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Em Santa Catarina, especialmente em Florianópolis, a mobilidade urbana alcançou um estágio crítico. O trânsito se torna mais lento a cada dia, com deslocamentos que chegam a durar horas. Os impactos econômicos, sociais e ambientais são evidentes. Ainda assim, os gestores públicos insistem em soluções equivocadas para enfrentar o problema.

A aposta recorrente é a ampliação de vias. Trata-se de um equívoco. A criação de mais uma faixa na Via Expressa produziu alívio momentâneo, mas não solucionou o problema. Agora, a SC-401 passa por novo processo de ampliação. O resultado será o mesmo: aumento temporário da fluidez, seguido de nova saturação.

A experiência internacional confirma isso. Houston, nos Estados Unidos, construiu algumas das maiores e mais largas rodovias do mundo. Mesmo assim, o trânsito continua congestionado, pois a expansão de faixas incentiva o uso do transporte individual e não reduz a demanda estrutural.

Em Florianópolis falta gestão pública do transporte coletivo. O tema não é prioridade. Não há planejamento, metas de desempenho, indicadores de qualidade ou políticas consistentes. O município investe pesado em isenções, porém sem qualquer critério técnico ou contrapartida de performance.

A medida mais urgente é clara: as faixas ampliadas da SC-401 devem ser exclusivas para ônibus do transporte coletivo urbano, formando corredores que garantam viagens mais rápidas, regulares e previsíveis. Além disso, é indispensável exigir do consórcio operador melhorias imediatas no serviço, com veículos modernos, climatizados, equipados com Wi-Fi, carregadores e poltronas mais confortáveis.

Ampliar faixas não resolve. Insistir nessa lógica apenas agrava o problema ao estimular ainda mais o transporte individual. É preciso romper com modelos ultrapassados. Mobilidade urbana eficaz depende de prioridade real ao transporte coletivo. A responsabilidade recai sobre as gestões municipal e estadual: sem corredores exclusivos e sem qualificação do serviço, Florianópolis continuará imersa em congestionamentos que poderiam ser evitados.