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Dr. Gabriel De Lellis Neto | Neuropediatra

O que são os níveis de suporte no autismo?
Os níveis de suporte são uma maneira de classificar a quantidade de apoio/ajuda que os autistas precisam para realizar as atividades da vida diária, quanto maior a necessidade de auxílio maior o nível de suporte.

Os instrumentos clínicos e critérios atualmente recomendados na literatura para determinar o nível de suporte necessário em indivíduos com transtorno do espectro autista (TEA) incluem uma abordagem multidimensional, fundamentada na avaliação da gravidade dos sintomas centrais (comunicação social e comportamentos restritos/repetitivos), do funcionamento intelectual, das habilidades adaptativas e do impacto funcional. O DSM-5-TR, publicado pela American Psychiatric Association, orienta que a classificação dos níveis de suporte (nível 1, 2 ou 3) seja baseada na intensidade do suporte necessário para o funcionamento adaptativo, e não apenas na gravidade dos sintomas autistas isolados

Os níveis são:
Nível 1
: Requer suporte — Indivíduos apresentam dificuldades sociais e comportamentais que exigem algum suporte, mas conseguem funcionar com intervenções relativamente leves. Geralmente, há prejuízo perceptível sem apoio, mas o indivíduo pode se adaptar em ambientes estruturados.

Nível 2: Requer suporte substancial — Indivíduos têm déficits mais marcantes em comunicação social e os comportamentos restritos/repetitivos são mais facilmente identificáveis, além de ocasionar maiores prejuízos nas capacidades de adaptação do paciente, necessitando de intervenções mais intensivas e frequentes para manter o funcionamento adaptativo. O prejuízo é evidente mesmo com suporte. Nesse caso um observador comum já consegue perceber a maioria dos sinais.

Nível 3: Requer suporte muito substancial — Indivíduos apresentam déficits severos em comunicação social e comportamentos restritos/repetitivos, com funcionamento adaptativo gravemente comprometido. Necessitam de suporte contínuo e intensivo em todos os ambientes, ou seja, a criança depende de um responsável para quase todas as atividades da vida diária A comunicação é muito limitada, muitas vezes, inexistente ou apenas com ecolalias. Pequenas mudanças na rotina já são o suficiente para causar sofrimento.

Esses níveis são atribuídos separadamente para os domínios de comunicação social e comportamentos restritos/repetitivos, e refletem a necessidade de suporte, não apenas a gravidade dos sintomas. A determinação do nível é influenciada por fatores como funcionamento intelectual, habilidades adaptativas e sintomatologia autista, conforme demonstrado em estudos clínicos. O objetivo é orientar intervenções e serviços adequados à necessidade individual.
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Na prática clínica, a determinação do nível de suporte é feita por meio de julgamento clínico integrado, utilizando resultados de instrumentos padronizados, como escalas de avaliação de sintomas autistas (por exemplo, ADOS-2, CARS), testes de funcionamento intelectual (por exemplo, WISC-V), e escalas de habilidades adaptativas (por exemplo, Vineland Adaptive Behavior Scales). Estudos mostram que os níveis de suporte atribuídos por clínicos correlacionam-se com escores de funcionamento intelectual, adaptativo e sintomatologia autista, reforçando a importância da avaliação multidimensional.

Além disso, a literatura destaca que a avaliação deve considerar o contexto ambiental e as necessidades individuais, pois o impacto funcional pode variar independentemente da gravidade dos sintomas autistas. Não há consenso sobre um único instrumento para definir o nível de suporte; recomenda-se a integração de múltiplos instrumentos e critérios clínicos, sempre fundamentados na orientação do DSM-5-TR da American Psychiatric Association.
Então nem sempre é possível definir o nível de suporte de um paciente em uma única consulta.

Dr. Gabriel De Lellis Neto | Neuropediatra
Neurologista Infantil
CRM SC 37225 RQE 25449
CRM RS 45382 RQE 44286
📍Hospital Cmt. Lara Ribas