Ontem o governador, Carlos Moisés da Silva (PL), concedeu a sua primeira coletiva à imprensa. Fora os costumeiros erros na comunicação do governo, assunto que abordarei mais adiante, foi possível assistir um Moisés um pouco diferente, mais desinibido para falar e com números sendo apresentados de forma a clarear a situação financeira de nosso Estado.

Moisés herda uma dívida de R$ 37,8 bilhões, sendo que R$ 20,8 bilhões devem ser pagos de médio a curto prazo. Pela projeção do governo devem ser pagos nos próximos quatro anos, R$ 11,5 bilhões, sendo R$ 2 bilhões neste ano, R$ 2,8 bi no ano que vem, R$ 3,1 bi em 2021 e R$ 3,2 bi em 2022, último ano do governo. Além disso, recebe um Estado que gasta mais do que arrecada, sendo que ficaram R$ 700 milhões de restos a pagar.

Para sanar o Estado, estão os cortes de 922 cargos comissionados e funções gratificadas, número que poderá aumentar na medida em que a presença da tecnologia aumentar. Venda de imóveis, das aeronaves do governo e a otimização da gestão estão no pacote para a contenção do custeio. Através de decreto, serão desarticuladas as Agências Regionais, os servidores efetivos serão realocados e o objetivo é economizar cerca de R$ 89 milhões por ano com pessoal.

Por fim, Moisés se mostrou muito bem informado sobre a situação e, convicto de que precisa fazer o Estado se desenvolver como forma de gerar mais arrecadação. Para isso, o governo separa um orçamento específico para a infraestrutura, o que é animador caso ele consiga tornar a intenção uma realidade. Ficou claro, que isso está no planejamento mas, o dinheiro público é limitado, havendo a necessidade de parcerias público privadas e concessões. Estradas, portos e aeroportos são o ponto de partida para um Estado que tem potencial, mas, que precisa ser estruturado para dinamizar ainda mais a sua economia.

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Incentivos fiscais

 O governador do Estado, Carlos Moisés da Silva (PSL), destacou que todos os incentivos fiscais serão analisados. Segundo ele, não há motivo para apreensão, porém, deixou claro que haverá uma redução. Junto ao secretário de Estado da Fazenda, Paulo Eli, Moisés definiu que será criado um grupo de trabalho para avaliar cada isenção, inclusive, chamando as empresas para conversar. O governo já começa a identificar alguns produtos que tiveram os seus valores majorados em relação a época em que foram exonerados e, que, em tese, não precisam mais de isenção. Será um trabalho delicado, onde o governo tem que cuidar para não perder nenhuma empresa importante, que veio para Santa Catarina atraída pelo benefício fiscal.

Pacto Federativo

Ao sentar na cadeira de governador, Carlos Moisés da Silva (PSL) percebe que é urgente uma discussão sobre o Pacto Federativo. Ontem na coletiva ele destacou que dos R$ 50,323 bilhões que Santa Catarina arrecada para o Governo Federal, recebe de volta, apenas R$ 1 bilhão, ou seja, 2,41% do que produz. Inclusive, eu já trouxe este assunto aqui no SC em Pauta, destacando o fato de sermos um Estado pagador, enquanto que os chamados estados pobres recebem cerca de 200% em relação ao que produzem para a União. Para Moisés, se o governo central enviasse de volta cerca de 5% do que é arrecadado aqui, já ajudaria a sanar as contas do Estado.

Desperdício

Uma constatação da então equipe de transição apresentada ontem pelo governador, Carlos Moisés da Silva (PSL), é de chocar a qualquer cidadão. O Governo do Estado terá que fazer uma maratona para identificar os seus bens e imóveis. Um relatório diz que o Estado tem imóveis sem uso, enquanto que aluga outros imóveis que não precisaria e pagando altos valores, sem contar a cedência de imóveis para outros órgãos que não precisam. Em suma, o governo não sabe quantos imóveis tem. É o fruto do descaso com o que é público.

Amadorismo

Definitivamente esse governo precisa entender que a comunicação é coisa séria e, precisa ser feita com mais carinho e profissionalismo. Como que se corta a transmissão de uma coletiva antes do encerramento? O governador falou por cerca de 50 minutos, quando chegou a hora das perguntas, simplesmente foi cortada a transmissão. Qual é o problema, não pode transmitir os questionamentos? Essa atitude foi desrespeitosa com os profissionais que não puderam ir a Florianópolis. O nosso público sai prejudicado devido a uma atitude no mínimo, inexplicável se tratando de profissionais que devem conhecer o funcionamento de uma coletiva.

Críticas de Joinville

Conforme escrevi ontem, empresários e lideranças políticas de Joinville criticaram o governo de Carlos Moisés da Silva (PSL), por não ter escolhido nomes de Joinville para ocupar espaço no governo. Ontem, foi anunciado o nome de Derian Campos, para a Secretaria de Assuntos Internacionais. Campos é considerado um possível candidato do PSL à Prefeitura de Joinville.

Embate

Outro nome que poderá aparecer na eleição a prefeito de Joinville, o deputado estadual, Kennedy Nunes (PSD), firmando a sua condição de oposição ao governo de Carlos Moisés da Silva (PSL), teceu várias críticas à falta de representatividade da maior cidade do estado. Nunes chegou a gravar um vídeo com críticas a Moisés, antes do anúncio do nome de Derian Campos. Durante a coletiva, Moisés aproveitou para cutucar o pessedista, ao dizer que não é preciso representar todas as regiões do estado com pessoal, como se fossem abandonadas por não terem um secretário. Acho que estamos vendo os primeiros embates entre Moisés e Kennedy.

