Segundo Impeachment: Moisés conhece o seu tamanho após a votação que aprovou a admissibilidade; Projeto que acaba com a TPA é aprovado; Futuros vereadores de Criciúma não poderão assumir cargos comissionados entre outros destaques
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O governador Carlos Moisés da Silva (PSL) mais uma vez teve a noção do seu tamanho político, com a derrota de ontem no plenário da Assembleia Legislativa pelo placar de 36 votos a 2 contrários ao prosseguimento do segundo processo de impeachment, motivado pela compra dos 200 respiradores da Veigamed e pela contratação do Mahatma Gandhi para o Hospital de Campanha.
Os votos contra foram da líder do governo, Ana Paula da Silva, a Paulinha (PDT), e do coronel Onir Mocellin (PSL). Vicente Caropreso (PSDB), o qual segundo algumas fontes votaria a favor da admissibilidade do processo, não se sentiu bem e não votou. O presidente Júlio Garcia (PSD) mais uma vez se absteve.
Vale destacar o relatório apresentado pelo deputado Valdir Cobalchini (MDB), que estritamente técnico, fez justiça ao tirar a vice-governadora Daniela Reinehr (sem partido) do processo, afinal, ela não teve participação alguma na compra dos respiradores e nem nas negociações do Hospital de Campanha. Por outro lado, mesmo destacando que ainda não se tratava do julgamento de Moisés, Cobalchini afirmou que há indícios suficientes para a continuidade do processo. A fala foi apoiada por quase todos os parlamentares com a exceção de Paulinha e Mocellin, inclusive com a lembrança de que o governador demonstrou ter um claro conhecimento das compras de respiradores e, até mesmo de seus valores durante as lives realizadas para anunciar as medidas de combate ao Coronavírus.
O fato é que o parlamento não quer mais dialogar com Moisés, que sempre virou as costas aos deputados. A exemplo da população, os parlamentares não acreditam mais no atual governo, menos ainda em um governador o qual é apontado como um futuro tirano sem as mínimas condições de governar, caso escape do processo de impedimento.
Sente vergonha
A líder do governo na Alesc, a deputada Ana Paula da Silva, a Paulinha (PDT), apelou em sua manifestação ao dizer que tem vergonha do parlamento por causa do processo de impeachment. Ao final da sessão alguns deputados em conversa reservada desaprovaram a fala da pedetista e, teve quem sugerisse que ela renunciasse ao mandato. “Já que tem vergonha do parlamento, deveria renunciar. Ela também faz parte desse mesmo parlamento”, disse um dos deputados.
Primeiro impeachment
Tenho conversado com um bom número de deputados estaduais sobre o primeiro processo de impeachment contra o governador, Carlos Moisés da Silva (PSL), e sua vice Daniela Reinehr (sem partido). Todos aguardam com reserva a votação de sexta-feira (23), afinal, não depende somente do parlamento à aprovação do relatório do deputado Kennedy Nunes (PSD). Cinco desembargadores terão a missão de votar junto, sendo que o voto favorável de apenas um, somado aos dos deputados, já será o suficiente para afastar pelo prazo de 180 dias Moisés e Daniela. Ninguém se arrisca a dizer o que acontecerá depois de amanhã, devido a um claro sentimento de grande respeito aos magistrados que votarão.
Setor das fake news
Um grupo que não para de trabalhar no governo de Carlos Moisés da Silva (PSL) é o ligado a produção de “fake news”. Seguem espalhando através de seus porta vozes que sexta-feira está tudo decidido para não passar o processo de impedimento, que os deputados estão em clima de “já ganhou”, que já há distribuição de cargos num futuro governo que ocupará o lugar de Moisés e Daniela entre outras mentiras. Fazer uma boa gestão o governo Moisés já demostrou que não consegue, agora, tenta desestabilizar o processo de impedimento e o próprio Estado, muito embora, também de forma incompetente. O pior, é que a população é quem paga a conta desses absurdos.
Ministro com governadores
O governador Carlos Moisés da Silva (PSL) participou ontem à tarde de uma webconferência com o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello. Todos os demais governadores também participaram do encontro virtual para discutir a programação de vacinação contra o Coronavírus. Pazzuello informou que a vacina deve estar disponível em janeiro deste próximo ano, só dependendo da aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). “Todas serão do SUS. As vacinas serão de todos os brasileiros e vão ser distribuídas por um plano nacional de imunização. Quanto a obrigatoriedade, a posição do Ministério da Saúde com o Governo Federal é que vamos fazer uma grande campanha de vacinação, mas não pretendemos obrigar ninguém a tomar a vacina. Faremos uma campanha de conscientização e realmente levar a vacina a todos os brasileiros”, disse Pazuello. De acordo com o ministro, a vacina chinesa em parceria com o Instituto Butantã de São Paulo deve chegar um mês antes da AstraZeneca, da universidade de Oxford.
TPA
O plenário da Assembleia Legislativa aprovou em segundo turno de votação, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que proíbe a cobrança de pedágios urbanos em Santa Catarina. A matéria contou com 32 votos favoráveis e apenas dois contrários. De autoria do deputado Ivan Naatz (PL), a PEC altera o artigo 128 da Constituição Estadual, com o objetivo de proibir a cobrança de taxa de qualquer natureza que limite o tráfego de pessoas ou de bens, inclusive por meio de Taxa de Preservação Ambiental (TPA), a exemplo das que já são cobradas pelos municípios de Bombinhas e Governador Celso Ramos. Foi a segunda derrota da líder do governo, Ana Paula da Silva, a Paulinha (PDT), que foi quem criou a taxa no município de Bombinhas de onde foi prefeita por quase dois mandatos.
Covid aumenta
Pelo menos dois hospitais de Florianópolis anunciaram a suspensão de cirurgias eletivas com necessidade do uso de UTI. Está havendo um aumento do número de casos de Coronavírus e a situação começa aos poucos a preocupar as autoridades sanitárias. Já o prefeito da capital, Gean Loureiro (DEM), deve ter alta ainda nesta semana. Ele está internado devido a complicações provocadas pelo novo Coronavírus.
Dinheiro na cueca
O senador Jorginho Mello (PL) na condição de membro do Conselho de Ética do Senado, quer a apuração o quanto antes do caso do senador Chico Rodrigues (DEM), que em uma Operação da Polícia Federal foi pego com dinheiro escondido nas nádegas. Quando questionado sobre a licença pedida por Rodrigues, Jorginho respondeu: “Ele tirou licença, o problema é dele”, destacando que o quanto antes a comissão precisa se reunir. O senador catarinense também criticou o STF afirmando que o judiciário não pode interferir em outros poderes. “Cada macaco no seu galho”, afirmou.
Ficará na Câmara
Os vereadores de Criciúma aprovaram ontem por unanimidade, em primeira votação, o Projeto de Emenda à Lei Orgânica que veda a possibilidade de um vereador assumir cargo como secretário municipal, salvo se o mesmo renunciar ao seu mandato na Câmara. A matéria teve parecer pela ilegalidade, que foi derrubado. O projeto é de autoria do vereador Ademir Honorato (MDB) e ainda passará por uma segunda votação.
Neivor assume
Ainda enlutada pela morte do presidente Mário Lanznaster, a direção da Coopercentral Aurora oficializou o vice-presidente, Neivor Canton, como presidente interino. Conversando com lideranças ligadas a cooperativa, soube que a tendência é de que Canton seja eleito quando houver a escolha do novo presidente.
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