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Quem acompanha o meu trabalho, sabe muito bem o que penso a respeito do governador afastado, Carlos Moisés da Silva (PSL), e da ainda vice, que amanhã assume interinamente o Governo do Estado, Daniela Reinehr (sem partido). Não será pelo fato de que ela assumiu o comando do Estado que mudarei do dia para a noite a minha forma de pensar, afinal de contas, as análises seguem sob a coerência que sempre norteou o meu trabalho.

Não se pode confundir torcida com análise baseada nos fatos. Como catarinense que me considero, muito embora tenha nascido em um Estado, sido criado em outro e, somente após, vim morar em Santa Catarina onde já estou há uns bons anos, é claro que a torcida é para dar certo. Nós precisamos que esteja quem estiver a frente do governo que faça o melhor. Por outro lado, como jornalista me cabe analisar os fatos, fazer a leitura do cenário e expor a vocês da forma mais sincera possível.

Caberá a Daniela mudar a minha ideia sobre ela. Claro, não sou pretensioso de querer que ela faça isso para mudar a minha opinião, afinal, sou um mero jornalista e, mesmo tendo um grandioso público em toda Santa Catarina, não posso me levar pelo que seria um verdadeiro devaneio de minha parte. O que tento dizer, é que as atitudes que ela terá a partir de agora, é que poderá influenciar no que será escrito neste espaço, mas, o que é mais importante, é a influência que ela causará na população catarinense. Nada mais do que isso.

Bom, feito o grandioso preâmbulo, digo que o primeiro desafio será o de montar um governo. É dito nos bastidores que um ex-político, ou até um militar pode assumir a Casa Civil. Ela já teria conversado com os secretários de Estado da Saúde, Infraestrutura e Educação, sobre o processo de transição do comando dessas secretarias aos nomes que ela escolherá. Gonzalo Pereira da Comunicação, André Motta da Saúde, entre outros, não devem ficar, não agradam a nova governante.

Paulo Eli na Fazenda é um nome extremamente técnico, talvez, a pessoa que mais fez pelo governo de Moisés, errando também, é claro, mas é um técnico qualificado, isso não se pode negar. Ricardo de Gouvêa que comanda a Agricultura, é indicado de Daniela, tem chance de ficar. Nos bastidores, se fala da saída principalmente dos principais nomes que davam a cara do governo de Moisés. A grande questão é: não esqueçamos de que se trata de um governo interino e que, dependendo, em algum tempo que ainda não é possível saber, Moisés pode ter a chance de voltar. O momento é delicado e exigirá uma boa dose de habilidade de todos, frente aos desafios que o Estado enfrentará.

 

SCemDebate

Hoje a partir das 11h, você poderá acompanhar mais um debate aqui no SCemPauta. Maria Helena, Adelor Lessa, Ananias Cipriano e eu, Marcelo Lula, estaremos ao vivo. Em pauta o julgamento do Tribunal Misto do Impeachment, o governo de Daniela Reinehr entre outros destaques. Acesse: www.scempauta.com.br

 

Paulinha entrega

Último ato como líder foi acompanhar Moisés.

A deputada estadual, Ana Paula da Silva, a Paulinha (PDT), colocou o cargo de líder do governo na Assembleia Legislativa à disposição. É obvio que Paulinha não ficará, afinal, a governadora interina, Daniela Reinehr (sem partido) terá ao seu lado um grupo bastante ideológico, o que impede que ela mantenha a pedetista. Fica a dúvida: quem assumirá a liderança? Vale destacar que na sexta-feira (23), enquanto acontecia a sessão do Tribunal Misto do Impeachment, Paulinha viajou de helicóptero com Moisés.

 

Posse

Daniela já foi notificada que terá que assumir o Governo.

Ainda não há informação sobre o local exato, deve ser na Alesc, e o horário da posse de Daniela Reinehr (sem partido) como governadora interina. A única coisa que se sabe é que a cerimônia está marcada para amanhã. Ela já foi notificada logo após a sessão de sexta-feira, enquanto o governador afastado, Carlos Moisés da Silva (PSL) será notificado hoje.