Esmeraldino

Lucas Esmeraldino, assumiu ontem a Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico Sustentável e Turismo. A solenidade ocorreu ontem no gabinete do governador, Carlos Moisés da Silva (PSL), juntamente com a vice, Daniela Reinehr (PSL) e demais secretários. Debruçados sobre os programas e ações da Secretária há pelo menos 25 dias, desde que foi convidado a assumir o cargo, Esmeraldino e sua equipe mapearam os principais pontos fortes e definiram estratégias que irão nortear a nova gestão. Estruturadas em cinco pilares estratégicos, as ações têm como missão de potencializar e dar visibilidade aos programas existentes. Na visão do novo secretário, a Secretaria e suas áreas vinculadas terão um papel fundamental frente ao desenvolvimento econômico e turístico de Santa Catarina.

Juventude

A posse de Jayana Nicaretta da Silva, natural de União do Oeste, como a Secretária Nacional da Juventude no governo de Jair Bolsonaro (PSL), pegou muita gente de surpresa. Até mesmo o deputado estadual eleito, Altair Silva (Progressistas), que teria em Jayana uma futura assessora, soube pela coluna. Jayana é formada em engenharia do petróleo, já foi a vereadora mais jovem do estado e é ligada a movimentos jovens no Oeste. Foi escolhida pela ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, Damares Alves, após uma análise de seu currículo. Além de trabalhar pela juventude, Jayana poderá aproveitar a sua participação no governo para ajudar no atendimento das pautas de Santa Catarina.

Cassação

O Diretório Municipal do Partido dos Trabalhadores de Itajaí iniciou o ano marcando posição. Os petistas pedem a Justiça a cassação do mandato da deputada estadual eleita para um único mandato, Ana Carolina Campagnolo (PSL). De acordo com um dos membros do diretório, Glauco Piai, a Ação de Impugnação do mandato junto ao Tribunal Regional Eleitoral, é apenas um dos pontos de um planejamento de oposição sistêmica a qualquer projeto de Campagnolo, que teve as contas de campanha rejeitadas, o que motivou a ação. “Quem não consegue diferenciar as contas pessoais das contas da campanha política, demonstra não saber diferenciar o público do privado e dificilmente também saberá o que é um Plano Plure Anual ou mesmo uma Lei de Diretrizes Orçamentárias”, afirma.

Candidato

O vereador licenciado e atual secretário de Desenvolvimento Econômico de Chapecó, Márcio Sander (PR), anunciou que é pré-candidato a prefeito para a próxima eleição. Sander lembrou que já abriu mão em outras oportunidades, mas, que agora chegou a sua vez de disputar o comando do município. Sander já presidiu a Câmara de Vereadores mais de uma vez, além de ter ocupado diversas secretarias municipais.

Alceu na Segurança

Com o fim do governo de Eduardo Pinho Moreira (MDB), o prefeito de Florianópolis, Gean Loureiro (MDB), não perdeu tempo. Ele convidou o ex-secretário de Estado da Segurança Pública, Alceu Pinto, para ser o seu secretário de segurança.

União na capital?

O vereador de Florianópolis, Afrânio Boppré (PSOL), através de sua conta em uma rede social, escreveu que olhando politicamente para este ano, “vislumbra imperiosa necessidade de “partidos democráticos e populares resistirem bravamente em 2019 olhando para 2020”. A ideia de Boppré que já disputou a prefeitura e também o Governo do Estado, é de unir os partidos de esquerda.

Nome lembrado

Uma liderança que poderá aparecer como candidata a prefeita de Florianópolis, é a ex-deputada estadual, Ângela Albino (PCdoB). Pelo menos é o que tem sido dito por algumas lideranças, que pretendem dar um estimulo para que Ângela aceite o desafio.

Câmara de Florianópolis

A Câmara de Vereadores de Florianópolis realizou ontem a posse da nova Mesa Diretora para o Biênio 2019 e 2020. O vereador Roberto Katumi Oda (PSD) assumiu a presidência no lugar do vereador Guilherme Pereira (MDB). O vereador Fábio Braga (PTB) é o 1º vice-presidente, ele assumirá o comando da Casa no próximo ano. Também foram empossados o vereador Marcelo da Intendência (Progressistas) como 2º vice-presidente, o vereador Dinho (MDB) como 1º secretário e Gabrielzinho (PSB) como 2º secretário. Katumi já havia assumido anteriormente, no ano de 2018, a presidência da Casa durante a licença de Pereira e também no mesmo ano chegou a assumir a Prefeitura no período de férias do prefeito Gean Loureiro (MDB).

Câmara de São José

A nova Mesa Diretora da Câmara Municipal de São José foi empossada ontem, para o biênio 2019/2020. Assumiram os postos de presidente, Michel Schlemper (MDB); vice-presidente, Nardi Arruda (PSD); 1º e 2º secretários, Edilson Vieira (PSDB) e Abel Veiga (PHS). Em sua primeira fala como presidente do Legislativo, Michel Schlemper reconheceu o trabalho do vereador Orvino Coelho de Ávila, que comandou a Casa entre 2015 e 2018, enaltecendo as devoluções de quase R$ 40 milhões ao Executivo, bem como a realização de Concurso Público em 2016. O parlamentar ainda pediu união aos demais colegas em prol da cidade.

Badeko de volta?

Ninguém fala nada, mas, há o temor na Câmara de Florianópolis, que Badeko seja chamado para ocupar a vaga deixada por Bruno Souza (PSB), que assumirá como deputado estadual. O constrangimento é enorme no parlamento da capital.

Risco

O general Augusto Heleno, confirmou que havia um atentado sendo organizado para a posse do presidente da República, Jair Bolsonaro (PSL). Heleno relatou a desativação de carros bomba, entre outras ações que não puderam ser reveladas.

 

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