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Cleicio é um dos nomes mais próximos a Moisés.

O governo de Carlos Moisés da Silva (PSL) e de Daniela Reinehr (sem partido) que estão prestes a serem afastados devido ao processo de impeachment, deve ter alguns capítulos reveladores, mostrando que a nova política poderá ser considerada como uma das mais nefastas da história de Santa Catarina. Eu tive acesso ao sumário da ata da reunião do Conselho de Administração da Celesc que ocorreu ontem. Pasmem, uma proposta incluída no item 5 pode garantir valores milionários a membros da diretoria, até mesmo quando não estiverem mais no comando da companhia.

Quem acessar a ata que estará por completo ainda hoje no site da Celesc, verá que o presidente Cleicio Poleto Martins e demais diretores indicados por Moisés, ao apagar das luzes tentarão mudar a regra do jogo quanto a Participação dos Lucros e Resultados (PLR). Antes vale lembrar que em julho passado, eles embolsaram ganhos milionários por causa da mesma PRL, em meio a pandemia, mesmo com toda a crise que atingiu a economia do país e do Estado. O argumento de quem recebeu polpudos valores, é que no ano passado foi aprovado o valor limite equivalente a seis vezes o salário recebido por cada.

A questão é que para o atual exercício, foi aprovado o mesmo limite do ano passado, ou seja, no próximo ano, em tese, deveriam receber os mesmos valores, dependendo do desempenho da companhia. Acontece que por causa da pandemia, até mesmo por uma questão óbvia, os indicadores de desempenho pensados para este ano serão bem menores do que o estimado. Prevendo essa situação, Martins e demais diretores indicados pelo governo tiveram a ideia de alterar o contrato de gestão, considerando todos os eventos relacionados a pandemia como não recorrentes. Caso aprovado antes do afastamento de Moisés e Daniela, estará assegurado o recebimento de uma nova PRL milionária no próximo ano, mesmo com a provável exoneração do presidente e demais membros da direção.

Os acionistas minoritários se mostraram contra a manobra que não foi aprovada ontem, mas que está sendo articulada para uma reunião extraordinária marcada para o próximo dia 22, às 17h, ou logo após o fechamento da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), que é vinculada ao Ministério da Fazenda. Vale lembrar que a data será véspera da sessão que pode determinar o afastamento do governador e da vice, por isso mesmo, Cleicio que recebe mensalmente R$ 46.033,36, e que na última PRL embolsou R$ 276.200,16 de uma vez só, quer garantir ao apagar das luzes através de um aditivo ao contrato de gestão, o recebimento de mais uma gorda participação.

 

Debate

Hoje às 11h teremos mais um SCemDebate. Maria Helena, Adelor Lessa, Ananias Cipriano e eu, estaremos ao vivo debatendo os principais assuntos de Santa Catarina. Acesse: www.scempauta.com.br

 

Ataques

Ontem recebi uma imagem criada por alguma pessoa maldosa que tenta manchar reputações, em que sou atacado covardemente. Nada de grave no conteúdo, o que é grave é a tentativa de manchar a minha reputação, mas já aviso que não conseguirão. Chegaremos em quem criou o conteúdo. Já temos algumas informações, a exemplo do aparelho da marca Apple que foi utilizado para criar. Nenhum criminoso virtual escapará dos nossos longos braços, que levarão essa, ou essas pessoas a pagar na justiça. Quando isso acontecer, veremos qual reputação será manchada. Já não basta as inúmeras tentativas de invasão que o SCemPauta sofre diariamente, agora, alguém tenta me atacar pessoalmente. Aqui não!

 

Super semana

A próxima semana será marcada por grandes decisões que serão tomadas na Assembleia Legislativa. Na terça-feira (20) acontece a votação da admissibilidade em plenário, do segundo processo de impeachment, neste caso, apenas contra o governador Carlos Moisés da Silva (PSL). Serão necessários dois terços dos parlamentares, ou seja, 27 votos para aprovar e remeter o processo ao Tribunal Misto, que é formado por cinco deputados e cinco desembargadores. Na sexta-feira (23), será a vez da segunda admissibilidade do primeiro processo de impeachment, que já está na fase do tribunal, ou seja, deputados e desembargadores votarão se aprovam, ou não, o relatório do deputado Kennedy Nunes (PSD). Se aprovado pela maioria simples, ou seja, por seis votos, Moisés e a vice-governadora Daniela Reinehr (sem partido) serão afastados pelo prazo de até 180 dias.

