PSD realiza evento e firma união em torno de JR; secretário da Saúde irá à Alesc para esclarecimentos; deputados devem barrar o enfraquecimento da CGE – e outros destaques
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O PSD realizou um evento na noite de ontem, em São José. Organizado pelo prefeito Orvino de Ávila (PSD), o encontro serviu mais uma vez para o partido reafirmar o seu projeto de disputar o Governo do Estado, tendo candidatura própria.
O pré-candidato a governador, prefeito de Chapecó, João Rodrigues, destacou que é um projeto sem volta e que não recuará, tanto que anunciou que, no dia 23 de março, renunciará ao cargo de prefeito, quando passará a gestão para o seu vice, Valmor Scolari (PSD). A partir dessa data, segundo Rodrigues, se dedicará integralmente à sua pré-campanha ao Governo do Estado. Para ele, depois de mobilizar tanta gente nos eventos que o partido realizou no decorrer do ano, não há como recuar.
Durante a sua fala, Rodrigues mostrou o tom que dominará os seus discursos a partir de março do próximo ano, ao criticar a gestão do governador Jorginho Mello (PL). “Como se explica R$ 15 bilhões em caixa e os moradores de rua tomando conta da Capital? Por que o Governo do Estado não investe nisso? É mais do que dinheiro, tem que ter projeto de governo”, destacou.
Em seu discurso, o prefeito anfitrião destacou a importância de manter uma relação republicana com o governador Jorginho Mello (PL), mas deixou claro que estará onde o seu partido estiver e que a sua bússola é o presidente da Assembleia Legislativa, Júlio Garcia. Se é de um norte que Orvino de Ávila precisava, o seu líder, clareou o horizonte para o prefeito de um dos maiores municípios do Estado.
Em seu discurso, Júlio, que é pré-candidato a deputado federal, disse que o PSD fará uma grande caminhada liderada pelo prefeito de Chapecó, onde ninguém perguntará o que João Rodrigues poderá fazer pelo partido, mas, sim, o que o PSD poderá fazer por ele. “Depois de uma grande vitória em outubro de 2026, é que nós vamos cobrar do João o que queremos do João. Nada mais, nada menos do que tu faz em Chapecó. Nós queremos que Santa Catarina tenha um governador preparado, competente, com espírito público e que sabe cuidar das pessoas”, disse um entusiasmado Júlio Garcia, olhando para Rodrigues.
Em outra parte do discurso, o presidente da Alesc destacou que o partido encerra o ano comemorando a união de suas lideranças em prol do projeto eleitoral do PSD para o governo. “Os nossos líderes estão aqui para dizer: João, nós estamos contigo. E na hora que você deixar a prefeitura, todos nós estaremos contigo numa caminhada cívica que vai nos levar a uma grande vitória. Não a vitória de um partido político. Não a vitória de um grupo, mas a vitória de Santa Catarina”, afirmou.
Quem também discursou foi a prefeita de Balneário Camboriú, Juliana Pavan, que começou afirmando que time que não entra em campo não joga. Ao lembrar do apoio que recebeu de Rodrigues durante a campanha municipal, prometeu apoiá-lo ao Governo do Estado, destacando a gratidão que tem pelo partido que a acolheu. Teve espaço na fala de Juliana até mesmo para uma cutucada no PL, ao dizer que no PSD não há espaço para brigas e picuinhas internas.
Nem todas as lideranças falaram, mas estavam no palco nomes como o prefeito de Camboriú, Leonel Pavan (PSD); o ex-prefeito de Criciúma, Clésio Salvaro (PSD); o ex-prefeito de Florianópolis, Gean Loureiro, representando o União Brasil; prefeitos e vereadores do PSD e do Progressistas; o deputado estadual Nilso Berlanda (PL), que se filiará ao PSD; além do vice-prefeito de Camboriú, Jozias da Silva, filiado ao Podemos, partido que está na base de Jorginho Mello (PL).
Não há dúvidas
O presidente estadual do PSD, Eron Giordani, fez questão de afirmar que não há dúvida sobre a união do partido em relação ao projeto de eleger o prefeito de Chapecó, João Rodrigues (PSD), ao Governo do Estado. Giordani rechaça qualquer fala sobre dúvidas em relação ao projeto e garante que o partido estará com Rodrigues nas urnas para disputar o governo.
Limpar o cenário

