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Indústria catarinense apresenta desempenho de destaque na América do Sul – Imagem: Divulgação

Enquanto boa parte da América do Sul enfrenta perda de dinamismo industrial, Santa Catarina apresenta desempenho acima da média regional, atingindo o maior PIB industrial per capita da América do Sul, superando inclusive economias tradicionais. Ouvi alguns especialistas que atribuem o resultado ao fato de o setor produtivo catarinense ser diversificado, inovador e distribuído por várias regiões do estado.

Os dados foram apresentados pelo economista Paulo Gala em reunião na sexta-feira (14), na Fiesc. Ele destaca que o diferencial catarinense está na complexidade da indústria local e na capacidade de gerar produtos de valor de forma sustentável. “Santa Catarina tem a menor relação entre trabalhadores formais e beneficiários do Bolsa Família do país. A economia baseada na indústria de transformação, produzindo bens de alto valor agregado e com empresas internacionalizadas, deveria ser modelo para o Brasil”, afirmou.

Para Gala, os programas de transferência de renda cumprem papel social relevante, mas não constroem desenvolvimento de longo prazo quando assumem o protagonismo do crescimento. “Nos últimos quatro anos, o Brasil cresceu sustentado pelos programas de assistência, que somaram R$ 1,3 trilhão. É um impulso significativo, mas que, no longo prazo, pressiona a inflação e não traz ganho real de produtividade”, avaliou.

A partir desses dados, consultei especialistas em economia sul-americana que afirmam que o desempenho catarinense se destaca quando comparado ao cenário continental. Segundo projeções alinhadas aos parâmetros do Fundo Monetário Internacional (FMI), países como Argentina possuem PIB per capita em Paridade de Poder de Compra (PPP) na casa dos US$ 29 mil, enquanto Chile e Uruguai superam US$ 33 mil. Já o Brasil registra cerca de US$ 22 mil. Considerando que o PIB per capita total de Santa Catarina atingiu R$ 67,4 mil em 2023, valor 25,2% maior que a média nacional, o estado se aproximaria de US$ 26,4 mil em PPP, superando países como Colômbia, Peru, Paraguai, Equador, Bolívia e Venezuela.

Os especialistas destacam que, embora o PIB total per capita de Santa Catarina esteja abaixo de Chile e Uruguai, o estado lidera no PIB industrial per capita — indicador no qual supera inclusive economias nacionais mais tradicionais da região. Segundo eles, essa posição é explicada pelo ecossistema industrial diversificado, pela capilaridade produtiva no território catarinense e pelo foco na produção de bens de maior valor agregado.

No entendimento dos analistas consultados, a avaliação de Gala sobre a necessidade de estímulo à produtividade tem sentido ao apontar que a expansão industrial tende a gerar empregos melhores e com salários mais altos. No entanto, eles ponderam que grande parte da população brasileira ainda vive em situação de extrema pobreza e baixa escolaridade, o que impede essas pessoas de disputarem vagas qualificadas. Segundo eles, os governos federais, nos últimos anos, ampliaram e mantiveram os programas sociais, mas não implementaram políticas robustas de capacitação e inserção profissional, o que limita a mobilidade social e perpetua a dependência de benefícios.

Diversidade produtiva

O economista-chefe da Fiesc, Pablo Bittencourt, destacou que a economia de Santa Catarina continua entre as que mais crescem no Brasil, mesmo com sinais recentes de desaceleração. Ele atribui o desempenho à variedade de setores que compõem o parque industrial. Segundo ele, a retração das vendas aos Estados Unidos, por conta do tarifaço, não foi suficiente para derrubar o desempenho de Santa Catarina nas exportações. “Fomos capazes de ampliar as vendas nos mercados tradicionais e também abrir novos destinos, especialmente nos produtos que lideram a pauta exportadora de SC”, explicou. Esse movimento aparece nos números que mostram que as exportações catarinenses registraram alta de 5,1% no ano até outubro, mesmo enfrentando o problema das tarifas americanas. A projeção da Fiesc é que o estado poderá bater um novo recorde neste ano.

Perspectivas para 2026

Para 2026, o economista da Fiesc, Pablo Bittencourt, projeta um ciclo de retomada nos setores que têm maior peso na geração de empregos. A expectativa, segundo ele, está ligada à possível queda da taxa de juros, que tende a reaquecer investimentos e fortalecer segmentos industriais que vinham operando abaixo da capacidade. Ainda assim, o economista faz um alerta: a combinação de juros mais baixos com maior renda disponível, impulsionada pela ampliação da faixa de isenção do Imposto de Renda, pode elevar o endividamento das famílias e provocar uma desaceleração no segundo semestre.