 

O suplício de Lima

Daniela agradeceu o voto e tirou uma self com Lima

O sentimento na Assembleia Legislativa em relação ao deputado estadual, Sargento Lima (PSL), é de no mínimo, um imenso incômodo, chegando até a uma grande revolta. O parlamentar, neófito na política, ao furar o acordo que tinha com os demais deputados se coloca numa posição de extrema fragilidade, pois como me disse uma fonte: “Afinal, agora quem confiará no Lima?”, questionou, destacando a pecha de “traidor” que ganhou corpo entre os parlamentares. Na política, salvo algumas traições, os acordos em geral não são quebrados, até para a manutenção da viabilidade política de um ocupante de mandato, até a boa relação com os demais parlamentares. Lima passará por dias difíceis e somente Daniela Reinehr (sem partido), que a partir de amanhã se torna governadora interina, poderá ao menos, minimizá-los.

 

Cargo no Executivo?

Num primeiro momento o nome do deputado estadual, Sargento Lima (PSL), até pode ter aparecido como a primeira opção para ser o líder de Daniela Reinehr (sem partido) na Assembleia Legislativa. Acontece que com o desgaste e a quebra de confiança em Lima, entre os demais parlamentares, a governadora em exercício teria uma liderança acéfala, pois falaria para as paredes sem ser ouvido pelos demais. O que restaria então, seria um cargo no Executivo, quem sabe na Segurança Pública, mas, Lima tem dois desafetos que não terão muita simpatia pela sua presença no governo. São eles, o deputado federal Coronel Armando (PSL) e o ex-ministro do Tribunal Superior Eleitoral, Admar Gonzaga, que já estiveram no final de semana com Daniela conversando sobre a montagem de um novo governo. Se depender da dupla, Lima não terá espaço, apenas se a governadora interina comprar a briga e assumir para ela a indicação.

 

Ajudou o Moisés?

Uma leitura que tem sido feita é de que a atitude do deputado estadual, Sargento Lima (PSL), pode salvar o governador Carlos Moisés da Silva (PSL) nos processos de impeachment. Não afirmo que irá salvar, mas nada está descartado sendo que Lima está sendo visto como traidor e integrante de um plano para colocar Daniela Reinehr (sem partido) no governo. Uma fonte muito próxima da residência oficial, relatou que Daniela já sabia antecipadamente que Lima votaria a seu favor.

 

Em busca de apoio

Uma fonte relatou que entre os contatos que a governadora interina, Daniela Reinehr (sem partido), teria feito, um teria sido com o ex-secretário de Estado e advogado, Felippi Mello. Ela quer a ajuda dos liberais, porém, a leitura inicial de Jorginho Mello (PL) é de que não deve, ao menos num primeiro momento, ter qualquer envolvimento com um lado ou com o outro, já que o governador afastado, Carlos Moisés da Silva (PSL), tem quatro votos favoráveis a ele.

 

Foco da Alesc

Conversei com alguns deputados estaduais sobre as próximas pautas da Assembleia Legislativa. Claro que o prosseguimento dos processos de impeachment contra o governador, Carlos Moisés da Silva (PSL), pelo menos até o fim do ano, devem ocupar os principais espaços, mas, deputados já adiantaram que estará na pauta a questão das sobras do duodécimo que passarão a ser obrigatoriamente devolvidas ao Executivo, caso o projeto seja aprovado. Outra questão que entrará com força é a reforma da Previdência, com um foco especial para cima dos principais salários de carreira no Estado. Um terceiro assunto, a forma que o Executivo trabalhará o retorno às aulas nas escolas da rede privada. Um dos parlamentares chegou a me dizer que será dada rapidez à discussão.

