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Ex-presidente foi preso na manhã de hoje, em Brasília — Imagem: Arquivo PR

A prisão do ex-presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), na manhã de hoje, pegou todo o país de surpresa. Por decisão do ministro Alexandre de Moraes, Bolsonaro foi preso preventivamente, sem prazo determinado. Na decisão, o ministro destaca que havia indícios de uma possível fuga, inclusive porque a Polícia Federal teria identificado a tentativa de retirada da tornozeleira eletrônica às 00h08 de hoje.

A coluna ouviu algumas lideranças catarinenses, contrárias e favoráveis à prisão do líder de direita.

Governador Jorginho Mello (PL)

Para qualquer espectador externo, é, no mínimo, confuso entender a situação atual brasileira. Jair Bolsonaro não teve um julgamento justo e vem sendo privado de liberdade antes mesmo da sua condenação. Hoje, mais um golpe contra seus direitos. Um homem que não roubou um pila da população e que é o principal nome de oposição, legitimado por metade dos eleitores brasileiros!

Deputado estadual e presidente do PT-SC, Fabiano da Luz

A prisão do Bolsonaro (Jair) só aconteceu agora pela tentativa clara de fuga do país, como já aconteceu com outros condenados. Primeiro, por tentar romper a tornozeleira próximo à meia-noite. E, também, pela convocação de vigília, “aglomeração de pessoas”, em frente ao condomínio e a poucos passos de um aeroporto. A Justiça está atenta e sendo feita no país, garantindo a democracia e a ordem.

Prefeito de Chapecó, João Rodrigues (PSD)

Eu lamento a prisão. Aliás, preso ele já estava. Agora ele vai para a carceragem da Polícia Federal, para uma sala de Estado-Maior. A prisão é fechada. A justificativa de que teria uma vigília em frente da sua casa… isso é uma justificativa que não se sustenta. Mas eu lamento muito. O Brasil está de cabeça pra baixo. Isso não é justiça, é um grande equívoco. Prenderam um inocente. Aliás, tem mais de 400 presos que não cometeram crime. Lamento muito.

Deputado federal Pedro Uczai (PT)

A sociedade brasileira e catarinense vai se dividir entre aqueles que defendem a democracia, o Estado Democrático de Direito, a legitimidade do voto soberano para eleger seus representantes — prefeitos, vereadores, deputados, senadores, governadores e presidente da República — e os que defendem golpe e ditadura. Bolsonaro não é vítima, mas protagonista principal da tentativa de golpe. Isto é crime. E criminoso deve ser julgado e condenado.

Senador Esperidião Amin (Progressistas)

Essa prisão preventiva do presidente Jair Bolsonaro é mais um ato de humilhação e mais um ato que transpira, acima de tudo, a insegurança da narrativa. Estamos solidários com Jair Bolsonaro, e a sociedade brasileira não pode aprovar esse tipo de conduta do Judiciário do Brasil.

Deputada federal Ana Paula Lima (PT)

Não estamos comemorando, não. Mas hoje o Brasil dá um passo importante para mostrar que ninguém está acima da lei. A prisão preventiva do Bolsonaro foi decretada porque ele tentou burlar a Justiça e criar as condições para fugir do nosso país. Inclusive com seus filhos e aliados, que estão envolvidos nessa trama, a exemplo do que, nesta semana, se revelou com o Alexandre Ramagem, que está em Miami com passaporte falso e não foi em avião comercial do Brasil. O ex-presidente, que é condenado e está respondendo a outros processos, tentando escapar das suas responsabilidades — isso, por si só, já é gravíssimo. E não existe perseguição, não; o que nós vemos é a proteção da ordem pública, o Estado agindo para evitar que alguém com histórico de afronta às instituições volte a desafiar a Justiça. Durante todo o mandato dele como presidente, sempre desafiou as instituições democráticas, tanto o Legislativo quanto o Judiciário. A lei vale para todos. Vale para o trabalhador comum e para quem já ocupou o mais alto cargo da República. Que sirva de recado bem claro aos que debocham das instituições e tentam driblar decisões judiciais. Quem acha que pode fugir das consequências encontra a Justiça. Graças a Deus. E ela chegou, forte, firme e necessária.

Deputada federal Carol de Toni (PL)

Estava analisando a prisão preventiva do Bolsonaro e encontramos três flagrantes erros nos principais argumentos da decisão do Moraes. Ele fundamenta o risco de fuga com base na vigília convocada pelo Flávio Bolsonaro. Primeiro, que a vigília é um direito constitucional de liberdade de reunião, manifestação de pensamento e liberdade religiosa. Se ele acha que isso é pretexto, está errado, pois não seria uma aglomeração perto da casa do Bolsonaro, que fica a um quilômetro da portaria. O Alexandre de Moraes poderia ter feito o quê? Ter reforçado a segurança ou ter deslocado para outro lugar. Ele também fundamenta a prisão na fuga da Zambelli (Carla) e do Ramagem (Alexandre), como se o Bolsonaro também pudesse fugir, o que é uma inovação. Eu quero saber com base em qual artigo o Alexandre de Moraes fundamentou essa decisão, sendo que não há nada no Código Penal que diga que, se alguém faz uma coisa, eu deva ser presa por causa disso. Existe alguma mensagem trocada com o Ramagem? Não! E, sobre a violação da tornozeleira, cadê o documento da PF sobre isso? Se ele fez isso, os policiais poderiam ter entrado na residência e prendê-lo. Por que esperaram até as 06h da manhã? Esse argumento também cai por terra. É uma junção de narrativas para criminalizar a direita e prender o maior líder da direita.

Deputada estadual Luciane Carminatti (PT)

O dia de hoje é marcado por uma lição que cabe para todas as pessoas, independente dos cargos que ocupem e do poder de cada um. Todos estão submetidos à mesma lei. A Constituição vale para todos. Cometeu o crime, o rigor da lei. Isso vale para presidente, cidadão comum, para quem tem cargo, para quem não tem cargo. Nós temos que acabar com essa história no Brasil de que as pessoas podem cometer crimes e, só porque têm poder, se manter impunes. É um dia que ficará marcado, e é um dia que ficará marcado pela própria provocação dele. Ele não foi preso, ainda, pelo processo que não foi concluído, mas porque há evidências de tentativa de fuga. Quando viola a tornozeleira, há indícios claros de fuga. E, quando o criminoso tenta fugir, o que cabe ao Poder Judiciário é impedir a fuga. O resto é mimimi…

Deputada federal Júlia Zanatta (PL)

Quem lê a decisão do Alexandre de Moraes, que decretou a prisão do Bolsonaro (Jair) na sede da Polícia Federal, parece que a gente vive numa ditadura. Não tem justificativa jurídica; é só um “achar” do ministro. O ministro não gostou que o senador Flávio Bolsonaro chamou uma vigília de oração. Então, o Bolsonaro foi preso porque o senador Flávio chamou o pessoal pra orar pela saúde e pela liberdade de Bolsonaro.

Vereador de Florianópolis, Afrânio Boppré (PSOL)

Ninguém está acima da lei. Os que tentaram quebrar o Estado Democrático de Direito estão dispostos a tudo. A Justiça tomou uma decisão de precaução diante dos indícios. O deputado Ramagem (Alexandre) usou um plano de fuga que talvez fosse repetido por Bolsonaro (Jair). Ministro Moraes acertou.

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