Você precisa assistir

O programa que debate as principais pautas de Santa Catarina. A apresentação do SCemPauta no AR é da jornalista Adriane Werlang, com os meus comentários. Assista ou apenas ouça o programa que traz análises, bastidores e denúncias que você precisa saber. Assista aqui no site ou através dos perfis oficiais do SCemPauta nas redes sociais. Contamos com a sua audiência, de segunda a sexta, às 10h.

Polícia Civil

Convocação de Ulisses Gabriel gera preocupação na Polícia Civil – Imagem: TVAL

Deve ser anunciada nesta semana a data em que a Comissão de Segurança Pública da Assembleia Legislativa receberá o delegado-geral, Ulisses Gabriel, que foi convocado para falar sobre as acusações de uso político do cargo. Na polícia, o clima é de expectativa e também de preocupação com a imagem da entidade. “As conquistas da Polícia Civil de Santa Catarina, inclusive de imparcialidade nas ações pela sociedade e instituições, foram por água abaixo. Um trabalho de reconquista que levou décadas agora está perdido”, afirmou um policial, sem esconder a indignação. Outro policial me disse que há muita propaganda e uso da polícia para vender que Santa Catarina é o estado mais seguro, mas seguem faltando viaturas, equipamentos, computadores, material de expediente e até de limpeza.

Sobre as aquisições

Viaturas foram adquiridas sem recursos do Governo do Estado – Imagem: SCemPauta

Os policiais foram além ao falar sobre os investimentos na Polícia Civil. “Primeiro, essa propaganda de entregas que não existe. Tem, sim, aquisições feitas por doações, emendas parlamentares, mas de orçamento da PCSC, nenhuma. Não esquecer que muitas entregas são de viaturas e equipamentos adquiridos na gestão anterior”, afirmou uma das fontes.

Movimentos no PT

Silva deve vir a Santa Catarina nesta semana – Imagem: Fundação Perseu

De acordo com a colega Amanda Miranda, o presidente nacional do PT, Edinho Silva, estará em Florianópolis possivelmente no próximo dia 30. A agenda, segundo Amanda, será crucial para definir o palanque do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) aqui no estado e a viabilidade dos nomes da esquerda para o pleito eleitoral.

Bauer nega convite

O colega colunista do SCemPauta, Luiz Veríssimo, escreveu em sua coluna no final da semana passada que conversou com o ex-senador Paulo Bauer. O motivo foi a fala do ex-deputado Carlito Merss (PT) para a minha coluna, defendendo o diálogo do PT com Bauer, pensando numa grande aliança para o próximo ano. Veríssimo escreveu que Bauer negou que tenha recebido qualquer convite, mas se disse lisonjeado por ter sido lembrado.

Chamou atenção

Nos bastidores, a conversa sobre a saída de Emerson Stein do cargo de secretário de Estado do Meio Ambiente e Economia Verde é que pegou a todos de surpresa. Uma fonte me disse que foi uma decisão considerada estranha, já que não teve qualquer acontecimento que fizesse com que Stein tivesse que pedir para sair. “Logo terá o período de desincompatibilização dos secretários que vão disputar a eleição. Ele poderia ter ficado no cargo até lá”, disse a fonte.

Promoção pessoal

Ônibus escolar está parado em frente à prefeitura com uma faixa — Imagem: SCemPauta

Alguns prefeitos do Oeste colocaram em frente às prefeituras uma faixa agradecendo ao governador Jorginho Mello (PL), pelos investimentos nos municípios. Faixas foram vistas em máquinas agrícolas e ônibus escolares em municípios como Caibi, Palmitos e Mondaí. Um especialista em direito público e eleitoral me disse que é possível configurar como improbidade administrativa, porque está vinculando diretamente à pessoa do governador, não ao governo. Em Mondaí, o prefeito Elizandro Mainardi (PL) mantém, há dias, um ônibus escolar parado em frente à prefeitura com uma faixa de agradecimento a Jorginho.

O que disse?

