Pesquisa: Carol de Toni consolida liderança e empurra Carlos Bolsonaro para trás
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A nova pesquisa do Instituto Neokemp, divulgada hoje pela Gazeta do Povo, redesenha completamente a disputa pelo Senado em Santa Catarina e coloca Carol de Toni (PL) como favorita isolada. A deputada cresce em todos os cenários, ultrapassa Carlos Bolsonaro (PL) e amplia vantagem tanto no primeiro quanto no segundo voto, consolidando o PL como a força dominante na disputa pelas duas vagas disponíveis em 2026. No entanto, para além da disputa interna à direita, a pesquisa lança luz sobre um ponto central da corrida: a situação de Décio Lima (PT) e a viabilidade — ou não — de uma candidatura competitiva da esquerda no estado.
No cenário estimulado principal, Carol de Toni lidera com 25,4%, seguida por Carlos Bolsonaro com 21,6%, Décio Lima com 17,8% e Esperidião Amin (Progressistas) com 14,1%. A comparação com o levantamento de outubro evidencia a virada: antes, Carlos estava à frente, com 22,2%, e Carol tinha 19,9%. Agora, ela cresce significativamente, enquanto Carlos perde impulso e Amin recua. No segundo cenário, a vantagem aumenta ainda mais, com Carol atingindo 30,4%, Carlos ficando em 21,1% e Décio se mantendo praticamente estável em 17,7%. Amin cai para 10,6%, seu pior desempenho na série histórica.
A simulação do segundo voto reforça a liderança de Carol, que aparece com 23,1%, seguida por Amin com 20,6% e Carlos Bolsonaro com 17,8%. Décio Lima registra 13,7% — muito próximo dos 13,4% de outubro — e demonstra novamente que mantém um núcleo fiel, mas sem capacidade de expansão. Não há oscilação que indique crescimento. A soma do primeiro e do segundo voto torna esse quadro ainda mais evidente: Carol chega a 53,5%, Carlos marca 38,9% e Décio aparece com 31,4%, praticamente empatado com Amin. A presença do petista permanece estável, mas sem energia eleitoral no momento para ameaçar a polarização interna da direita.
O ponto central para compreender a situação de Décio Lima é que a fragmentação da direita já está posta no cenário, e, ainda assim, ele não cresce. PL disputa votos entre Carol e Carlos Bolsonaro; Amin aparece como alternativa tradicional; Gilson Marques ocupa a faixa liberal do Novo. Mesmo com esse ambiente fragmentado, o petista permanece restrito ao teto histórico do PT em Santa Catarina — entre 16% e 20%. Isso sugere que, neste momento, a divisão da direita não se converte em oportunidade real para a esquerda.
A rejeição explica parte desse fenômeno. Carlos Bolsonaro e Décio Lima dividem o posto de candidatos mais rejeitados, ambos com 37%. Esse índice elevado impede Décio de acessar o eleitor moderado, tradicionalmente decisivo em disputas majoritárias. A rejeição elevada também bloqueia qualquer efeito positivo que, em tese, uma direita fragmentada poderia proporcionar ao PT. O eleitor que não quer Carlos Bolsonaro, por exemplo, não migra automaticamente para Décio; ele opta por Carol, por Amin ou simplesmente se desloca para o voto branco, nulo ou indeciso.
Segundo voto
Esse comportamento é visível também no segundo voto. Mesmo diante da necessidade de escolher duas vagas, Décio Lima não avança. Ele fica atrás de Carol, Amin e Carlos — exatamente como ocorreu na pesquisa de outubro. Em outras palavras: nem como segunda opção ele cresce, o que reforça o problema estruturante da esquerda no estado. A candidatura é viável no sentido de manter um bloco fiel, mas não demonstra capacidade de romper barreiras.
Nesse contexto, a candidatura de Carol de Toni se diferencia não apenas pelo crescimento, mas também pela baixa rejeição — apenas 4,2%, a menor entre todos os pré-candidatos. Esse indicador é o que consolida sua posição como favorita. Carlos Bolsonaro, ao contrário, enfrenta uma rejeição que limita seu teto eleitoral e reduz sua força comparativa, enquanto Amin, embora competitivo em patamares específicos, não avança diante da queda de recall.
A presença de três candidaturas fortes da direita — Caroline, Carlos e Amin — poderia, em teoria, favorecer o surgimento de uma alternativa à esquerda. Mas o comportamento eleitoral catarinense, refletido na pesquisa, não confirma essa hipótese. A fragmentação existe, mas não beneficia Décio Lima. O petista se mantém exatamente onde estava. Para transformar essa estabilidade num movimento competitivo, precisaria reduzir rejeição, conquistar o eleitor moderado e expandir presença além do núcleo histórico do PT — nada disso aparece na pesquisa até agora.
A leitura final da Neokemp aponta um cenário em que Carol de Toni deslancha, Carlos Bolsonaro perde centralidade e Esperidião Amin tenta não perder espaço para além de sua base tradicional. Já a esquerda, apesar de preservar seu eleitor fiel, não se mostra capaz de disputar uma das vagas ao Senado no momento.
A pesquisa foi realizada pelo Instituto Neokemp, contratada pela Gazeta do Povo. Foram entrevistadas 1.008 pessoas em 90 cidades, entre os dias 10 e 11 deste mês. A margem de erro é de três pontos percentuais para mais ou para menos, com nível de confiança de 95%.
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