou nas mãos do Jailson e da Sisi (Blind) que estão tomando a maioria das decisões”, afirmou uma liderança. Tentei falar com Jailson. Ele respondeu que não participou da reunião, mas que hoje fará uma avaliação. Já o prefeito Clenilton Pereira disse que estava em reunião, prometeu entrar em contato, mas não o fez.
Ontem conversei com o prefeito de São José, Orvino de Ávila (PSD), que hoje apresentará o pedido de renúncia do cargo de conselheiro fiscal. O mesmo fará de forma oficial o prefeito de São Joaquim Giovani Nunes (PSL), a prefeita de Santa Cecília Alessandra Garcia (PSB) e, até mesmo, o ex-presidente da Fecam, o prefeito de Tubarão Joares Ponticelli (Progressistas), que renunciará ao cargo de suplente do Conselho Fiscal.
O prefeito de São Carlos, Rudi Sander (Progressistas), terceiro vice-presidente, enviou ontem a seguinte mensagem aos demais prefeitos da Amosc, entidade municipalista do Oeste que o indicou para a direção da Fecam: “Estou renunciando ao cargo, uma vez que não concordo com as decisões tomadas de forma isolada pelo presidente, não tendi em nenhum momento sendo consultado, ouvido ou mesmo participado de decisões. Não compactuo com isso. Fomos empossados a 20 dias no cargo, mas não trabalho dessa forma. Honro meu nome, respeito meu pai que me deu educação, honra e caráter e não vou fazer a minha filha passar vergonha por atos meus”, escreveu Sander.
Em contato com alguns prefeitos, soube que um grupo começa a pensar na possibilidade de fazer um movimento pela renúncia de Clenilton e demais integrantes da atual diretoria, para que seja feita uma nova eleição com novos integrantes. “O que se vê são justificativas frágeis, sem argumento palpável para tais decisões que foram equivocadas. Talvez seja um desmonte da Fecam, não sei, mas os interesses políticos estão tomando conta da Fecam”, me disse um prefeito.
Cobrança
A Diretoria do Colegiado Estadual de Gestores Municipais de Convênios, através de seus representantes da Associação dos Municípios do Entre Rios (Amerios), Associação dos Municípios do Planalto Norte (Amplanorte), Associação dos Municípios da Região de Laguna (Amurel) e da Associação dos Municípios do Alto Irani (Amai), pediram explicação via ofício ao presidente da Federação Catarinense de Municípios (Fecam), sobre como ficará o planejamento para a Assessoria de Projetos, já que a responsável técnica do setor na Fecam foi demitida. “Independente das decisões institucionais permaneça o viés técnico para área, observando a relevância do assessoramento e a resposta que o profissional deverá dar aos municípios e associações”, diz o ofício.
Secretário convocado
A Assembleia Legislativa aprovou na tarde de ontem, o requerimento de autoria do deputado estadual, João Amin (Progressistas), convocando o secretário de Estado da Saúde, André Motta, para hoje às 14h prestar esclarecimentos sobre a situação do processo de vacinação contra a Covid 19 em Santa Catarina. O encontro acontece no Plenário da Alesc. Amin está preocupado com a lentidão da vacinação.
O nome do Progressistas
Recebi um telefonema ontem à tarde do deputado estadual, Silvio Dreveck, presidente estadual do Progressistas. A ligação foi para afirmar que o seu partido não apontará o vice de ninguém e, que tem pré-candidato. De acordo com Dreveck, tanto ele quanto o senador Esperidião Amin e demais lideranças, apostam no prefeito de Tubarão, Joares Ponticelli, para a disputa ao Governo do Estado. Em conversa no dia de ontem, o próprio Ponticelli reafirmou a Dreveck a sua disposição de ir para a eleição majoritária.
Conversa com todos
O deputado estadual, Silvio Dreveck, presidente estadual do Progressistas, também falou que o partido não tem veto e que conversará com todos. O questionei se o MDB está nesses “todos” e, a resposta é que sim, que não terá portas fechadas. Mesmo abrindo a possibilidade de diálogo com o partido que já foi um adversário ferrenho dos progressistas, Silvio Dreveck entende que os emedebistas terão candidato a governador, única situação que poderá inviabilizar a conversa.
Jorginho com todos
O senador Jorginho Mello (PL) me disse que conversará com todos os partidos, não somente com o Progressistas. Jorginho me disse que está de sangue doce, falando com o MDB, Progressistas e demais partidos. O único veto é aos partidos de esquerda, já que o senador deve contar com o apoio do presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido).
Fora do governo
O senador Jorginho Mello (PL) repetiu que o seu partido não participará do governo de Carlos Moisés da Silva (PSL), e não aceitará qualquer indicação de cargos. Segundo ele, quem quiser indicar será por conta e risco, pois não terá o aval do partido e nem a contrapartida será dada a Moisés. Incomodado com uma possível indicação de uma liderança do partido ao Governo do Estado, Jorginho deixou claro que não descarta a possibilidade de punição a quem não seguir a determinação partidária.
Entrega de tratores
O prefeito de Chapecó João Rodrigues (PSD) ao lado do governador Carlos Moisés da Silva (PSL), fará a entrega de cinco tratores que serão encaminhados a municípios catarinenses. O ato acontecerá na Secretaria de Estado da Agricultura. Os tratores foram adquiridos com valores de emenda da época em que Rodrigues foi deputado federal.
Situação de Chapecó
O prefeito de Chapecó João Rodrigues (PSD) deu uma endurecida na flexibilização impedindo inclusive, o funcionamento de casas noturnas. Todos os estabelecimentos que descumprirem o decreto perderão o alvará. A situação no Oeste é preocupante e pacientes tem sido enviados para outras regiões do estado. Chapecó recebeu 10 respiradores e já foram credenciadas mais 5 UTIs. Quanto a vacinação, Rodrigues disse que serão imunizados na primeira leva todos os idosos com mais de 90 anos.
Bancada do Oeste
O deputado estadual Fabiano da Luz, líder da Bancada do PT na Assembleia Legislativa, é o novo coordenador da Bancada Parlamentar do Oeste. Segundo o deputado, mediante acordo coletivo com os outros integrantes, a prioridade será cobrar respostas rápidas do Governo do Estado para resolver os gargalos da região, principalmente em relação às rodovias. Na primeira reunião, o secretário de Estado da Infraestrutura, Thiago Vieira, estava presente para debater o assunto. “Outra questão que nos preocupa é a da Covid-19. Somente na segunda-feira, 26 pacientes foram transferidos do Hospital Regional de Chapecó para outras cidades por não haver mais vagas”, salientou.
Samu
O vereador de Chapecó Cesar Valduga (PCdoB), teve aprovada em sessão ordinária, Moção de Apelo que será direcionada para a Assembleia Legislativa e para a Secretaria de Estado da Saúde. A moção faz um apelo para que os funcionários terceirizados do Samu, tenham mais atenção do poder público e chama atenção para uma melhor estruturação dos serviços. A proposição justifica que o Samu possui cerca de mil funcionários terceirizados em todo o estado, os quais, segundo o vereador, passam por dificuldades financeiras e de estrutura. “Em dezembro, os funcionários terceirizados precisaram levar suas manifestações ao público para cobrar os proventos atrasados, assim os trabalhadores foram submetidos ao parcelamento do décimo terceiro salário vigente”, afirmou. O Samu de Chapecó, esta semana, permaneceu 24 horas sem possibilidade de acesso à internet por falta de pagamento.
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