Conversei ontem com o prefeito de Mondaí, Elizandro Mainardi (PL). Ele fez questão de dizer que a faixa foi paga por ele, não com dinheiro do município. Mainardi conta que conversou no sábado com o assessor jurídico e outros assessores, que disseram que esse tipo de caso é “muito interpretativo” perante a justiça. “Pode ser que alguém complique por achar que é uma propaganda antes do tempo (eleição)”, explica o prefeito, que fez questão de dizer que ninguém pediu para que ele colocasse. “Foi por iniciativa minha, por ser grato”, afirmou. Mainardi está pensando em colocar uma outra faixa sem o nome do governador, apenas com agradecimento ao Governo do Estado. “Pode ser que, neste momento, a falha tenha sido minha por não ter perguntado se dava para fazer. Mas o governador nunca me pediu que eu fizesse”, disse o prefeito.

Denúncia

Fontes ligadas à Polícia Penal informaram que estaria ocorrendo uma suposta farra de horas-aula. Segundo os relatos, policiais que deveriam estar em expediente ou a serviço da Secretaria de Estado da Justiça e Reintegração Social estariam, no mesmo horário, dando aula em outros locais. Os cursos seriam para a formação dos policiais penais e rendem um ganho extra para os que atuam como instrutores. Os salários, que têm o acréscimo das aulas, passariam de R$ 40 mil. Além das aulas supostamente em horário de trabalho, também haveria o ganho de diárias, que ficam entre R$ 110 e R$ 220, dependendo se há pernoite. Outra denúncia é quanto aos chamados plantões extras, que é quando um policial penal é convocado para atuar como chefe imediato. “Acontece que esse trabalho tem que ser feito dentro de uma unidade penal, pois é operacional, mas alguns estariam fazendo dentro da secretaria”, relatou.

Podem dar aula

A coluna apurou que há um decreto que permite aos policiais penais darem 30 horas-aula por mês. Porém, tem que ser fora do horário de trabalho. Os cursos são diversos para a formação dos policiais penais, sejam iniciantes ou com mais tempo de serviço. A coluna seguirá apurando o caso.

Roteiro

O prefeito de Chapecó, João Rodrigues (PSD), pré-candidato ao Governo do Estado, começará no próximo dia 25 uma série de viagens pelo estado. A informação é que Rodrigues irá a municípios da Serra, do Planalto Norte, Norte e Grande Florianópolis. O encerramento será em um encontro estadual do PSD, em São José, em dezembro.

CPI do Esgoto

Representantes da Fundação Nacional de Saúde (Funasa) estarão amanhã na Câmara de Vereadores de Blumenau para uma oitiva na CPI do Esgoto. A reunião está marcada para as 10h. Foram convocados Orivaldo Oliveira Filho, superintendente estadual do órgão em Santa Catarina, e Romeu Francisco Gadotti, técnico da autarquia, para detalhar a atuação do órgão no convênio firmado com o município e nos repasses destinados à implantação da rede coletora de esgoto. Eles também devem esclarecer questionamentos relacionados à execução do convênio. Os vereadores querem elucidar a aplicação dos recursos federais, possíveis entraves à continuidade das obras e os impactos desses fatores na cobertura de saneamento em Blumenau.

Em recuperação

Neuri Mantelli deve receber alta nesta semana – Imagem: TV Câmara de Chapecó

Em tratamento contra um câncer, o vereador de Chapecó Neuri Mantelli, ex-secretário adjunto de Estado da antiga Administração Prisional, está internado. Ele infartou na sexta-feira ao encerrar uma sessão de radioterapia e foi parar na UTI do Hospital Regional. Mantelli já deixou a UTI e deve receber alta no início desta semana.

Tabaco em debate

O deputado federal Rafael Pezenti (MDB) chefia a comitiva de parlamentares brasileiros que está em Genebra, na Suíça, para participar da COP-11, Conferência das Partes da Convenção-Quadro para o Controle do Tabaco, promovida pela Organização Mundial da Saúde. O encontro começa hoje e segue até o próximo sábado (22), reunindo representantes de mais de 180 países. O foco das discussões será o avanço de políticas de restrição à produção, ao consumo e à comercialização do tabaco e seus derivados. Pezenti alerta que as decisões tomadas podem impactar diretamente a economia rural brasileira.

Impacto na economia

O Brasil é o segundo maior produtor de tabaco do mundo e líder em exportações há mais de três décadas, enviando mais de 90% da produção nacional ao exterior. Em Santa Catarina, 184 municípios cultivam a planta, envolvendo cerca de 188 mil pessoas. A cadeia produtiva é uma das principais fontes de renda da agricultura familiar e gera aproximadamente R$ 17 bilhões por ano em impostos para o Governo Federal. Porém, também tem um forte impacto negativo na saúde.