 

Causou irritação

Os deputados se mostraram irritados com as medidas protelatórias da defesa do governador, Carlos Moisés da Silva (PSL), no segundo processo de impeachment. A reclamação foi geral. A defesa do governador está no seu direito, porém, protelar não resolve a questão. Por outro lado, nos bastidores é dito que o advogado Marcos Probst queria a suspensão da sessão, pois aguarda a resposta do ministro do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes, a um pedido apresentado por ele. Probst alega que provas obtidas no escritório e na residência do advogado Leandro Adriano de Barros ajudaram a sustentar o processo de impedimento, lembrando ao magistrado que ele mesmo considerou ilegais as provas obtidas na residência de Barros, devido à falta de um representante da OAB.

 

Desafio

Ontem ao final da tarde após o anúncio do presidente da Assembleia Legislativa, Júlio Garcia (PSD), de que a sessão somente acontecerá na próxima terça-feira (20), Marcos Probst, advogado do governador Carlos Moisés da Silva (PSL) e a deputada estadual Ana Paula da Silva, a Paulinha (PDT), saíram em direção ao hall do parlamento comemorando a decisão. Pessoas próximas dizem que a líder do governo não escondeu a alegria com o adiamento. Um parlamentar que estava de saída chegou perto dela e de Probst e desafiou: “Paulinha, aproveitem que vocês ganharam até terça para a votação e pede para o governador depositar na conta do Estado os R$ 33 milhões. É capaz de vocês conseguirem mudar o placar”, disse o deputado que saiu dando risada sob os olhares de Paulinha e do advogado que não gostou da brincadeira.

 

À serviço?

Chamou a atenção ontem na Assembleia Legislativa a presença de membros do setor de Comunicação do Governo do Estado, acompanhando o advogado, Marcos Probst, inclusive organizando uma espécie de coletiva. Até o suposto secretário da Comunicação estava por lá, passeando e conversando. Vale lembrar que o processo de impeachment é contra o governador, Carlos Moisés da Silva (PSL), não contra o Estado. Como pode servidores do Estado em horário de trabalho, estarem na Alesc acompanhando o advogado particular de Moisés?!

 

Culpa da vice?

Na Casa D’Agronômica assessores buscam em todos os cantos alguma informação sobre o arquivamento das denúncias contra a vice-governadora, Daniela Reinehr (sem partido), no segundo processo de impeachment. O governador Carlos Moisés da Silva (PSL) acredita que houve um acordo entre ela e os deputados e, que inclusive, Daniela estaria participando de uma articulação para assumir o governo. No aproximar do provável afastamento de Moisés e Daniela, parece que o clima junto ao governador e assessores é de que estão cercados por inimigos. O fato é que a Alesc livrou Daniela pelo simples fato de que ela não teve participação alguma, nem na compra dos respiradores, tão pouco no Hospital de Campanha.

 

Pedido de afastamento

Ontem foi protocolado um segundo pedido de afastamento de Júlio Garcia (PSD) da presidência da Assembleia Legislativa. O autor é o corretor de imóveis, Michel Pinheiro. Filiado ao PSDB pelo qual disputou uma vaga à Câmara de Vereadores de Florianópolis, Pinheiro coordena a Marcha Contra a Corrupção em Santa Catarina

 

 PRF sem efetivo

Em todo o trecho da região norte do estado, de Garuva até Itajaí, em quase 120 km de rodovia há flagrante falta de efetivo policial rodoviário. Durante o feriadão do dia 12, somente cinco policiais para dar conta do grande volume de veículos que visitaram Santa Catarina, especialmente os paranaenses que invadiram o litoral norte do Estado. Cidadãos reclamavam de várias irregularidades ao longo da rodovia, principalmente as ultrapassagens pelo acostamento. Neste local o trânsito em acostamento passou a ser o “novo normal”. Enquanto isso, o posto policial fechado dava a impressão da falta de segurança e abandono.

 

Comunidade LGBT

A advogada Margareth Hernandes denunciou ontem o que chamou de manobra da Advocacia Geral da União (AGU), que segundo ela, pode acabar com uma conquista da comunidade LGBTQI. É que a AGU ingressou com embargos declaratórios pedindo esclarecimentos sobre a decisão do Supremo Tribunal Federal que em junho de 2019, enquadrou a homofobia e a transfobia nos crimes de racismo, com pena de até três anos de reclusão. Segundo Margareth, que é militante dos direitos LGBTQI, este é um ataque à liberdade e pode acabar com uma conquista que foi resultado de anos de luta. “A decisão de criminalizar ocorreu em junho do ano passado, no entanto, o acórdão foi publicado somente agora. A manobra da AGU alega obscuridade da decisão, sob pretexto da liberdade religiosa.

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