O governador Jorginho Mello (PL) tem uma meta: tirar o prefeito de Chapecó, João Rodrigues (PSD), do cenário eleitoral, seja da forma que for. E movimentos não faltarão para isso. O núcleo duro do governo entende que, se Rodrigues deixar o cenário, a eleição está ganha e Jorginho enfrentará um pleito sem grandes problemas. Agora, se o prefeito mantiver o projeto, mesmo com o favoritismo do governador, teremos uma eleição incerta no Estado. Ou seja, é tudo o que o líder do PL não quer. Portanto, Jorginho deve avançar para cima dos principais prefeitos pessedistas. Ele já vem fazendo movimentos, mas deve intensificar. A ordem é não deixar espaço para Rodrigues crescer e nem chegar vivo politicamente ao pleito.
PSOL está aberto

O vereador de Florianópolis e pré-candidato ao Governo do Estado, Afrânio Boppré (PSOL), considera possível uma aliança do que define como campo democrático, com o propósito de fortalecer o palanque para a reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no Estado. Afrânio esteve em Joinville no último domingo (30), onde se encontrou com o presidente nacional do PT, Edinho Silva. Caso haja a composição com o PSB indicando o candidato ao governo, Boppré poderá disputar uma das vagas ao Senado.
Caso das UTIs

O presidente da Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa, deputado Neodi Saretta (PT), enviou um convite ao secretário de Estado da Saúde, Diogo Demarchi Silva, para que participe, no próximo dia 10, de uma sessão da comissão para esclarecer os fatos apontados pelo relatório do Tribunal de Contas do Estado e pela matéria do SCemPauta. Silva aceitou o convite e comparecerá às 9h, na sala das comissões.
Resposta

O secretário de Estado da Saúde, Diogo Demarchi Silva, também respondeu ao pedido de informações apresentado pelo deputado estadual Neodi Saretta (PT), que se baseou na matéria do SCemPauta. Em um trecho da resposta, Silva relata: “As inferências realizadas em matéria jornalística não possuem respaldo técnico, pois não estão dentro do escopo do TCE/SC e da metodologia do relatório em questão. Sendo necessária a realização de um estudo epidemiológico com análise estatística apropriada da relação de causa e efeito dos óbitos citados, o que não é o caso”.
O que diz o relator do TCE

“A análise dos desfechos clínicos evidencia associação entre atraso na regulação e aumento da mortalidade: 16% de óbitos nas regulações tempestivas versus 22% nas intempestivas. Esses dados confirmam que atrasos na autorização de leitos impactam negativamente os desfechos clínicos dos pacientes, em conformidade com estudos científicos sobre mortalidade associada à demora na admissão em UTI. Desse modo, tendo em vista a inegável incidência de regulações intempestivas, denoto que a determinação de garantir 100% de tempestividade na regulação de leitos de UTI/SUS também não foi cumprida”, registrou o conselheiro do TCE, Luiz Eduardo Cherem.
E tem mais
A matéria que escrevi diz que essas irregularidades são alarmantes: 33% das regulações para leitos de UTI ocorreram após o período crítico de seis horas da solicitação de internação, estando associadas a uma taxa de óbito significativamente superior, de 22%. O percentual é comparado às regulações prévias consideradas tempestivas, que representam 16%, o que “pode evidenciar um impacto direto da demora na regulação sobre os desfechos clínicos dos pacientes”. Hoje, às 10h, no programa SCemPauta no Ar, abordarei esse caso, mais uma vez, em detalhes, inclusive analisando a manifestação do secretário.
Análise ao vivo
Assista ao SCemPauta no Ar, às 10h. Os assuntos da coluna estarão em destaque no programa apresentado pela jornalista Adriane Werlang, com os meus comentários. Bastidores, análises e denúncias no SCemPauta no Ar, que você acompanha aqui no site ou em nossos perfis oficiais no Instagram, YouTube, Facebook e X.
O jabuti do Jorginho
A coluna divulgou que o Governo do Estado enviou projeto para a Assembleia Legislativa propondo a retirada da Ouvidoria da Controladoria-Geral do Estado, passando para a Casa Civil, para poder controlar todas as denúncias de más práticas e corrupção no Executivo estadual. Em suma: um verdadeiro enfraquecimento da CGE para diminuir a transparência e blindar casos que podem lesar o Estado. Só que tem um detalhe: essa proposta foi inserida dentro de um projeto que trata do Procon. Ou seja, a ideia do governo era fazer passar a mudança contando com uma possível desatenção dos parlamentares.
Terá que recuar

