Criamos um canal oficial no WhatsApp — e você já pode fazer parte!

Mais agilidade, mais bastidores, mais DENÚNCIAS direto no seu celular.

Sem grupos, sem conversas, só informação exclusiva, com a credibilidade do SCemPauta.

Acesse e siga agora:

https://whatsapp.com/channel/0029Vb6oYQTEgGfKVzALc53t

E NÃO ESQUEÇA DE ATIVAR O SININHO PARA RECEBER TUDO EM TEMPO REAL!

Foto: Coordenadoria de Comunicação Social do MPSC

O Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (GAECO), por meio do CyberGAECO, deflagrou hoje (31) a Operação Nuremberg, em apoio às 39ª e 40ª Promotorias de Justiça de Florianópolis. A ação tem como objetivo desarticular um dos mais organizados e violentos grupos neonazistas em atividade no Brasil, responsável por disseminar discursos de ódio, antissemitismo, apologia ao nazismo e planejar atentados.

Ao todo, foram cumpridos 21 mandados de busca e apreensão expedidos pela Vara Regional de Garantias de Criciúma e pela Vara Estadual das Organizações Criminosas, nas cidades de São Paulo (SP), Campinas (SP), Taboão da Serra (SP), Osasco (SP), Curitiba (PR), São José dos Pinhais (PR), Araucária (PR), Cocal do Sul (SC), Jaraguá do Sul (SC) e Aracaju (SE). Foram apreendidos materiais de apologia ao nazismo, armas brancas, facas e um “soco inglês”.

Estrutura e funcionamento do grupo

As investigações revelaram que os integrantes mantinham reuniões presenciais regulares, utilizadas para difusão da ideologia extremista, recrutamento e planejamento de ações violentas. O grupo se identificava como skinhead neonazista, utilizando como símbolo o “Sol Negro”, associado à supremacia ariana e à exaltação da violência, tendo ao centro a figura de um fuzil AK-47.

Havia uma estrutura hierarquizada, com fichas de ingresso, rituais de “batismo”, confecção de camisetas exclusivas e cobrança de mensalidades destinadas à compra de materiais de propaganda e manutenção das atividades. Parte dos membros era responsável pela produção e disseminação de conteúdos de ódio em ambientes virtuais, utilizando perfis falsos e fóruns supremacistas.

Cooperação interinstitucional

A operação contou com o apoio dos GAECOs de São Paulo, Paraná e Sergipe, além da Polícia Civil de São Paulo (PCSP), reforçando a integração entre órgãos de investigação e o combate coordenado ao extremismo e ao crime organizado.

Compromisso institucional

O Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) destacou que discursos de ódio, antissemitismo e incitação à violência representam ameaças graves à sociedade e não serão tolerados. “A Operação Nuremberg é um passo importante para assegurar que os responsáveis sejam levados à justiça e que ideologias extremistas sejam enfrentadas com rigor”, afirma a instituição.

Próximos passos

As investigações continuam sob sigilo. Os materiais apreendidos serão analisados pela Polícia Científica, e o CyberGAECO seguirá aprofundando as apurações para identificar outros envolvidos e dimensionar a extensão da rede criminosa.

O nome da operação faz referência aos Julgamentos de Nuremberg, realizados após a Segunda Guerra Mundial, que marcaram a responsabilização internacional por crimes de ódio e intolerância.