 

Lummertz prega união

O ex-ministro e colunista do SCemPauta, Vinícius Lummertz, que mesmo secretário de Turismo em São Paulo, está sempre atento à cena econômica e política de Santa Catarina, seu estado, considera que “este é o momento de união dos catarinenses em torno da governadora Daniela Reinehr, independentemente no que vai acontecer no prosseguimento dos processos de impeachment”. Lummertz acredita que, pelas articulações feitas por Daniela nos bastidores da votação da última sexta-feira, “ela tenderá – e isso agora é imprescindível para Santa Catarina – buscar um governo de coalizão, que lhe garantirá a governabilidade”. Para Lummertz, “Santa Catarina precisa agora de um programa de curto prazo na área da Saúde, garantindo a segurança sanitária da população e articulando ações para que os catarinenses possam ser vacinados assim que possível; um plano de retomada econômica com o apoio das entidades representativas de trabalhadores e empresários; e um plano para o turismo de temporada, quando o Estado deverá ser um dos destinos mais procurados nacional e até internacionalmente”. Vinícius Lummertz prega “espíritos desarmados e dispostos a lutar pelo coletivo, acima de partidos, convicções políticas e interesses corporativos. E com isso manter a boa imagem que Santa Catarina tem em todo o país”.

 

Destaques

Vale alguns destaques sobre a sessão de sexta-feira (23) do processo de impeachment e, de personagens que agiram antes mesmo da sessão. Os advogados Marcos Probst e Ana Blasi demonstraram grande competência na defesa de seus clientes, mesmo com alguns erros e derrotas no decorrer do percurso. O experiente Péricles Prade, em sua defesa a favor do processo também merece o destaque, agora, quem realmente votou de forma qualificada foi o deputado estadual, Luiz Fernando Vampiro (MDB) e o desembargador Luiz Felipe Schuch, que mostraram o verdadeiro caráter político do processo de impedimento. Também merece destaque a ida de Daniela Reinehr (sem partido) ao parlamento assistir ao vivo a sessão, num verdadeiro gesto de coragem.

 

Irritada

A desembargadora Claudia Lambert de Faria leu por mais de duas horas o seu voto no processo de impeachment. Ela chegou a demorar tanto, que bilhetes lhe foram enviados pedindo para encerrar. Quando a secretária colocou o bilhete a mesa da magistrada, Claudia não escondeu a sua insatisfação com o pedido para que encerrasse, já que alguns integrantes do Tribunal Misto estavam cansados.

 

Celesc

O Tribunal de Contas do Estado já pediu explicação à direção da Celesc a respeito da tentativa via conselho, de mudar o contrato de gestão deste ano, para manter o recebimento ao presidente da companhia, Cleicio Poleto Martins e a demais diretores, de valores exorbitantes de Participação de Lucros e Resultados. O presidente do TCE, Adircélio de Moraes, tomou conhecimento através da denúncia feita pelo SCemPauta e imediatamente mandou que a equipe técnica da Corte de Contas verificasse a situação. A maioria dos conselheiros da Celesc derrubaram a proposta imoral na quinta-feira (22), impedindo que Martins e demais integrantes da diretoria recebam no próximo ano valores absurdos relativos a um ano tão difícil economicamente, por causa da pandemia. Vale destacar o posicionamento dos conselheiros que impediram tamanho absurdo, assim como a insensibilidade dos diretores.

 

Homenageado

O senador catarinense Jorginho Mello (PL) recebeu a medalha da Ordem do Mérito Aeronáutico, em cerimônia com o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) em celebração do Dia do Aviador, na Base Aérea de Brasília. A medalha foi concedida a personalidades brasileiras, militares, ministros e parlamentares, por serviços prestados ao Brasil durante o combate aos impactos causados pela pandemia de covid-19. A condecoração é a mais alta honraria brasileira que pode ser dada a um civil pela Aeronáutica. Jorginho recebeu a medalha pelos projetos apresentados e aprovados para mitigar os impactos econômicos da pandemia, como o Programa Nacional de Apoio as Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe).

 

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