Nos bastidores da Assembleia Legislativa, é dito que o Governo do Estado terá que recuar da tentativa de tirar a Ouvidoria da Controladoria-Geral (CGE). Os deputados entendem que a proposta não faz sentido e que somente servirá para enfraquecer o controle interno de possíveis irregularidades. Portanto, não vai prosperar. Quem se manifestou abertamente foi o deputado estadual Napoleão Bernardes (PSD), que afirmou não haver nenhum sentido que a Ouvidoria seja instalada na Casa Civil, que é uma secretaria política do governo. Bernardes, junto com os deputados Mário Motta (PSD) e Pepê Collaço (Progressistas), apresentou uma emenda para evitar o que Napoleão chamou de aberração político-jurídica e de retrocesso.
Quinto

O governador Jorginho Mello (PL) não perdeu tempo e nomeou, logo após receber a lista tríplice do Tribunal de Justiça, o advogado William Quadros. Uma informação de bastidores, não confirmada oficialmente, é de que Quadros teve o apoio do advogado Filipe Mello, filho do governador. Quadros foi o mais votado, o que acabou facilitando a vida de Jorginho. Era um dos nomes que contavam com a simpatia do TJ. Ele ficou empatado com a advogada Giane Bello, que também conseguiu imprimir um forte desempenho na disputa do Quinto.
Origem humilde
Filho de um ex-motorista, William Quadros superou na lista tríplice nomes como Márcio Vicari, filho de um ex-desembargador. Com a nomeação, Quadros passa a integrar o colegiado do Tribunal de Justiça de Santa Catarina. Vicari, que não foi o escolhido, mesmo tendo sido procurador-geral do Estado, também era visto com bons olhos por boa parte dos desembargadores.
Reação de Naatz

Conversei com o deputado estadual Ivan Naatz (PL) após a definição da lista tríplice do Quinto Constitucional. Ele atribuiu o resultado à fala do governador Jorginho Mello (PL), que, em um evento do Rota 22, disse que Naatz seria o escolhido, independentemente da colocação que ficasse na lista tríplice. Para o parlamentar, a manifestação de Jorginho foi desastrosa, pois provocou a união de dois grupos contra ele. “Eu não tive condições de enfrentar esses dois grupos”, afirmou. Mesmo assim, Ivan Naatz disse que segue fiel a Jorginho e ao seu governo.
Proposital?
Quando o governador Jorginho Mello (PL) afirmou que o deputado estadual Ivan Naatz (PL) seria o escolhido para o cargo de desembargador, algumas fontes ligadas à OAB e ao Poder Judiciário me disseram que foi um recado ao Tribunal de Justiça para que não colocasse Naatz na lista tríplice, pois seria obrigado a escolhê-lo, mesmo que tivesse que contrariar a maioria dos desembargadores, que tinham preferência por outros nomes.
Filiação

O ex-vereador de Itajaí, Osmar Teixeira, segundo colocado na eleição municipal do ano passado, se filiará ao Podemos neste sábado (06). Um encontro está marcado para o bairro São Vicente. Teixeira, que recebeu 43 mil votos para prefeito, deve anunciar a sua pré-candidatura a deputado estadual.
Novas varas

Em reunião com o presidente do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4), desembargador federal João Batista Pinto Silveira, o presidente da OAB/SC, Juliano Mandelli, recebeu a confirmação de que o processo de instalação das oito novas varas federais de Santa Catarina terá início ainda no primeiro semestre de 2026. O encontro ocorreu na sede da Justiça Federal, em Florianópolis, e contou também com a presença do diretor de Relacionamento com a Justiça Federal da Seccional, Jorge Mazera. As lideranças trataram de pautas estratégicas voltadas ao fortalecimento da advocacia catarinense e à melhoria da prestação jurisdicional.
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